“Os sites dos jornais americanos destacavam ontem a compra do “Burger King” pelo fundo de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. O "WSJ" se perguntou "O que os brasileiros querem com o Whopper?", sanduíche-símbolo da rede.
E o "NYT" anotou que o fundo brasileiro "emprega Marc Mezvinsky, que se casou com Chelsea Clinton", filha de Bill. Em meio à cobertura carregada de ironias, o inglês "Telegraph" deu que o “Burger King” vai oferecer "feijoada", mas também que "é sinal de que os brasileiros estão prontos para flexionar seu músculo econômico cada vez maior".
O site “Salon” foi além, "Interrompemos esta recessão americana para importante notícia de última hora: o resto do mundo continua se movendo e para cima".
No Brasil, Lauro Jardim postou que os "devoradores de ícones americanos Marcel, Beto e Lemann", depois de Budweiser e Burger King, vão tentar, no futuro, Pepsi ou Coca.”
FONTE: publicado na coluna “Toda Mídia”, de Nelson de Sá (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po0309201020.htm)
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Sobre o mesmo assunto , este blog acrescenta a seguinte reportagem de ontem da Folha de São Paulo:
BRASILEIROS DA INBEV COMPRAM BURGER KING
Negócio de US$ 4 bi envolve principais acionistas da InBev e Lojas Americanas; desempenho recente é pior que o do McDonald's
Brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira são maiores investidores do fundo americano 3G
Cristina Fibe, de Nova York
A rede de fast-food Burger King, a segunda maior dos EUA, anunciou ontem acordo de US$ 4 bilhões (R$ 7 bilhões) que deve transferir o controle da marca ao fundo 3G Capital, cujos principais investidores são brasileiros.
Segundo o contrato, a 3G pagará US$ 24 (R$ 42) por ação da rede, uma valorização de 46% em relação a seu preço antes de o acordo ser divulgado. Ontem, as ações do Burger King tiveram o maior ganho desde maio de 2006, com alta de 25%.
O valor total da compra inclui as dívidas da cadeia, que foi vendida diversas vezes nos últimos anos e vem tendo um desempenho pior do que o do seu principal rival, o McDonald's, desde o início da crise econômica nos EUA.
Em comunicado divulgado ontem, Burger King e 3G Capital afirmam que "a transação deve ser fechada no último trimestre deste ano".
O fundo multibilionário é sediado em Nova York, mas, entre seus principais investidores, estão os brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, também acionistas da Anheuser-Busch InBev e das Lojas Americanas.
BRASILEIROS
Após a transição, o brasileiro Alex Behring, da 3G, dividirá a presidência do conselho da companhia com o atual presidente do Burger King, John Chidsey.
Behring, em comunicado, afirmou que a 3G "tem grande respeito pela marca Burger King e pelo negócio que administradores, empregados e franquias construíram". Outro brasileiro, Bernardo Hee, também deve ser nomeado.
"A marca icônica, sua sólida rede de franqueados e suas ótimas ofertas de produtos se ajustam perfeitamente à 3G Capital, que tem um forte histórico de investimentos de longo prazo em marcas globais e companhias de varejo", escreveu o brasileiro.
O "New York Times" noticiou o acordo como "marca da contínua ascendência do Brasil como um grande jogador".
Segundo o jornal, a 3G vê o Burger King como uma ""oportunidade de virada" que aproveitará a experiência operacional adquirida em seus investimentos prévios.
Dentre os planos para a rede, está o crescimento internacional da marca, que possui 93 restaurantes no Brasil e pretende abrir 500 franquias na América Latina nos próximos cinco anos.
Hoje, o Burger King possui mais de 12 mil restaurantes no mundo e está presente em mais de 75 países.”
FONTE: jornal “Folha de São Paulo” (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me0309201003.htm).
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