Filho de Lula
Por Davis Sena Filho, editor do blog "Palavra Livre"
"Considero muito interessante e irremediavelmente hipócrita e seletiva a atuação da Polícia Federal no caso do Lulinha — o filho do Lula. Também fico a me perguntar, quase que circunspecto, porém, nada surpreso, sobre o porquê de o filho do Lula virar alvo de uma PF que se recusa a ser republicana, faz política porque se partidarizou, e, consequentemente, vaza documentos sigilosos à imprensa dos coronéis midiáticos, antes mesmo de os advogados dos acusados serem informados do que se trata, porque não têm em mãos as informações que a imprensa alienígena teve acesso e as joga no ventilador à espera de confundir a sociedade e beneficiar seus aliados do PSDB, que esperam eleger o presidente da República em 2018.
Trata-se de crimes em pleno Estado de Direito e ninguém diz e faz nada, o que leva a jovem democracia brasileira ser sombreada por setores antidemocráticos e de perfis macartistas.
"Considero muito interessante e irremediavelmente hipócrita e seletiva a atuação da Polícia Federal no caso do Lulinha — o filho do Lula. Também fico a me perguntar, quase que circunspecto, porém, nada surpreso, sobre o porquê de o filho do Lula virar alvo de uma PF que se recusa a ser republicana, faz política porque se partidarizou, e, consequentemente, vaza documentos sigilosos à imprensa dos coronéis midiáticos, antes mesmo de os advogados dos acusados serem informados do que se trata, porque não têm em mãos as informações que a imprensa alienígena teve acesso e as joga no ventilador à espera de confundir a sociedade e beneficiar seus aliados do PSDB, que esperam eleger o presidente da República em 2018.
Trata-se de crimes em pleno Estado de Direito e ninguém diz e faz nada, o que leva a jovem democracia brasileira ser sombreada por setores antidemocráticos e de perfis macartistas.
Outra questão para a qual chamo também a atenção dos leitores, e por isso a ressalto, é o caso armado para jogar o nome do Lulinha na lama, origem de onde saíram muitos de seus acusadores, porque as acusações contra ele, na verdade, são até este momento ilações levianas, maledicentes e superdimensionadas pela imprensa antinacionalista, que, sabedora do envolvimento de empresas gigantes e de grande capital no escândalo "Zelotes", opta por creditar crimes ao filho de Lula, a contar, para isso, com as ações realizadas pela PF dignas dos holofotes de um circo.
É inacreditável, inaceitável ao tempo que um absurdo sem tamanho, porque de caráter surreal, a pantomima política do consórcio Imprensa-PF-MP, que nitidamente tem o objetivo de desviar as atenções dos brasileiros quanto aos malfeitos praticados por bilionários que constam na lista da Operação Zelotes, que desfalcaram em bilhões o povo deste País. Empresas, a maioria da iniciativa privada, o que demonstra, sem sombra de dúvida, que o empresariado brasileiro, com a cumplicidade de estrangeiros, assalta os cofres públicos, além de deixar muito claro que são destituídos de quaisquer compromissos com o povo brasileiro e com o desenvolvimento da Nação.
A resumir para se compreender: são os inquilinos da casa grande, que controlam os partidos de direita, como o PSDB, a imprensa e as mídias cruzadas, bem como o capital financeiro, as indústrias, o comércio e as terras, que chamam o Governo Trabalhista, a Dilma Rousseff, o Lula, o PT, a CUT, os Movimentos Sem Terra e Sem Teto, os sindicatos, os pobres, os negros, os índios, os homossexuais e tudo o que é de origem popular ou os movimentos que lutam por espaço para serem reconhecidos, de ladrões, incompetentes, comunistas, corruptos, burros e, portanto, merecedores de morrer ou serem impedidos de conquistar a ascensão social.
