sexta-feira, 17 de julho de 2009

EM 10 ANOS, PAÍS PODE SER 5ª MAIOR ECONOMIA MUNDIAL, DIZ LULA

“Presidente diz, porém, que não se pode ser ‘ufanista’ e achar que a crise já foi totalmente superada no Brasil

“Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 15, em reunião com executivos da General Motors (GM) do Brasil, que se o País mantiver seu ritmo de crescimento chegará em 10 anos ao posto de quinta maior economia do mundo. “Se a gente continuar nesse ritmo eu não tenho dúvidas de que nos próximos 10 anos o Brasil será a quinta maior economia do mundo”, disse o presidente. A reunião de Lula com a GM foi fechada para a imprensa, mas o áudio do discurso do presidente foi disponibilizado no site da Presidência da República.

Lula ponderou que o Brasil ainda não superou totalmente a crise. “Não vamos ser ufanistas e achar que resolvemos tudo. O crédito ainda tem pendências e o spread ainda está alto.” Lula também ressaltou o papel dos bancos públicos brasileiros como instrumento de fomento do crédito nos momentos mais agudos da crise, quando o crédito nas entidades internacionais secou.

“Ficou provado que banco público não é ruim, como alguns diziam, é que se bem gerenciado é uma obra-prima na hora em que falta dinheiro no mercado”, disse. Para Lula, o fato de o Brasil ter bancos públicos sólidos, como o BNDES, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, foi uma vantagem comparativa do País durante a crise, somado ainda à situação saudável dos bancos privados nacionais, que não estavam envolvidos com o crédito de risco “subprime”.

Lula disse que, em conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse a ele que o problema dos EUA é que o país não tinha um sistema financeiro sólido “com alguns bancos públicos importantes”. Para Lula, a crise no fim do ano passado foi gerada em parte por certo temor na sociedade. Segundo ele, a falta de crédito no mercado foi tão grave que até a Petrobras teve de recorrer a bancos públicos para ter crédito, disputando espaço com pequenas e médias empresas que têm preferência nessas instituições.”

FONTE: texto de Leonardo Goy, da Agência Estado, publicado no Estadão Online em 16/07/2009.

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