69 Squadron F-15I Ra'ams at Red Flag (Foto da “Wikipedia")
LONDRES ESTIMA QUE ISRAEL ATACARÁ O IRÃ EM CERCA DE DOIS MESES DIZ JORNAL
“Citando fontes da "cúpula do governo" britânico, o jornal “Daily Mail” (UK) noticiou na quinta-feira, 10, que, segundo os cálculos de Londres, Israel lançará um ataque ao Irã em, aproximadamente, dois meses. A informação -qualificada de "duvidosa" pela imprensa israelense- vem à tona um dia após a agência atômica da “Organização das Nações Unidas” (ONU) lançar seu mais duro relatório contra Teerã, no qual acusa os iranianos de tentar fabricar uma bomba [OBS deste blog ‘democracia&política’: Israel quer continuar com o status de ser o único país do Oriente Médio que desenvolveu (clandestinamente, sem informação à ONU e outros países) armas nucleares. Possui cerca de 200 bombas atômicas].
Na quinta, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, alertou que um ataque ao Irã pode ter "um sério impacto" involuntário na região. "É preciso ser cuidadoso com as consequências não desejadas (de uma ação contra Teerã). Elas poderiam não só fracassar em impedir que o Irã faça o que quer fazer, mas também ter sério impacto sobre as forças americanas na região."
Integrantes do gabinete do primeiro-ministro David Cameron teriam sido avisados para aguardar ataque de Israel ao Irã "em breve". "Esperamos que algo aconteça já no Natal ou no começo do ano", teria afirmado uma fonte da Chancelaria britânica, citada pelo “Daily Mail”. Autoridades britânicas da área de inteligência teriam confirmado a informação.
Há duas semanas, o jornal israelense “Yediot Ahronot” noticiou que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu estava tentando convencer seu gabinete a aprovar amplo ataque contra instalações nucleares iranianas. Ele teria o apoio do ministro da Defesa, Ehud Barak.
Mas os chefes dos setores de inteligência e das Forças Armadas se oporiam ao uso da força contra Teerã. Em meio às especulações na imprensa, o Irã disse que "o regime sionista mia como um gato quando quer rugir como um leão". Na quinta, o mesmo “Yediot Ahronot” colocou em dúvida a "veracidade" da reportagem britânica.
O relatório publicado pela “Agência Internacional de Energia Atômica” (AIEA) na quarta-feira faz duas acusações principais contra o Irã. [OBS deste blog: assim como fez, erradamente, ao Iraque].
Primeiro, o órgão da ONU afirma que iranianos não respeitaram as salvaguardas impostas e não colaboraram totalmente com os inspetores.
Segundo, que cientistas iranianos podem estar desenvolvendo uma instalação para testes nucleares, detonadores atômicos e modelos virtuais para ogivas - ações que [se verdadeiras e], confirmadas, demonstrariam o objetivo militar do programa de Teerã.
POTÊNCIAS DIVIDIDAS
A República Islâmica reagiu furiosamente ao documento da AIEA. Segundo o chanceler iraniano, Ali Asghar Soltanieh, o relatório "não é profissional" e foi "ditado por Washington". Ele ainda acusou o diretor-geral da AIEA, o japonês Yukiya Amano, de ter violado o estatuto da agência atômica, ao revelar informações que haviam sido passadas pelo Irã sob condição de sigilo.
EUA e países europeus afirmam que o relatório apresentado esta semana deve levar à adoção de medidas adicionais contra o governo iraniano. A União Europeia já estuda a possibilidade de adotar mais medidas unilaterais. Rússia e China, entretanto, já deram sinais de que não permitirão novas sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Teerã.”
FONTE: divulgado pela agência norte-americana de notícias Reuters e transcrito no jornal “O Estado de São Paulo” e no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/3516/Londres-estima-que-Israel-atacara-o-Ira-em-cerca-de-dois-meses--diz-jornal). [Há muitas décadas, esses veículos de informação, inclusive o mais recente "DefesaNet", são visivelmente porta-vozes dos interesses norte-americanos e israelenses].
2 comentários:
Aquele estado que se diz o anão, exposto ao aniquilamento, na verdade, é o gigante que, se quiser, reduz o OM a pó. E não precisaria muito. Bastaria ataques pontuais, com armas atômicas, semelhantes em poder explosivo aos das bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, a algumas cidades de países muçulmanos vizinhos: Cairo, Damasco, Teeran, para inviabilizar, totalmente, esses países. É claro que haveria um contra-ataque, mas e daí? É necessário que os Estados tenham consciência e tentem evitar esse Holocausto Muçulmano e Humano.
E, como já pudemos ver, não há naquela região país que se possa contrapor, ao menos militarmente, a Israel e a seus possíveis aliados, que não deixarão de apoiá-lo.
Fluxo,
Você tem razão. O desproporcional poder militar israelense é fato e é a causa do alto potencial explosivo da região e do mundo. A culpa é das grandes potências ocidentais e da ONU (e o Brasil a integra) que, irracional e irresponsavelmente, permitiram ou contribuíram para que o agressivo e expansionista Israel chegasse a esse poder desmedido e indevido. Os EUA, como oficialmente publicado em seu orçamento, contribuem anualmente com cerca de 3 bilhões de dólares somente para aquisições militares israelenses (e sem obrigação de compras nos EUA; Israel exige até offset quando faz aquisições governamentais nos EUA).
As potências ocidentais, especialmente os EUA, com visão curta sobre as vantagens imediatas desse poder militar israelense (visando a apropriação do petróleo do Oriente Médio), e com o óbvio submisso apoio da mídia internacional e brasileira, ajudaram a criar e crescer esse gravíssimo problema.
Maria Tereza
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