Contudo, como se percebe, quem são os autores da corrupção e da roubalheira neste país são os ricos, os privilegiados, os beneficiados, os patrimonialistas e os que têm muito dinheiro para pagar propinas e financiar a corrupção. E quem tem dinheiro para fazer deste País "um mar de lama" (termo historicamente muito apreciado pela direita golpista e corrupta) são os empresários e os políticos ligados a eles e que até há pouco tempo queriam, na maior cara de pau, manter intacto o financiamento privado e empresarial de campanhas políticas. E ainda se dão o direito de cometer moralismos baratos sem ter moral. O problema é que essa gente considera que todo mundo é idiota. Entretanto, não é bem assim... Não é mesmo?
O exemplo da patifaria e corrupção, de acordo com a lista da Zelotes, está a ser dado pelos Banco Santander, Bradesco, Ford, Gerdau, Boston, Safra, RBS, Huawei, MMC-Mitsubishi, Copesul, Liderprime, Marcopolo e o Banco Brascan, dentre dezenas de outras empresas citadas e investigadas. Como se vê, roubalheira de banqueiros não falta. Aliás, é uma grandeza. Mas, o culpado e alvo de manchetes tendenciosas e estritamente políticas é o Lulinha - o filho de Lula...
Para explicar melhor: as empresas e seus donos indicam conselheiros, geralmente advogados, para o CARF. Os conselheiros, juntamente com seus colegas que são servidores de carreira oriundos do Ministério da Fazenda e de outros órgãos, evidentemente que vão tratar de defender os interesses de seus patrões, os empresários, que pagam propinas e, obviamente, evitarão que os ricaços paguem multas devidas ao Governo, ou seja, ao contribuinte. Todavia, o culpado é o Lulinha, que tem uma empresa, que, na verdade, é ligada a questões do futebol americano.
Lulinha fez lobby. Só que é um lobby peculiar, raro e excêntrico, porque se trata de um tráfico de influência com cinco anos de atraso. Explica-se, com a seguinte nota à imprensa familiar escrita pelos os advogados do filho do Lula. Leia abaixo:
"A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na data de hoje (26/10), dirigida à Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda., revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada "Operação Zelotes".
A Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano — torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa —, atividade lícita e fora do âmbito da referida Operação. No caso da LFT Marketing Esportivo, que se viu indevidamente associada à edição da MP 471 – alvo da Operação Zelotes -, a simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas.
A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — dois anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo.
Dessa prestação, resultaram 04 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.
Assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão, os advogados da Touchdown e da LFT pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, não tendo sido atendidos até o momento. Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis".
Contudo, Lulinha é taxado de ladrão, porque é assim que ele é tratado na imprensa macartista, assim como nas redes sociais por coxinhas ferozes e despolitizados, mas instintivamente elitistas e preconceituosos, que exasperam suas almas violentas em forma de preconceito de classe, porque, no fundo de seus (maus) sentimentos e pensamentos, não toleram e não se conformam com a ascensão social dos pobres.
Nada é pior para um coxinha do que ver negros e pobres nas universidades federais, nos shoppings, nos eventos e nos aeroportos que eles frequentam. Nada é pior para um coxinha da classe média tradicional e de origem universitária, mas analfabeto político e desconhecedor da história, ver a empregada, o porteiro, o zelador, o gari, o servente, o jardineiro, o garçom, o cozinheiro, o balconista, o atendente, o eletricista, a manicure, o vendedor, o mecânico, o bombeiro hidráulico, o soldado da PM, ou seja, aqueles que a sociedade burguesa e nostálgica da escravidão convencionou chamar de "serviçais".
Sim senhor, a pequena burguesia é o aço no lombo dos pobres e, por sua vez, os despreza profundamente... A pequena burguesia representa o ódio e o inconformismo de não ser rica. Por isso a reação de essência patológica dessa classe social extremamente reacionária e conservadora. Enquanto a plutocracia, a verdadeira responsável pelos conflitos sociais no mundo deita e rola em berço esplêndido, porque tem a classe média como sua bucha de canhão, no que diz respeito ao combate contra as esquerdas, os trabalhistas e os políticos progressistas.
