domingo, 12 de setembro de 2010

NOVA FROTA HIDROVIÁRIA PARA A TRANSPETRO


“A Transpetro concluiu a negociação das propostas comerciais para a construção de 20 comboios de empurradores e barcaças, recebidas para o ‘Promef Hidrovia’. A obra caberá ao novo Estaleiro Rio Tietê, projeto do consórcio formado pelas empresas Rio Maguari S.A. / SS Administração e Estre Petróleo, que venceu a licitação e irá construir a nova frota hidroviária por US$ 239,1 milhões (R$ 432,3 milhões).

O próximo passo da licitação é a assinatura do contrato, prevista para outubro. O novo estaleiro, às margens da Hidrovia Tietê-Paraná, será construído na cidade de Araçatuba (SP). As obras do estaleiro começarão no início de 2011 e a nova frota de 20 comboios já começará a ser entregue a partir do último trimestre do próximo ano.

O projeto da hidrovia, integrante do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), prevê que, a partir de 2013, a Transpetro faça o transporte fluvial de etanol. A operação demandará a construção de 20 empurradores e de 80 barcaças. Cada comboio será formado de quatro barcaças e de um empurrador, com capacidade para transportar 7,6 milhões de litros. Quando totalmente operacional, o volume anual transportado deverá chegar a 4 bilhões de litros.

A operação dos novos comboios hidroviários integra o Programa de Logística Integrada de Escoamento de Etanol da Petrobras, que inclui, ainda, a construção de novos dutos, centros coletores e terminais.

A geração de empregos é uma das características mais marcantes do ‘Promef Hidrovia’. A projeção é que surjam 500 empregos diretos e 2.000 indiretos, em média, na construção do estaleiro. No pico das obras, os empregos diretos com a construção chegarão a 700. A operação do estaleiro demandará 300 trabalhadores em média, com a geração de mais 1.200 empregos indiretos. Já os comboios gerarão 400 empregos diretos e 1.600 indiretos na operação.

A construção da nova frota hidroviária da Transpetro seguirá as premissas fundamentais do ‘Promef’ (Programa de Modernização e Expansão da Frota): fabricação no Brasil, conteúdo nacional de 70% e competitividade internacional dos estaleiros após a curva de aprendizado. A licitação foi aberta a estaleiros já instalados e também a unidades a serem instaladas para a disputa, os chamados ‘estaleiros virtuais’.

A Hidrovia Tietê-Paraná levará o etanol produzido nas regiões Centro-Oeste e Sudeste para a Refinaria de Paulínia (Replan) e, de lá, por dutos, atingirá diversos terminais, incluindo os de São Sebastião (SP) e de Ilha D’Água (RJ), de onde será possível exportar o produto. A redução de custo de logística permitida pelo modal hidroviário possibilitará ao etanol brasileiro disputar mercados internacionais de forma mais competitiva.

O transporte do etanol pela hidrovia substituirá o equivalente a 40 mil viagens de caminhão por ano, com ganhos ambientais, econômicos e de segurança. O transporte hidroviário emite um quarto do CO2 e consome vinte vezes menos do combustível utilizado pelo rodoviário para uma mesma carga e distância.

Mais de trinta estaleiros nacionais e internacionais foram convidados a participar da licitação. A Comissão de Licitação analisou as propostas técnicas, que contemplam itens de performance como velocidade, capacidade de carga e de manobra, além da apreciação dos métodos construtivos e cronogramas propostos. A análise técnica levou 40 dias e foi seguida pela abertura das propostas comerciais.

Na licitação, o Consórcio Rio Maguari, SS Administração e Estre Petróleo apresentou o menor preço, seguido pelos Estaleiros Unidos do Rio Tietê (consórcio formado pela SPI Astilleros e Superpesa Industrial Ltda) e pelo consórcio formado pela Intecnial S.A. e NM Engenharia e Construções Ltda.”

FONTE: publicado no blog “Fatos e Dados, da Petrobras (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/fatosedados/?cc=1&p=28983).

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