Recordando, o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel) subcontratou a gráfica paulista Plural, do Grupo pró-Serra/PSDB "Folha", para a impressão das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O vazamento do exame na Plural foi motivo de grande escândalo pela mídia da direita, que culpou o governo Lula. O exame foi adiado. Hoje, sobre o assunto, a Agência Brasil publicou a seguinte notícia:
MEC vai pedir ressarcimento do valor pago a consórcio responsável pelo Enem
"O Ministério da Educação (MEC) vai pedir o ressarcimento de R$ 37,2 milhões que havia pago ao Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel), empresa que venceu a licitação para executar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Também será aberta uma sindicância para apurar “eventuais responsabilidades” de servidores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) nos procedimentos de contratação do consórcio e execução do contrato.
O consórcio tem cinco dias para se manifestar antes que o Inep encaminhe à Advocacia-Geral da União (AGU) o pedido de ajuizamento de ação para ressarcimento dos valor. O instituto também vai pedir a execução da fiança bancária que o consórcio havia depositado como garantia, no valor de R$ 6 milhões.
Segundo o ministério, a decisão foi tomada com base nos resultados da auditoria interna e do inquérito da Polícia Federal. Um “descumprimento contratual” pelo consórcio que teria sido “decisivo para o vazamento”.
Dentro do Inep, a investigação da auditoria interna com prazo para durar por 30 dias seguirá três frentes: a primeira quer descobrir por que a Cesgranrio desistiu de participar da licitação que acabou sendo vencida pela Connasel. Também será apurado se os problemas encontrados no processo foram oficialmente informados à empresa.
Outro ponto que precisa ser esclarecido é sobre o pagamento parcial que foi feito ao Connasel. Os mais de R$ 30 milhões teriam sido repassados com base em uma estimativa de R$ 6 milhões de participantes, quando apenas 4,1 milhões se candidataram para a prova.
As provas do Enem estavam marcadas para outubro, mas foram canceladas depois que exemplares foram roubados por funcionários do consórcio de dentro da gráfica que imprimia o material. O contrato com Connasel foi rompido e a execução da prova foi assumida pelo Cespe e a Cesgranrio."
FONTE: reportagem de Amanda Cieglinsk, repórter da Agência Brasil, publicada hoje (14/01) no site da referida agência [título e 1º parágrafo colocados por este blog].
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