A casa grande trabalha nos bastidores do poder para dar o golpe e concretizar seus interesses hegemônicos, que visam estritamente a primazia. A classe média a repercute e sai às ruas a vestir, ridiculamente, a camisa da Seleção Brasileira, time que ela passou a odiar depois da Copa do Mundo, como odeia a tudo e a todos que possam lembrá-la que ela é brasileira, apesar de ser colonizada e ser portadora, digo mais uma vez, de um inenarrável e incomensurável complexo de vira-lata.
Encerro os comentários, para logo complementá-los: muito antes de qualquer questão política, a direita brasileira e quem vota nela quer impedir que haja no Brasil a igualdade de oportunidades e a democratização do Estado nacional, porque o poder público controlado pelas classes dominantes continuará a servir, de forma patrimonialista, à burguesia brasileira, que enriqueceu sob as asas do Estado. Ponto.
Agora, vamos à pergunta superteimosa, que se recusa a calar: "Leitor, você não considera estranho que, nos dias que o filho do presidente do TCU, Tiago Cedraz, e a filha do presidente da Câmara, Danielle Ditz, cujos pais são aliados da oposição contra o Governo, são acusados de cometer malfeitos, com provas, conforme afirma a PGR, e de repente aparecer a PF dos delegados aecistas a fazer piruetas na empresa do Lulinha, e no caso Zelotes? Não é estranho?
Vale ressaltar que Danielle, de acordo com as investigações, tem cartão vinculado à conta na Suíça de seu pai, deputado Eduardo Cunha, bem como o Tiago, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, tornou-se advogado dos interesses de 182 clientes que tinham processos a resolver no Tribunal, que não cassa ninguém, porque é apenas um órgão de apoio à Câmara dos Deputados.
Além disso, relembro os casos da filha do senador José Serra (PSDB) e do filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) — o Neoliberal I ou o Príncipe da Privataria —, aquele que vendeu 125 estatais, que ele e os seus não criaram, porque quem industrializou o Brasil foi o grande estadista Getúlio Dornelles Vargas. Um presidente trabalhista, por sinal.
Todavia, volto ao assunto: a filha do Serra, Verônica Serra, foi acusada de realizar negócios milionários com o bilionário Jorge Paulo Lemann. Verônica atuava como se fosse uma ponte dos negócios privados junto ao Estado. A moça anteriormente trabalhava na revista "Exame", da Editora Abril e da famiglia Civita. Logo depois, ela ganhou uma bolsa de Lemann para estudar em Harvard, e, com efeito, tornou-se sócia do empresário, cuja sociedade celebrou a concretização de negócios vultosos.
Já Fernando Henrique é pai de Paulo Henrique. O pimpolho do político tucano foi acusado de ser testa de ferro do grupo estadunidense "The Walt Disney Company". O Ministério das Comunicações ficou a seguir as atividades da companhia estadunidense. Segundo notícias da imprensa seletiva e que pensa que todo mundo é idiota, além das investigações do Governo, o esquema demandava indícios que, por meio de ações ilegais, a empresa controla a Rádio Itapema FM, de São Paulo, também conhecida como Rádio Disney.
Emissoras de televisão e rádio e empresas jornalísticas não podem ter como sócias empresas estrangeiras com capital acima de 30%. É lei. Para enganar a lei, noticiou-se que Paulo Henrique Cardoso, filho de ex-presidente tucano, apresenta-se como sócio majoritário da "Rádio Holding Participações Ltda", que tem 71% das ações da Rádio Itapema. O restante pertence à Disney.
Dando os trâmites por findos, quero afirmar que o processo draconiano, vampiresco e covarde de imolação do Lulinha, sem ao menos ele ser ouvido e se defender é a praxis no Brasil e dos magnatas bilionários sonegadores de impostos. É inaceitável porque injusto a malhação e a desconstrução da imagem alheia. A imprensa do sistema de capitais deste País se tornou há muito tempo uma máquina moedora de reputações.
