segunda-feira, 26 de setembro de 2011

BRICS SEM CONSENSO SOBRE AJUDA À UE

União Europeia (UE)

BRICS NÃO CHEGAM A ACORDO SOBRE AJUDA FINANCEIRA A PAÍSES DA ZONA DO EURO

“Não houve acordo na reunião entre os países emergentes que formam o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) sobre um plano concreto de ajuda para solucionar a crise da dívida da zona do euro.

BRICS

Os ministros de Finanças e os presidentes dos bancos centrais dos cinco países se reuniram na última quinta-feira em Washington, na véspera das assembleias anuais do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial.

Segundo o ministro das Finanças da Rússia, Alexey Kudrin, os BRICS abordaram o problema europeu em termos de “cooperação”, mas evitaram falar em “ajuda ou assistência". Havia a expectativa de que o grupo de países emergentes anunciasse um aumento do volume de suas reservas internacionais em euros, por meio de um programa de compra de bônus de países em dificuldade.

As autoridades, no entanto, saíram com evasivas quando questionadas sobre o assunto. O presidente rotativo do grupo, o titular de Finanças indiano, Pranab Mukherjee, se limitou a dizer que os BRICS "farão sua contribuição ao Grupo dos Vinte-G20, que reúne os países ricos e os principais emergentes" e contribuirão ali para "construir um consenso" em torno do tema.

"Estamos discutindo o assunto em cooperação com os europeus e também entre nós", acrescentou Kudrin.

PREOCUPAÇÃO CRESCENTE

Após o encontro, os cinco países emitiram uma nota oficial em que destacam a “preocupação crescente” com a instabilidade na Europa e dizem que o problema da dívida nos países avançados e as dúvidas que cercam seus planos de ajuste fiscal de médio e longo prazo "estão criando um clima de incerteza para o crescimento mundial".

Por outro lado, "a excessiva liquidez" derivada das políticas agressivas adotadas por alguns bancos centrais para estabilizar seus mercados internos [ex: EUA] "estão chegando aos mercados emergentes" e provocando "excessiva volatilidade dos fluxos de capital e dos preços das matérias-primas".

O "problema imediato", segundo os emergentes, é "devolver o crescimento aos países desenvolvidos".

Os BRICS se declararam "abertos a considerar, se for necessário, a possibilidade de prestar apoio, através do FMI e de outras instituições financeiras internacionais, para enfrentar os desafios que abalam a estabilidade financeira global, dependendo das circunstâncias de cada país".

Anteriormente, o ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, pediu aos europeus que sejam "rápidos, ousados e cooperativos entre eles", para pôr fim à instabilidade financeira. "Todos concordamos que a situação se agravou nos últimos meses", disse.

Se, em 2008, o epicentro da crise financeira foi nos Estados Unidos, agora o coração fica na União Europeia, e é ali, argumentou Mantega, onde tem de ser tomadas decisões “sem demora".

Caso contrário, advertiu, existe um perigo real que a situação se espalhe e contagie as economias emergentes e menos avançadas, que já estão sofrendo os efeitos da instabilidade sobre a taxa de inflação e as expectativas de crescimento.

"A cada dia que passa, a solução será mais difícil e mais cara", alertou Mantega.

FONTE: do site “Opera Mundi” com informações da agência espanhola de notícias EFE. Transcrito no portal de Luis Nassif  (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/brics-sem-consenso-sobre-ajuda-a-ue#more) [mapas do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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