quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ENGENHARIA AEROESPACIAL NO BRASIL

FACULDADE ESTIMULA EMPREENDEDORISMO

“Recém-formados criam empresas para desenvolver projetos que mesclam até aeronáutica e comunicação

Uma experiência no exterior foi o estalo que o engenheiro aeronáutico Leonardo Nogueira, 25, precisava para determinar o seu futuro ao terminar o curso no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica, do CTA/FAB), em 2010.

Após um estágio em Berlim, percebeu que a vontade de montar o próprio negócio poderia virar realidade.

Com a ajuda de um colega, Nogueira criou a ALTAVE e hoje trabalha num projeto que mescla aeronáutica e comunicação: um balão que poderá fornecer sinal de celular em regiões com cobertura deficitária, como áreas rurais.

O exemplo de Nogueira aponta para uma diversificação do mercado de engenharia aeronáutica, ainda concentrado na EMBRAER, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo e vizinha ao ITA/CTA/FAB [de onde recebeu seu 1º avião já projetado, desenvolvido e pronto para produzir, o “Bandeirante”, recebeu seus terrenos e mão-de-obra especializada], em São José dos Campos (97 km de SP).

"O caminho é natural, você ouve falar [da Embraer] o tempo todo. Mas tinha essa vontade de montar meu próprio negócio", conta ele.

Seis estudantes do ITA fazem estágio na ALTAVE.

O incentivo ao empreendedorismo também dá resultados na USP São Carlos. Um grupo de alunos formados na primeira turma do curso fundou uma empresa na área de energia eólica no Ceará.

"Várias disciplinas da engenharia aeronáutica são aplicadas nas pás eólicas dos geradores, como a aerodinâmica", explica Fernando Catalano, coordenador da graduação da USP São Carlos.

A universidade também permite experiência internacional na graduação. Há três anos, mantém convênio de estágios com a europeia EADS, grupo ao qual pertence a Airbus.

A partir de 2012, segundo Catalano, o curso da USP também terá ênfase em engenharia aeroespacial, que engloba o estudo dos veículos fora da atmosfera, o que não é o foco da aeronáutica.

A especialidade, porém, não restringe a área de atuação, já que profissionais das duas engenharias podem dividir o mercado de trabalho.

CRESCIMENTO DA AVIAÇÃO CIVIL AMPLIA MERCADO DE TRABALHO

“O recente aumento do setor de aviação civil no país também contribui para o aquecimento do mercado de engenharia aeronáutica.

"Todas as empresas, das de táxi-aéreo às grandes, precisam de engenheiro aeronáutico responsável pela manutenção das aeronaves", destaca Fernando Catalano, coordenador do curso da USP São Carlos.

Para Ricardo Utsch, 55, coordenador da engenharia aeroespacial da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), apesar de o polo aeronáutico continuar sendo São José dos Campos, as dimensões do país forçam a expansão do mercado.

"Há oportunidades em outras fabricantes [além da Embraer] e em empresas de manutenção e revisão de aeronaves", afirma Utsch. "

ONDE ESTUDAR:

ITA

Engenharia aeronáutica(1)

Inscrições encerradas

www.ita.br

USP SÃO CARLOS

Engenharia aeronáutica(1)

Inscrições encerradas

www.saocarlos.usp.br

UNB

Engenharia aeroespacial(1)

Inscrições até 16.out

www.unb.br

UFMG

Engenharia aeroespacial(1)

Inscrições encerradas

www.ufmg.br

UFABC

Engenharia aeroespacial(1)

Seleção pelo Sisu

www.ufabc.edu.br

UFU

Engenharia aeronáutica(2)

Seleção pelo Sisu

www.ufu.br

(1) O curso dura dez semestres; (2) a graduação tem oito semestres

FONTE: reportagem de LUCCA ROSSI publicada na “Folha de São Paulo”  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2609201111.htm),  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2609201112.htm) e  (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/especial/fj2609201113.htm) [imagem do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

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