Enquanto essa gente sem escrúpulo ataca, agride e insulta, por exemplo, o filho de Lula de desonesto e ladrão, "esquece", cinicamente, seletivamente e hipocritamente, dos filhos de seus aliados, FHC, José Serra, Aroldo Cedraz e Eduardo Cunha. É como se todo mundo no Brasil fosse idiota e somente os bate-paus da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?!) fossem espertos, inteligentes e descolados. Durma-se com um barulho desses. A imprensa da casa grande é ridícula, mas sua perversidade e vocação para o crime, não. Vamos ver como acabarão os pimpolhos em relação ao macartismo à brasileira. Mega empresas prejudicam seriamente o Brasil e o Lulinha que é o alvo. Durma-se com um barulho desse. É isso aí.
Veja a lista das empresas que estão a ser investigadas pela Operação Zelotes:
É inacreditável, inaceitável ao tempo que um absurdo sem tamanho, porque de caráter surreal, a pantomima política do consórcio Imprensa-PF-MP, que nitidamente tem o objetivo de desviar as atenções dos brasileiros quanto aos malfeitos praticados por bilionários que constam na lista da Operação Zelotes, que desfalcaram em bilhões o povo deste País. Empresas, a maioria da iniciativa privada, o que demonstra, sem sombra de dúvida, que o empresariado brasileiro, com a cumplicidade de estrangeiros, assalta os cofres públicos, além de deixar muito claro que são destituídos de quaisquer compromissos com o povo brasileiro e com o desenvolvimento da Nação.
A resumir para se compreender: são os inquilinos da casa grande, que controlam os partidos de direita, como o PSDB, a imprensa e as mídias cruzadas, bem como o capital financeiro, as indústrias, o comércio e as terras, que chamam o Governo Trabalhista, a Dilma Rousseff, o Lula, o PT, a CUT, os Movimentos Sem Terra e Sem Teto, os sindicatos, os pobres, os negros, os índios, os homossexuais e tudo o que é de origem popular ou os movimentos que lutam por espaço para serem reconhecidos, de ladrões, incompetentes, comunistas, corruptos, burros e, portanto, merecedores de morrer ou serem impedidos de conquistar a ascensão social.
Contudo, como se percebe, quem são os autores da corrupção e da roubalheira neste país são os ricos, os privilegiados, os beneficiados, os patrimonialistas e os que têm muito dinheiro para pagar propinas e financiar a corrupção. E quem tem dinheiro para fazer deste País "um mar de lama" (termo historicamente muito apreciado pela direita golpista e corrupta) são os empresários e os políticos ligados a eles e que até há pouco tempo queriam, na maior cara de pau, manter intacto o financiamento privado e empresarial de campanhas políticas. E ainda se dão o direito de cometer moralismos baratos sem ter moral. O problema é que essa gente considera que todo mundo é idiota. Entretanto, não é bem assim... Não é mesmo?
O exemplo da patifaria e corrupção, de acordo com a lista da Zelotes, está a ser dado pelos Banco Santander, Bradesco, Ford, Gerdau, Boston, Safra, RBS, Huawei, MMC-Mitsubishi, Copesul, Liderprime, Marcopolo e o Banco Brascan, dentre dezenas de outras empresas citadas e investigadas. Como se vê, roubalheira de banqueiros não falta. Aliás, é uma grandeza. Mas, o culpado e alvo de manchetes tendenciosas e estritamente políticas é o Lulinha - o filho de Lula...
Para explicar melhor: as empresas e seus donos indicam conselheiros, geralmente advogados, para o CARF. Os conselheiros, juntamente com seus colegas que são servidores de carreira oriundos do Ministério da Fazenda e de outros órgãos, evidentemente que vão tratar de defender os interesses de seus patrões, os empresários, que pagam propinas e, obviamente, evitarão que os ricaços paguem multas devidas ao Governo, ou seja, ao contribuinte. Todavia, o culpado é o Lulinha, que tem uma empresa, que, na verdade, é ligada a questões do futebol americano.
