sábado, 18 de julho de 2015

MAIOR AUMENTO DOS APOSENTADOS É POSSÍVEL COM A TAXAÇÃO DE GRANDES FORTUNAS




[OBS deste 'democracia&política': Com o objetivo de causar problemas para o governo Dilma, a direita no Congresso está criando irresponsavelmente aumentos e despesas insustentáveis, mas não definindo as fontes de recursos para isso. Uma das soluções seria a taxação das grandes fortunas. Porém, a mídia e os partidos da direita são e sempre foram contrários a taxar os ricos].

Será que que Dilma mostrará à direita as contas de sua súbita bondade?

Por Fernando Brito 

"Tomara que estejam certos os repórteres Max Leone e Marco Aurélio Reis, de
O Dia, que anunciam que Dilma vai propor uma alternativa para viabilizar o aumento de aposentados com os mesmos índices de reajuste dados ao salário mínimo: a taxação de grandes fortunas.

Demorou, como diz a rapaziada aqui no Rio.

Porque é preciso colocar a direita brasileira, que hoje distribui prodigamente os aumentos salariais e benefício que jamais deram ao povo brasileiro com o claro intuito de inviabilizar as contas do Governo, aquelas que enchem a boca para dizer que têm de ser superavitárias.

Dizem os repórteres que o reajuste dos benefícios estaria condicionado à aprovação “do PLC 130/2012 (que) prevê alíquotas de 0,5% a 1% que incidiriam sobre fortunas acima de US$ 1 milhão (R$ 3,4 milhões)”.

Isso renderia, segundo as contas do jornal, uma arrecadação extra “de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões”, proveniente de 200 mil contribuintes. Ou 0,1% dos brasileiros, se tomarmos como base a população.

Já estava na hora de fazer voltar sobre eles a festança parlamentar e o discurso que gostam de citar sempre, de que “não há almoço grátis”.

Se é preciso melhorar aposentadorias e vencimentos de carreiras do funcionalismo – dos salários [do setor privado] eles não acham isso, porque o empresário tem de pagar – é preciso melhorar a arrecadação sobre quem tem para dar.

A carga tributária sobre as empresas tem a desvantagem de ir parar sempre sobre quem consome os produtos e serviços que elas fabricam ou prestam. Portanto, sobre o consumidor, não importa se rico, de classe média ou pobre.

Será que alguém vai desistir de ter R$ 5 milhões em títulos que rendem 1,07% num mês porque terá de pagar 0,5% ao ano de imposto?

E olhe lá, porque provável é que um "Imposto sobre Grandes Fortunas", na difícil – mas possível – hipótese de ser aprovado, vai ter inúmeras deduções e uma espécia de “parcela a deduzir”, calculando-se apenas sobre o excedente a ela…

Além do mais, sem grandes danos à arrecadação, pode-se reduzir o impacto,  permitindo que se abata do limite o valor parte de um único imóvel de residência até uma quantia estabelecida, se esse [imóvel] não for gerador de renda.

Quem sabe, junto, venha alguma decisão de fazer os donos de jatinhos e iates pagarem algum imposto sobre seus brinquedos, assim como eu pago sobre a miniatura chinesa de quatro rodinhas que me carrega?

E um ajustamento para os impostos existentes sobre herança, a maioria hoje em 4%, que são pesados para os pequenos mas, comparados com o restante do mundo, muito pequenos para os grandes herdeiros. Quem quiser entender como é diferente em outros países, veja aqui como é diferenciado (e muito mais pesado) para os maiores herdeiros nos Estados Unidos, o céu do dinheiro.

Vamos ver como suas excelências se comportam na hora de ter de votar sobre como pagar a conta das bondades."

FONTE: escrito por Fernando Brito em seu blog "Tijolaço"  (http://tijolaco.com.br/blog/?p=28190). [Trecho entre colchetes acrescentado por este blog 'democracia&política'].

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