Paulo Henrique Amorim
Amigo navegante telefona preocupado: o PiG (*) vai ao Tribunal. Quer impedir a vitória da Dilma, no tapetão.
Há certo perigo aí.
A Procuradora Eleitoral é a Dra. Cureau, sempre imparcial, que quer calar o Mino Carta.
Marco Aurélio de Mello, que, em 2006, como presidente do TSE, ameaçou não dar posse ao Lula, é titular do TSE.
Gilmar Dantas é suplente no TSE; ele que tentou, com as tropas do Estadão, dar o Golpe de Estado da Direita.
O 'jenio' tem mais chance no TSE do que no voto.
E a UDN só ganha eleição no tapetão – no Golpe.
Acontece que a Dilma perdeu a paciência.
Dilma não é Lula.
Na resposta à Folha ela se pôs ao lado de Leonel Brizola.
Os filhos do Roberto Marinho sabem disso – o temperamento da Dilma está mais para Brizola do que para Lula.
A Dilma não vai esperar o Golpe sentada em cima das mãos.
Dilma tem um aliado importante.
Já imaginou o Lula na rua, a pregar uma greve geral para garantir a posse da Dilma ?
Lula não é Jango.
Isso parece uma insensatez ?
Insensatez é o que o PiG (*) faz hoje no Brasil.
A eleição não é mais entre a Dilma e o Serra, que foi atropelado pela própria insignificância.
A eleição é entre a Dilma e o PiG (*).
A Judith Brito disse que a Associação Nacional dos Jornais, que preside em nome do Otavinho, é a oposição.
Ela provavelmente não sabia que tinha entrado para a História do Golpe, que tinha escrito uma página do Livro de Ouro da extrema direita brasileira.
O PiG (*) não tem mais volta.
Ele destruiu todas as pontes que o ligavam à Democracia e ao Estado de Direito.
O PiG (*) é o PiG (*) da Argentina e da Venezuela.
Vai fazer o quê ?
Demitir a Eliane Catanhêde para se aproximar da Dilma ?
A urubóloga, o Merval, o Waack, o Ali Kamel, o do Golpe de 2006 ?
Não tem como.
O último recurso será entrar com um pedido de anulação da eleição no TSE, redigido por um jurista de prateleira, como, por exemplo, Yves Gandra Martins.
O que o PiG (*) quer ?
Uma Guerra da Secessão ?
Uma “Revolução” de 32, para se separar de Vargas ?
O PiG (*) está miseravelmente isolado.
Deve representar uns 5% da população brasileira – seus leitores.
Na tem uma passeata do Cansei na rua.
Não tem uma Marcha com Deus pela Família e a Propriedade.
Não tem um Carlos Lacerda.
A FIESP não está no Golpe.
A FEBRABAN não está no Golpe.
A Associação Comercial … associação comercial, qual ?
Acabou a União Soviética e não assusta mais as mal-amadas.
A Igreja Católica afundou-se com seus próprios pedófilos e não tem autoridade moral para derrubar nem prefeito.
Os americanos estão atolados no Afeganistão e nas dívidas.
Não vão mandar a Frota que derrubou o Jango.
E o Obama acha o Lula “o cara”.
Não tem Manifesto dos Coronéis.
Não tem mais seu redator, o grande democrata Golbery e seu fantoche, o George Washington do Elio Gaspari, o general Geisel.
Não tem o IPÊS (o Millenium do Jabor, convenhamos…)
Tem alguém na tribuna da Câmara a pedir o Golpe, como o Padre Godinho, da UDN de São Paulo ?
Cadê o jovem deputado da UDN da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, a dizer que o Lula é ladrão ?
Eles morrem de medo do Lula
Quem o PiG (*) representa ?
Quer dar o Golpe em nome de quê ?
Em defesa de quem ?
De seus próprios interesses ?
A quem interessa defender o interesse do Otavinho, a não ser o próprio Otavinho ?
Quantas lágrimas serão derramadas no dia em que a Folha fechar ?
Provavelmente só as do Clóvis Rossi.
O PiG (*) não tem mais como conversar com a presidenta Dilma, depois desse desabafo, hoje, no Rio.
Não adiante produzir manchete na Folha para o jenio e o Gonzalez reproduzirem no programa eleitoral.
Não dá em nada.
A pesquisa tracking da Vox Populi desmoralizou o Datafalha e o Globope.
A Sensus idem.
Os institutos mineiros acabaram com o blefe, a chantagem.
O Tribunal Superior Eleitoral vai dar o Golpe em nome de quê ?
Da quebra dos 30 milhões de sigilos da filha do Serra ?
Do filho da Erenice ?
Do tucano que sumiu com a Caixa (2?) do Serra ?
Como diz o Vasco: acharam um monte de Vavás e o Daniel Dantas está solto.
Esse é o problema grave: o PiG perdeu a importância.
Ele só serve para dar Golpe.
Para desestabilizar o país.
Com o Lula, o PiG (*) podia achar que levava o Brasil à beira do precipício e, na hora “h”, o Lula conciliava.
A bonomia do Lula não deixava o caldo virar.
A Dilma não é o Lula.
O Otavinho que se cuide.
Os filhos do Roberto Marinho que se cuidem.
Eles vão fechar o negócio do pai."
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.”
FONTE: escrito pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e seu portal “Conversa Afiada”. Ver texto mais completo em: (http://www.conversaafiada.com.br/politica/2010/09/20/dilma-rompeu-o-limite-da-complacencia-pig-e-elite-nao-tem-volta-e-o-confronto/).
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