Lulinha fez lobby. Só que é um lobby peculiar, raro e excêntrico, porque se trata de um tráfico de influência com cinco anos de atraso. Explica-se, com a seguinte nota à imprensa familiar escrita pelos os advogados do filho do Lula. Leia abaixo:
"A busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na data de hoje (26/10), dirigida à Touchdown Promoção de Eventos Esportivos Ltda., revela-se despropositada na medida em que essa empresa não tem qualquer relação com o objeto da investigação da chamada "Operação Zelotes".
A Touchdown organiza o campeonato brasileiro de futebol americano — torneio que reúne 16 times, incluindo Corinthians, Flamengo, Vasco da Gama, Botafogo, Santos e Portuguesa —, atividade lícita e fora do âmbito da referida Operação. No caso da LFT Marketing Esportivo, que se viu indevidamente associada à edição da MP 471 – alvo da Operação Zelotes -, a simples observação da data da constituição da empresa é o que basta afastá-la de qualquer envolvimento com as suspeitas levantadas.
A citada MP foi editada em 2009 e a LFT constituída em 2011 — dois anos depois. A prestação de serviços da LFT para a Marcondes & Maltone ocorreu entre 2014 e 2015 – mais de 5 anos depois da referida MP e está restrita à atuação no âmbito de marketing esportivo.
Dessa prestação, resultaram 04 projetos e relatórios que estão de acordo com o objeto da contratação e foram devidamente entregues à contratante. O valor recebido está contabilizado e todos os impostos recolhidos e à disposição das autoridades.
Assim que tomaram conhecimento da busca e apreensão, os advogados da Touchdown e da LFT pediram à Justiça e à Polícia Federal acesso a todo o material usado para justificar a medida, não tendo sido atendidos até o momento. Tal situação impede que a defesa possa exercer o contraditório e tomar outras medidas cabíveis".
Contudo, Lulinha é taxado de ladrão, porque é assim que ele é tratado na imprensa macartista, assim como nas redes sociais por coxinhas ferozes e despolitizados, mas instintivamente elitistas e preconceituosos, que exasperam suas almas violentas em forma de preconceito de classe, porque, no fundo de seus (maus) sentimentos e pensamentos, não toleram e não se conformam com a ascensão social dos pobres.
Nada é pior para um coxinha do que ver negros e pobres nas universidades federais, nos shoppings, nos eventos e nos aeroportos que eles frequentam. Nada é pior para um coxinha da classe média tradicional e de origem universitária, mas analfabeto político e desconhecedor da história, ver a empregada, o porteiro, o zelador, o gari, o servente, o jardineiro, o garçom, o cozinheiro, o balconista, o atendente, o eletricista, a manicure, o vendedor, o mecânico, o bombeiro hidráulico, o soldado da PM, ou seja, aqueles que a sociedade burguesa e nostálgica da escravidão convencionou chamar de "serviçais".
Sim senhor, a pequena burguesia é o aço no lombo dos pobres e, por sua vez, os despreza profundamente... A pequena burguesia representa o ódio e o inconformismo de não ser rica. Por isso a reação de essência patológica dessa classe social extremamente reacionária e conservadora. Enquanto a plutocracia, a verdadeira responsável pelos conflitos sociais no mundo deita e rola em berço esplêndido, porque tem a classe média como sua bucha de canhão, no que diz respeito ao combate contra as esquerdas, os trabalhistas e os políticos progressistas.
A casa grande trabalha nos bastidores do poder para dar o golpe e concretizar seus interesses hegemônicos, que visam estritamente a primazia. A classe média a repercute e sai às ruas a vestir, ridiculamente, a camisa da Seleção Brasileira, time que ela passou a odiar depois da Copa do Mundo, como odeia a tudo e a todos que possam lembrá-la que ela é brasileira, apesar de ser colonizada e ser portadora, digo mais uma vez, de um inenarrável e incomensurável complexo de vira-lata.
