Momento do roubo dentro da gráfica da “Folha”
UNIÃO COBRA INDENIZAÇÂO PELO ROUBO DA PROVA DO ENEM DENTRO DE GRÁFICA DA “FOLHA DE SÃO PAULO”
[OBS deste blog ‘democracia&política’: esse "roubo" foi muito estranho. Na época, tanto a "Folha de São Paulo" quanto o jornal "O Estado de S.Paulo" estavam forte e declaradamente engajados na campanha eleitoral a favor do candidato da direita José Serra. Às vésperas da realização dos exames, “ladrões” roubaram as provas do ENEM 2009 no interior da gráfica Plural, pertencente ao Grupo Folha e Quad Graphics, que as imprimia, e foram vendê-las não para alunos que quisessem criminosamente conhecer as provas antecipadamente, mas, "ladrões apolíticos", para o "O Estado de S. Paulo"!!!
O jornal, "surpreso" (?), botou a boca no mundo. Foi uma festa. A Folha, o Estadão, a TV Globo, TV Band, a Veja e toda a grande mídia em geral, que batalhavam pró-Serra, passaram até as eleições de outubro 2010 criticando fortemente o governo Lula e sua candidata pelo “fracasso do ENEM”. Muito estranho...
A justiça, contudo, não identificou ações criminosas da “Folha”, nem do “Estadão”, somente de funcionários do consórcio na gráfica Plural do Grupo Folha.
Sobre o assunto, ontem (18), a “Folha.com” publicou a seguinte reportagem:
“UNIÃO COBRA CONSÓRCIO DO ENEM NA JUSTIÇA APÓS VAZAMENTO DE PROVA
“A Advocacia-Geral da União entrou com uma ação no Judiciário, neste mês, pedindo ressarcimento do prejuízo que o MEC teve na aplicação do Enem 2009.
Quando a prova vazou, R$ 38 milhões já haviam sido pagos ao consórcio responsável pela aplicação do exame, o “Connasel”. Hoje, o valor atualizado do prejuízo é de cerca de R$ 46 milhões.
O MEC diz que esgotou todas as possibilidades de cobranças administrativas ao consórcio. (...)
Às vésperas do Enem 2009, a prova foi roubada. A fraude foi revelada pelo jornal "O Estado de S.Paulo".
Anteontem, a Procuradoria divulgou que quatro dos cinco acusados de participar do crime foram condenados.
Felipe Pradella, apontado pela PF como mentor da fraude, foi condenado a cinco anos e três meses de prisão por violação de sigilo funcional e corrupção passiva.
Filipe Ribeiro e Marcelo Sena, também ex-funcionários do consórcio, foram condenados a quatro anos e seis meses pelos mesmos crimes.
Segundo a denúncia, Pradella, Ribeiro e Sena furtaram a prova da gráfica Plural (parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics), que imprimia os exames, e Gregory Camillo e Lucas Rodrigues ajudaram a intermediar o contato com a imprensa para vender a prova.
Camillo foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão -a pena foi substituída por prestação de serviços comunitários. Rodrigues foi absolvido. Todos os defensores disseram que vão recorrer.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que, do ponto de vista administrativo, o processo está concluído. Falta agora o ressarcimento. "Queremos que os prejuízos sejam ressarcidos à União", disse ele, segundo a Agência Brasil.
Para a advogada de Pradella, Claudete da Silva, o ministro "deve responder pelo prejuízo". Ela questiona a veracidade da prova e diz que as penas foram aumentadas porque os acusados foram considerados funcionários públicos e, diz, não eram.
"Ficou patente que meu cliente e a maioria dos acusados não participaram de nenhuma negociação com os jornalistas", diz Marco Aurélio Toscano da Silva, advogado de Marcelo Sena Freire.
"O juiz já reconheceu a inocência em dois dos crimes, só falta um", diz Ralfi Silva, advogado de Camillo.
O Ministério Público também vai recorrer pedindo aumento das penas.”
FONTE: reportagem de Cristina Moreno de Castro publicada na “Folha.com” (http://www1.folha.uol.com.br/saber/961569-uniao-cobra-consorcio-do-enem-na-justica-apos-vazamento-de-prova.shtml) [imagem do Google, título e introdução entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
Nenhum comentário:
Postar um comentário