Líbia devastada pelos EUA e OTAN
Por Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil
“Em outubro de 2011, Muammar Khadafi, ex-presidente da Líbia por 42 anos, foi capturado [e assassinado], iniciando nova fase no país.
Muammar Khadafi assassinado
Após sete meses de conflitos em 2011 [com os rebeldes apoiados, armados e supridos pelos EUA e OTAN], várias cidades foram destruídas, como Sirte (terra natal de Khadafi) e Brega. Há ainda instituições públicas desfeitas e empresas privadas estrangeiras que deixaram o país devido à instabilidade e à ausência de segurança.
Desde o fim do ano passado, a Líbia é governada pelo “Conselho Nacional de Transição” (CNT), formado por forças de oposição e com o apoio da comunidade internacional. Não há data prevista para a realização de eleições presidenciais. A prioridade do CNT é a estabilização e a reorganização do país.
A morte de Khadafi encerrou longo período [de progresso, soberania e melhoria da qualidade de vida do povo] que alternou momentos de tensão e isolamento com a “comunidade internacional” [leia-se EUA e aliados].
Obama, Cameron e Sarkozy, a autodenominada “comunidade internacional”
Depois de 2003, Khadafi retomou as articulações para se reaproximar da “comunidade internacional”. Porém, o processo de desgaste do seu governo acentuou-se por protestos e manifestações na região.
EUA/OTAN: removendo o governo líbio em nome da “comunidade internacional”
Localizada no Norte da África, a Líbia viveu intensos conflitos entre manifestantes, que reivindicavam o fim do governo Khadafi, com as forças leais ao governo. Em meio aos conflitos, houve a intervenção da “Organização do Tratado do Atlântico Norte” (OTAN). Manifestantes e integrantes das forças leais foram mortos. Os números [da mortandade] são incertos [e muito elevados].
A imprensa internacional não foi autorizada a entrar no país. Mas houve relatos de pistas e cidades bombardeadas [pelos EUA e OTAN], dificultando o acesso às pessoas e aos bairros. A cidade de Brega, localizada em uma das principais regiões produtoras de petróleo, foi atacada. Em meio aos confrontos, o então ministro dos Negócios Estrangeiros líbio Moussa Koussa fugiu para Londres, na Grã-Bretanha.
Resultado da ação da “comunidade internacional”
Em setembro de 2011, a “comunidade internacional”, reunida na 66ª Assembleia Geral da Organização das ações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, autorizou a participação do “Conselho Nacional de Transição” (CNT) nas sessões e a bandeira da oposição a Khadafi foi hasteada. O Brasil apoiou a participação da oposição nas discussões nas Nações Unidas.”
Retomada das exportações de petróleo e gás da Líbia, sob "nova administração"
FONTE: reportagem de Renata Giraldi, repórter da Agência Brasil (edição de Graça Adjuto) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-04-19/entenda-situacao-na-libia) [Imagens do Google e trechos entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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