Encerro os comentários, para logo complementá-los: muito antes de qualquer questão política, a direita brasileira e quem vota nela quer impedir que haja no Brasil a igualdade de oportunidades e a democratização do Estado nacional, porque o poder público controlado pelas classes dominantes continuará a servir, de forma patrimonialista, à burguesia brasileira, que enriqueceu sob as asas do Estado. Ponto.
Agora, vamos à pergunta superteimosa, que se recusa a calar: "Leitor, você não considera estranho que, nos dias que o filho do presidente do TCU, Tiago Cedraz, e a filha do presidente da Câmara, Danielle Ditz, cujos pais são aliados da oposição contra o Governo, são acusados de cometer malfeitos, com provas, conforme afirma a PGR, e de repente aparecer a PF dos delegados aecistas a fazer piruetas na empresa do Lulinha, e no caso Zelotes? Não é estranho?
Vale ressaltar que Danielle, de acordo com as investigações, tem cartão vinculado à conta na Suíça de seu pai, deputado Eduardo Cunha, bem como o Tiago, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, tornou-se advogado dos interesses de 182 clientes que tinham processos a resolver no Tribunal, que não cassa ninguém, porque é apenas um órgão de apoio à Câmara dos Deputados.
Além disso, relembro os casos da filha do senador José Serra (PSDB) e do filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) — o Neoliberal I ou o Príncipe da Privataria —, aquele que vendeu 125 estatais, que ele e os seus não criaram, porque quem industrializou o Brasil foi o grande estadista Getúlio Dornelles Vargas. Um presidente trabalhista, por sinal.
Todavia, volto ao assunto: a filha do Serra, Verônica Serra, foi acusada de realizar negócios milionários com o bilionário Jorge Paulo Lemann. Verônica atuava como se fosse uma ponte dos negócios privados junto ao Estado. A moça anteriormente trabalhava na revista "Exame", da Editora Abril e da famiglia Civita. Logo depois, ela ganhou uma bolsa de Lemann para estudar em Harvard, e, com efeito, tornou-se sócia do empresário, cuja sociedade celebrou a concretização de negócios vultosos.
Já Fernando Henrique é pai de Paulo Henrique. O pimpolho do político tucano foi acusado de ser testa de ferro do grupo estadunidense "The Walt Disney Company". O Ministério das Comunicações ficou a seguir as atividades da companhia estadunidense. Segundo notícias da imprensa seletiva e que pensa que todo mundo é idiota, além das investigações do Governo, o esquema demandava indícios que, por meio de ações ilegais, a empresa controla a Rádio Itapema FM, de São Paulo, também conhecida como Rádio Disney.
Emissoras de televisão e rádio e empresas jornalísticas não podem ter como sócias empresas estrangeiras com capital acima de 30%. É lei. Para enganar a lei, noticiou-se que Paulo Henrique Cardoso, filho de ex-presidente tucano, apresenta-se como sócio majoritário da "Rádio Holding Participações Ltda", que tem 71% das ações da Rádio Itapema. O restante pertence à Disney.
Dando os trâmites por findos, quero afirmar que o processo draconiano, vampiresco e covarde de imolação do Lulinha, sem ao menos ele ser ouvido e se defender é a praxis no Brasil e dos magnatas bilionários sonegadores de impostos. É inaceitável porque injusto a malhação e a desconstrução da imagem alheia. A imprensa do sistema de capitais deste País se tornou há muito tempo uma máquina moedora de reputações.
Enquanto essa gente sem escrúpulo ataca, agride e insulta, por exemplo, o filho de Lula de desonesto e ladrão, "esquece", cinicamente, seletivamente e hipocritamente, dos filhos de seus aliados, FHC, José Serra, Aroldo Cedraz e Eduardo Cunha. É como se todo mundo no Brasil fosse idiota e somente os bate-paus da imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?!) fossem espertos, inteligentes e descolados. Durma-se com um barulho desses. A imprensa da casa grande é ridícula, mas sua perversidade e vocação para o crime, não. Vamos ver como acabarão os pimpolhos em relação ao macartismo à brasileira. Mega empresas prejudicam seriamente o Brasil e o Lulinha que é o alvo. Durma-se com um barulho desse. É isso aí.
