Suplicy não ensandeceu: ele mudou de lado
Falta muito para o senador merecer o cartão verde da Folha
O espetáculo patético e constrangedor que o senador Eduardo Matarazzo Suplicy ofereceu ontem aos espectadores de televisão seria facilmente interpretado como uma manifestação de sandice.
Não é.
O senador Matarazzo há muito tempo pareceu ao Conversa Afiada um tucano infiltrado no PT.
O senador Matarazzo mal se elegeu da última vez, exatamente por causa dessa dupla militância.
Assim como o senador Aloízio Mercadante, também do PT de São Paulo, o senador Matarazzo é escravo do PiG(*) e teme e reza pelo PUM (**).
O gesto de dar um “cartão vermelho” ao presidente Sarney é mais ou menos como querer expulsar o jogador depois que o jogo acabou.
A questão do presidente Sarney no Conselho de Ética do Senado acabou.
Ela sobrevive apenas no PiG(*).
Logo o gesto aparentemente ensandecido do senador Matarazzo é apenas uma operação de marketing no PiG(*).
O Mino Carta sempre me disse que o senador Matarazzo não tem nada de tolo.
Ele é sonso.
O que faz agora é o que fazem outros petistas: Cristóvam Buarque e Marina Silva.
É um traíra.
Por quê ?
Porque ele quer ter todos os benefícios de ser um Matarazzo dos trabalhadores sem lambuzar as mãos nas safadezas do PT.
Clique aqui para ler “O PiG(*) descobriu que o Sarney é o Sarney”
Além de traíra, o senador Matarazzo é incompetente.
Porque levou uma rasteira do líder da Bancada Dantas no Senado, o senador Heráclito Fortes, que articula a Língua Portuguesa com tanta dificuldade quanto o senador Matarazzo.
A diferença é que Heráclito é um provocador profissional, como demonstra, em registro histórico, a forma como desconstruiu no Senado o depoimento de Daniel Dantas com o objetivo escancarado de proteger o passador de bola apanhado no ato de passar bola.
Heráclito fez o que queria do senador Matarazzo.
O malandro engoliu o parvo.
O senador Matarazzo tem ainda muito o que fazer para merecer o respeito de quem cultiva: o PiG(*).
Ainda falta agachar-se um pouco mais.
Paulo Henrique Amorim
(*)Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) PUM – Programa Unificado de Mídia".
FONTE: publicado em 26/08/2009 no site "Conversa Afiada"
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