SERÁ POR CONTA DO PRÉ-SAL?
ISSO INTERESSA A QUEM?
GREENPEACE CONTESTA SUBMARINO NUCLEAR
“NO CENTRO DO RIO, ATIVISTAS DA ONG SE DEITARAM NO CHÃO, FINGINDO ESTAR MORTOS, CONTRA AQUISIÇÃO DE TECNOLOGIA FRANCESA DE R$ 19 BILHÕES
Rio de Janeiro – Ativistas do Greenpeace realizaram uma manifestação ontem, no Centro do Rio, contra a transferência de tecnologia francesa para a construção de submarinos nucleares no Brasil. A mobilização foi feita simultaneamente em São Paulo e Salvador. O governo está prestes a adquirir da empresa estatal francesa DCNS (Direction des Constructions Navales Services) quatro submarinos convencionais (diesel-elétricos) Skorpène, mais um casco que – daqui a 20 anos – viria a receber um reator nuclear desenvolvido pelo Brasil.
Durante a manifestação, os ativistas ficaram 10 minutos deitados no chão como se estivessem mortos. O movimento defende o uso de fontes de energia renováveis. Segundo o Greenpeace, o modelo nuclear é mais caro e gera mais riscos de danos ao meio ambiente e à população.
O custo do pacote negociado pelo Brasil com a França equivale a cerca de R$ 19 bilhões – dois anos de Bolsa Família. Ao justificar a compra, a marinha sugeriu, em carta, que a operação tem como objetivo final permitir ao país construir um submarino nuclear com a ajuda francesa.
A carta dá a entender que a França se comprometeria a transferir tecnologia nuclear ao Brasil – o que não é verdade, de acordo com a Parceria Estratégica assinada em dezembro pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a marinha, a decisão foi a de “buscar parcerias estratégicas com países detentores de tais tecnologias e que estivessem dispostos a transferi-la”.
Mais adiante afirma: “A parceria teria que ser buscada junto a países que produzissem, simultaneamente, submarinos convencionais e nucleares. Depois de longo e acurado processo de escolha, a França foi o país selecionado. É preciso enfatizar que somente quem constrói submarinos nucleares tem condições de transferir a tecnologia necessária para tanto”.
ACORDO
No entanto, o acordo entre Lula e Sarkozy estabelece claramente que “a concepção (expressão dos requisitos e projeto básico), a construção e a manutenção da infraestrutura e dos equipamentos necessários às operações de construção e de manutenção da parte nuclear do submarino nuclear estão excluídas do âmbito do presente acordo”.
FONTE: publicado no O Estado de Minas em 23/08/2009.
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