Veja a lista das empresas que estão a ser investigadas pela Operação Zelotes:
Banco Santander - R$ 3,34 bilhões
Banco Santander 2 - R$ 3,34 bilhões
Bradesco - R$ 2,75 bilhões
Ford - R$ 1,78 bilhões
Gerdau - R$ 1,22 bilhões
Boston Negócios - R$ 841,26 milhões
Safra - R$ 767,56 milhões
Huawei - R$ 733,18 milhões
RBS (Globo) - R$ 671,52 milhões
Camargo Correa - R$ 668,77 milhões
MMC-Mitsubishi - R$ 505,33 milhões
Carlos Alberto Mansur - R$ 436,84 milhões
Copesul - R$ 405,69 milhões
Liderprime - R$ 280,43 milhões
Avipal/Granoleo - R$ 272,28 milhões
Marcopolo - R$ 261,19 milhões
Banco Brascan - R$ 220,8 milhões
Pandurata - R$ 162,71 milhões
Coimex/MMC - R$ 131,45 milhões
Via Dragados - R$ 126,53 milhões
Cimento Penha - R$ 109,16 milhões
Newton Cardoso - R$ 106,93 milhões
Bank Boston banco múltiplo - R$ 106,51 milhões
Café Irmãos Júlio - R$ 67,99 milhões
Copersucar - R$ 62,1 milhões
Petrobras - R$ 53,21 milhões
JG Rodrigues - R$ 49,41 milhões
Evora - R$ 48,46 milhões
Boston Comercial e Participações - R$ 43,61 milhões
Boston Admin. e Empreendimentos - R$ 37,46 milhões
Firist - R$ 31,11 milhões
Vicinvest - R$ 22,41 milhões
James Marcos de Oliveira - R$ 16,58 milhões
Mário Augusto Frering - R$ 13,55 milhões
Embraer - R$ 12,07 milhões
Dispet - R$ 10,94 milhões
Partido Progressista - R$ 10,74 milhões
Viação Vale do Ribeira - R$ 10,63 milhões
Nardini Agroindustrial - R$ 9,64 milhões
Eldorado - R$ 9,36 milhões
Carmona - R$ 9,13 milhões
CF Prestadora de Serviços - R$ 9,09 milhões
Via Concessões - R$ 3,72 milhões
Leão e Leão - R$ 3,69 milhões
Copersucar 2 - R$ 2,63 milhões
Construtora Celi - R$ 2,35 milhões
Nicea Canário da Silva - R$ 1,89 milhão
Mundial - Zivi Cutelaria - Hércules - Eberle - Não Disponível
Banco UBS Pactual SA N/D
Bradesco Saúde N/D
BRF N/D
BRF Eleva N/D
Caenge N/D
Cerces N/D
Cervejaria Petrópolis N/D
CMT Engenharia N/D
Dama Participações N/D
Dascan N/D
Frigo N/D
Hidroservice N/D
Holdenn N/D
Irmãos Júlio N/D
Kanebo Silk N/D
Light N/D
Mineração Rio Novo N/D
Nacional Gás butano N/D
Nova Empreendimentos N/D
Ometo N/D
Refrescos Bandeirantes N/D
Sudestefarma/Comprofar N/D
TIM N/D
Tov N/D
Urubupungá N/D
WEG N/D
Total - R$ 19,77 bilhões
FONTE: escrito por Davis Sena Filho, editor do blog "Palavra Livre". Publicado no portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/colunistas/davissena/202724/Macartismo-%C3%A0-brasileira-ca%C3%A7a-ao-Lula-e-cons%C3%B3rcio-Imprensa-PF-MP.htm).
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