A usina nuclear de Bushehr, no Irã, para gerar energia elétrica: alvo de ataques cibernéticos de país do Ocidente (foto AFP)
[OBS deste blog ‘democracia&política’: A AIEA, assim como na época em que os EUA queriam pretexto, mesmo que forjado e falso, para atacar o Iraque, agora também apresenta semelhantes ‘suposições’ sobre futura ‘possibilidade’ de o Irã vir a querer construir armas atômicas.
Os argumentos são frágeis. Por exemplo, por analogia, se um país desenvolve pneus para caminhões, poder-se-ia acusá-lo de talvez intencionar aplicá-los, no futuro, no desenvolvimento de um carro de combate sobre rodas. O desenvolvimento do pneu para caminhões estaria, assim, ‘ligado’, ‘relacionado’ ao do carro de combate. Pronto: o país já estaria enquadrado e acusado com contribuidor da escalada armamentista na região.
Vejamos como a agência estatal francesa AFP divulgou a ‘notícia sobre o Irã:]
“Confira as principais conclusões do relatório da ‘Agência Internacional de Energia Atômica’ (AIEA) sobre "a possível dimensão militar" do programa nuclear iraniano, segundo uma cópia do documento obtida pela [agência estatal francesa de notícias] AFP.
- "A agência tem ‘sérias preocupações’ em relação à ‘possível’ dimensão militar do programa nuclear iraniano".
- "Após examinar atentamente, e de maneira crítica, as informações disponíveis, a agência 'acredita' que elas são, em geral, confiáveis".
- "Essas informações indicam que o Irã realizou atividades ‘ligadas’ ao desenvolvimento de um dispositivo nuclear explosivo".
- A AIEA fez referência a "esforços" de indivíduos e entidades militares que, em alguns casos, resultou na aquisição de ‘equipamentos’ e ‘materiais’ ‘relacionados à energia nuclear’ [OBS deste blog: ‘componentes’, ‘equipamentos’ e ‘materiais’ podem ser válvulas, chips, e outros itens de uso dual, como o tal pneu de caminhão da nossa analogia acima].
- "A agência também detectou ‘iniciativas’ com o ‘objetivo’ de desenvolver por meios "não-declarados” a produção de materiais nucleares" [OBS deste blog: Interessante. A AIEA, os EUA, as potências européias e a mídia internacional e brasileira nunca se importaram com o desenvolvimento israelense de armas atômicas, que resultou na produção de aproximadamente duas centenas de bombas atômicas por Israel, por meios “não-declarados”, clandestinos, à revelia das rigorosas normas impostas para os outros países, pelos EUA e ONU].
- O Irã ‘obteve’ "informações e documentos ‘relacionados’ ao desenvolvimento de armas nucleares de uma rede de abastecimento clandestina"
- "O país trabalha no desenvolvimento de seu próprio modelo de arma nuclear e realiza testes com “componentes”.
- "Algumas dessas atividades podem ter finalidades tanto civis quanto militares, mas outras são [ou poderiam vir a ser?] especificamente ligadas à futura criação de armas nucleares".
- "As informações apontam que, antes do final de 2003, essas atividades foram desenvolvidas através de programa ‘estruturado’ e que algumas delas continuam em curso".
Para esse relatório, a AIEA informou ter recebido informações fornecidas por 10 países membros [OBS deste blog: certamente, de Israel, EUA, França, UK, Canadá, México, Colômbia e outros países “neutros” e “insuspeitos”...], provenientes, provavelmente, de seus respectivos serviços secretos, e conseguiu, por conta própria, outros dados, como fotos de satélites da base militar de Parchin, próximo de Teerã [OBS deste blog: provavelmente, a obtenção ocorreu na internet, via Google, sem garantia de veracidade, assim como comprovadamente foi no caso do Iraque].
A AIEA compilou informações desde o final de 2002.
O texto integral do relatório e seus anexos estão disponíveis no site de um grupo de discussão americano especializado em questões nucleares, o ‘Instituto de Segurança Científica e Internacional’ (ISIS):
(http://www.isisnucleariran.org/assets/pdf/IAEA_Iran_8Nov2011.pdf).”
FONTE: site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/geopolitica/noticia/3497/Veja-os-principais-pontos-do-relatorio-da-AIEA-sobre-o-Ira) [imagem do google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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