sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

OS EUA PODEM DERRUBAR A INTERNET?


“Na convulsão popular que contagia o Egito, um fato chamou a atenção. O ditador Hosny Mubarak, apavorado com a alardeada capacidade de mobilização das redes sociais, conseguiu tirar do ar a internet por longas horas. O golpe contra a liberdade de expressão não surtiu os efeitos desejados, mas levantou suspeita sobre a real liberdade na rede.

Por Altamiro Borges

Vários estudos confirmam que a internet é, de fato, vulnerável. Em momentos de maior tensão na luta de classes, ela pode ficar à mercê das grandes corporações empresariais do setor e também dos governos. Artigo recente do sítio ‘Cuarta Generación’ evidencia que os EUA estão investindo pesado para não serem mais surpreendidos pela rede.

OS “BOMBARDEIOS LÓGICOS” DO IMPÉRIO

Segundo a reportagem, o Pentágono já desenvolveu os chamados “bombardeios lógicos”, que podem “desconectar a internet de países adversários” e até interromper a comunicação online. Além de tirar do ar a rede, os EUA também podem interferir nas próprias transmissões de mensagens e textos.

“Através da aeronave central de transmissões dos EUA, denominada “Comando Único”, o Pentágono é capaz de fazer transmissões de guerra psicológica em rádios AM, FM e UHF e TVs UHF e VHF: sobrevoando uma área sem conexão à internet, o “Comando Único” pode transmitir em uma grande zona de acesso Wi-Fi desprotegido”.

GUERRA ACIRRADA NO MUNDO VIRTUAL

“Temos como realizar essas operações, usando equipamentos via satélite, sem satélite e por meio de embarcações. Você pode até ter uma ’cyber-versão’ de uma rádio pirata”, explica o professor da Naval Postgraduate Scholl, John Arquilla. O governo dos EUA também já desenvolveu mecanismos de interferência na telefonia celular.

Através da tecnologia desenvolvida pela empresa estadunidense Textron, chamada de FASTCOM (Forward Airborne Secure Transmissions and Comunication), já é possível utilizar drones (aeronaves não-tripuladas), balões ou via terrestre para acessar celulares e dados 3G. “Os militares usuários dessa rede podem receber dados de inteligência e reconhecimento, ter fontes de dados estratégicos e usar voz e dados por meio de satélites Viasat”.

Em síntese, a guerra no chamado mundo virtual é cada vez mais encarniçada. Quem dominar esta tecnologia terá papel estratégico no futuro das comunicações. Quem patinar será presa fácil nas mãos das potências capitalistas e das corporações gigantes do setor”.

FONTE: escrito pelo jornalista Altamiro Borges e transcrito no portal “Vermelho” [imagem do google adicionada por este blog] (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=147310&id_secao=6).

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