quinta-feira, 25 de agosto de 2011

CRISE LÍBIA TEM POUCO IMPACTO NA PETROBRAS E NO MUNDO, diz Gabrielli


“A Petrobras tem investimentos "imateriais" de poucos milhões de dólares na Líbia e mantinha somente sete pessoas no país, diz o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, em entrevista à “Carta Maior”. Para ele, o mercado internacional de petróleo será pouco afetado porque EUA e China não dependem de exportações líbias. Mas o cenário mudará, se a produção na Líbia não for retomada logo.

Por André Barrocal

“A situação política na Líbia afetará “muito pouco” ou “quase nada” a Petrobras, cujos negócios no país são praticamente “imateriais”. Já o impacto no mercado internacional de petróleo tende a ser pequeno, desde que os líbios, controladores da oitava maior reserva do mundo, retomem logo a produção, o que depende do desfecho do caso. As avaliações são do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.

Segundo o executivo, a Petrobras mantinha um escritório alugado e apenas sete pessoas na Líbia, todas em atividades exploratórias e laboratoriais. A estatal não tem produção, nem está perfurando poços. Dos sete funcionários, os que eram brasileiros voltaram para casa. Os que eram líbios deixaram a terra natal e estão em lugar que a Petrobras mantém em segredo, por razões de segurança.

Os investimentos da empresa na Líbia eram de “poucos milhões de dólares”, nas palavras de Gabrielli. Volume que ele classificou de “absolutamente imaterial” diante do tamanho do plano de negócios da estatal, que prevê gastos de US$ 224 bilhões até 2015. “O impacto para nós é muito pouco ou quase nada”, disse Gabrielli à “Carta Maior”.

Em relação ao mercado internacional, o executivo também traça cenário tranquilo. As duas maiores economias do mundo, Estados Unidos e China, importam pouco petróleo líbio. A Europa compra mais, dada a característica do petróleo líbio, mas tem hoje atividade econômica que não acelera.

O cenário vai mudar, porém, caso a Líbia venha a atravessar prolongado período de indefinições políticas. “Não acredito que tenha grande impacto sobre preços, nem na situação do mercado, se a Líbia voltar a produzir rápido. O que é uma interrogação. Depende do que vai fazer o novo governo ou o Kadafi. Ninguém sabe ainda”, disse.

FONTE: escrito por André Barrocal no site “Carta Maior”  (http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18319)

2 comentários:

Probus disse...

Quem sou eu para discordar do Gabrielli, mas...

1) Não tem consequências agora?? Como não?? Se a Líbia só vai voltar a sua normalidade estrutural daqui a 2 anos??? E, ainda, a depender de quem a governar... Ele, portanto, se contradiz!!

2) A qualidade do petróleo líbio é INSUPERÁVEL;

3) A facilidade de extração do petróleo líbio é CONSIDERÁVEL;

4) TODOS sabem que a Líbia foi saqueada para manter a capacidade bélica da OTAN e dar EMPREGO para um bocado de VAGABUNDO sanguinário, afinal, para onde irão todos os escoteiros dos PIRATAS quando saírem de Cabul e Bagdá??? Damasco?? Teerã?? ORINOCO?? Amazônia???

Abre os olhos Madame Rousseff, o Chávez já está de novo na velha Moscovo comprando seu Poder de Dissuasão e Defesa e, não é estilingue!!! Um dia desse o velho beduíno estava discursando em Assembléias na ONU e ceiando com Sarcozy e Berlusconi!!!!

Unknown disse...

Probus,
O texto é, realmente, dúbio, ao expressar que "o impacto no mercado internacional de petróleo tende a ser pequeno, desde que os líbios, controladores da oitava maior reserva do mundo, retomem logo a produção, o que depende do desfecho do caso".
Então, se demorar, e há grande risco de demora, o impacto tende a ser grande?
Esperemos amanhã, quando o "Carta Maior" deverá publicar a entrevista completa.
Maria Tereza