Acordo militar com EUA acirra disputa de caças
Acordo facilitará a venda de 200 aviões Super Tucano, da Embraer.
Brasil [Presidente Lula] e EUA assinaram ontem, em Washington, acordo militar que aumenta tanto a pressão norte-americana para vender 36 aviões de caça para o Brasil quanto a brasileira para exportar até 200 aviões Super Tucanos da Embraer para os EUA -neste caso, um negócio que pode chegar a US$ 2 bilhões.
O acordo facilita a cooperação entre as Forças Armadas do Brasil e as dos EUA principalmente em pesquisa, desenvolvimento, suporte logístico, segurança tecnológica e "aquisição de produtos e serviços de defesa".
Em Washington, o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, disse que o chamado "acordo-quadro" é um instrumento jurídico que permite, por exemplo, que os EUA dispensem a licitação para a compra dos aviões da Embraer, de acordo com a legislação americana."
[P.S 1: segundo o jornal "Valor" de hoje, a Força Aérea americana abriu um processo de escolha para a compra de cem aviões turboélice de ataque, que pode ser estendida para outras cem unidades. A Embraer já apresentou uma proposta que, se aprovada, representará a maior venda de Super Tucanos já feita pela companhia. Uma versão básica deste avião custa entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, o que significa que o valor do contrato chega a casa dos bilhões.]
[P.S. 2: este blog acrescenta que a venda de Super Tucanos aos EUA será muito difícil. Os norte-americanos, normalmente, impõem condições draconianas, fabricação quase que total nos EUA, direitos absolutos sobre o modelo etc. Mesmo após declararem oficialmente o vencedor para a venda, tem sido frequente anularem a compra repentinamente, com desculpas como "mudança de requisitos" (caso da venda da plataforma ERJ-145)].
FONTE: publicado hoje (13/04) na Folha de São Paulo [título, imagem e "P.S." colocados por este blog].
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