“O ritmo de cortes de emprego na indústria paulista desacelerou em junho pelo segundo mês consecutivo, mostraram dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira, e a perspectiva é de que essa melhora continue no restante do ano.
O emprego na indústria paulista recuou 0,42 por cento em junho sobre maio, o que equivale ao fechamento de 8 mil vagas, segundo dado com ajuste sazonal. Em maio, a queda havia sido de 0,69 por cento e em abril, de 1,08 por cento, na mesma base de comparação.
"Ainda não chegamos ao equilíbrio, mas caminhamos para ele", afirmou Paulo Francini, diretor econômico da Fiesp, reafirmando a perspectiva da instituição de uma provável estabilização do nível de emprego já a partir de julho.
Sem ajuste sazonal, o emprego no setor apresentou queda de 0,36 por cento em junho. No primeiro semestre, o setor fechou 54.500 vagas, variação negativa de 2,41 por cento.
"A nossa sensação é de que o pior na crise brasileira também já passou... Mas primeiro (o emprego) precisa parar de cair para depois subir", acrescentou.
Francini espera que o segundo semestre feche com um número positivo de emprego, desconsiderando o setor de açúcar e álcool, que conta com forte sazonalidade de contratações.
DESTAQUES
Entre os setores pesquisados, oito registraram aumento do nível de emprego e 14 informaram redução, incluindo os segmentos de Máquinas e equipamentos --que abrangem com a linha branca de eletrodomésticos-- e de Veículos automotores, reboques e carrocerias. Os dois foram beneficiados pela redução do IPI.
Francini defendeu que os cortes de emprego nos setores ajudados pelo governo refletem um "ajuste" e que isso não significa que as medidas de estímulo não trouxeram bons resultados. Ele ponderou ainda que não se pode esquecer do impacto da redução das exportações nesses segmentos.
O setor de Metalurgia foi um dos destaques negativos, com queda de 1,6 por cento em junho sobre maio. Por outro lado, o segmento de Bebidas mostrou aumento de 1,1 por cento no nível de emprego.
A Fiesp informou ainda que o Sensor da indústria --um termômetro sobre o desempenho mais recente do setor-- subiu para 54,6 pontos na primeira quinzena de julho ante 52,4 pontos apurados no final de junho.
O nível atual é o maior desde setembro do ano passado, mês do aprofundamento da crise financeira global. "O sensor está nos dando mais um bom alento ao retomar o nível pré-crise", avaliou Francini.
FONTE: reportagem de Jenifer Corrêa publicada no portal UOL em 15/07/2009.
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