quinta-feira, 16 de julho de 2009

CORTE DE EMPREGOS NA INDÚSTRIA DE SP DESACELERA EM JUNHO

“O ritmo de cortes de emprego na indústria paulista desacelerou em junho pelo segundo mês consecutivo, mostraram dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira, e a perspectiva é de que essa melhora continue no restante do ano.

O emprego na indústria paulista recuou 0,42 por cento em junho sobre maio, o que equivale ao fechamento de 8 mil vagas, segundo dado com ajuste sazonal. Em maio, a queda havia sido de 0,69 por cento e em abril, de 1,08 por cento, na mesma base de comparação.

"Ainda não chegamos ao equilíbrio, mas caminhamos para ele", afirmou Paulo Francini, diretor econômico da Fiesp, reafirmando a perspectiva da instituição de uma provável estabilização do nível de emprego já a partir de julho.

Sem ajuste sazonal, o emprego no setor apresentou queda de 0,36 por cento em junho. No primeiro semestre, o setor fechou 54.500 vagas, variação negativa de 2,41 por cento.

"A nossa sensação é de que o pior na crise brasileira também já passou... Mas primeiro (o emprego) precisa parar de cair para depois subir", acrescentou.

Francini espera que o segundo semestre feche com um número positivo de emprego, desconsiderando o setor de açúcar e álcool, que conta com forte sazonalidade de contratações.

DESTAQUES

Entre os setores pesquisados, oito registraram aumento do nível de emprego e 14 informaram redução, incluindo os segmentos de Máquinas e equipamentos --que abrangem com a linha branca de eletrodomésticos-- e de Veículos automotores, reboques e carrocerias. Os dois foram beneficiados pela redução do IPI.

Francini defendeu que os cortes de emprego nos setores ajudados pelo governo refletem um "ajuste" e que isso não significa que as medidas de estímulo não trouxeram bons resultados. Ele ponderou ainda que não se pode esquecer do impacto da redução das exportações nesses segmentos.

O setor de Metalurgia foi um dos destaques negativos, com queda de 1,6 por cento em junho sobre maio. Por outro lado, o segmento de Bebidas mostrou aumento de 1,1 por cento no nível de emprego.

A Fiesp informou ainda que o Sensor da indústria --um termômetro sobre o desempenho mais recente do setor-- subiu para 54,6 pontos na primeira quinzena de julho ante 52,4 pontos apurados no final de junho.

O nível atual é o maior desde setembro do ano passado, mês do aprofundamento da crise financeira global. "O sensor está nos dando mais um bom alento ao retomar o nível pré-crise", avaliou Francini.

FONTE: reportagem de Jenifer Corrêa publicada no portal UOL em 15/07/2009.

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