sábado, 12 de março de 2011

CRESCE A CAMPANHA DOS “NEOLIBERAIS” CONTRA OS TRABALHADORES


É permanente a luta mundial da direita para eliminar direitos e benefícios dos trabalhadores e aumentar os ganhos financeiros das “elites”.

O discurso e os chavões são os mesmos hipocritamente aqui já adotados no governo demotucano FHC: “modernizar”, “reestruturar”, “reformar”, “flexibilizar”, “reduzir custos trabalhistas”, “desonerar os empresários” etc.

Revista da direita britânica volta ao ataque esta semana. No Brasil, a “grande” mídia e o PSDB/DEM/PPS endossam a “The Economist”, que propala que as proteções criadas no Brasil para os trabalhadores “impedem de realizar contratações”.


A realidade, contudo, demonstra o contrário. O Brasil, nos últimos anos, diferentemente da “neoliberal” década de 90, vem batendo recordes mundiais de criação e contratação de empregos formais.

A tucana Folha de São Paulo (via portal UOL) ontem publicou:

“LEIS TRABALHISTAS DO BRASIL SÃO ARCAICAS E CONTRAPRODUCENTES, DIZ 'ECONOMIST'

Código trabalhista prejudicaria igualmente empresas e trabalhadores

As leis trabalhistas do Brasil são arcaicas, contraproducentes e oneram tanto empresas quanto trabalhadores, diz reportagem da revista britânica “The Economist” que chegou às bancas sexta-feira.

A reportagem, intitulada “Employer, Beware” (Empregador, Cuidado), afirma que as leis trabalhistas brasileiras são ''extraordinariamente rígidas: elas impedem tanto empregadores como trabalhadores de negociar mudanças em termos e condições, mesmo quando há um acordo mútuo".

Para a revista, a legislação incentiva trabalhadores insatisfeitos a tentar que sejam demitidos em vez de pedir demissão.

Esse ciclo, acrescenta a “Economist”, induz também empresários a preferir não investir em treinamento de seus funcionários, já que esse é um investimento que pode não dar retorno.

De acordo com a publicação, as leis trabalhistas do Brasil são ''uma coleção de direitos de trabalhadores listados em 900 artigos, alguns escritos na Constituição do país, originalmente inspirados no código trabalhista de Mussolini''.

A reportagem diz que o conjunto de leis é custoso e que ''demissões 'sem justa causa'' geram multas de 4% sobre o que um trabalhador recebe", acrescentando que nem ''um empregado preguiçoso ou um empregador falido constituem 'justa causa'".

CUSTOS

O artigo comenta que, em 2009, um total de 2,1 milhões de brasileiros processaram seus empregadores em cortes trabalhistas. ''Estes tribunais raramente se posicionam favoravelmente aos empregadores. O custo anual desse ramo do Judiciário é de mais de R$ 10 bilhões (cerca de US$ 6 bilhões).

De acordo com a “Economist”, ''empresários há muito reclamam que essas onerosas leis trabalhistas, juntamente com elevados impostos sobre os salários, impedem-nos de realizar contratações e os empurram para fazer pagamentos por debaixo dos anos, isso quando esses pagamentos são feitos''.

O passado sindical do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representava, no entender do empresariado brasileiro, uma esperança de que ele estaria mais bem situado que seus predecessores para persuadir trabalhadores a aderir a regras mais flexíveis que seriam melhores para eles.

Mas a publicação britânica acrescenta que os escândalos que abalaram o primeiro mandato de Lula impediram a implementação desta e de outras reformas.”

FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e transcrito no portal UOL do Grupo “Folha” (http://noticias.uol.com.br/bbc/2011/03/11/leis-trabalhistas-do-brasil-sao-arcaicas-e-contraproducentes-diz-economist.jhtm) [título, imagem do Google e introdução adicionados por este blog].

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