[OBS deste blog ‘democracia&política’:
Depreendo que Nelson Jobin se sentia cada vez mais desprestigiado. A compra dos caças foi postergada sine die. Suas funcionais aparições midiáticas, apesar de todo apoio da grande imprensa (demotucana), já não tinham tanta repercussão. Isso era terrível para um arrogante egocêntrico supervaidoso.
Assim, começou a testar a ampliação dos seus limites. Desmanchou-se em elogios a FHC numa das comemorações do (muito festejado pela mídia) mês do aniversário desse ídolo da direita. Além das apologias ao líder tucano, Jobin fez ferinas ironias contra a Presidente Dilma, ao seu governo e aos militares que comandava (a indireta aos “idiotas”). Chocou a ética ao tonitroar o que o Brasil inteiro já percebera. Violando a conduta devida a um ministro, abriu o sigilo do seu voto. Desnecessariamente, revelou que, por razões íntimas (moraram juntos, padrinho etc), votou no amigo tucano Serra e não na candidata do governo que ele integrava. Não satisfeito, dias após, elevou a crise com críticas desairosas a duas ministras de Dilma.
Paralelamente, o 'Wikileaks' já trouxera revelação vexatória surpreendente. Segundo esse site, Jobin fôra secretamente ao Embaixador dos Estados Unidos criticar dois ministros de Lula (Celso Amorim e Samuel Pinheiro Guimarães), dizendo que eles eram "antiamericanos" ! Atitude antinacional típica de um demotucano, de submissa reverência aos chefes norte-americanos, mas inaceitável para um Ministro da Defesa.
Tudo isso, numa clara evidência de grave, indiciplinado e indevido comprometimento partidário-ideológico tucano de Jobin, o que é inaceitável para as Forças Armadas, que devem servir ao Estado.
Deu no que deu. Ontem, foi secamente convidado por Dilma a demitir-se ou pedir demissão. Agora, Jobin poderá curtir no ostracismo e no ócio, com todo o tempo livre, a companhia dos seus adorados Fernando e José Serra. Vejamos, a seguir, o texto de Brizola Neto postado ontem à noite].
Por Brizola Neto
“A melhor notícia do dia é a que saiu agora há pouco. Celso Amorim é o novo ministro da Defesa.
Não podia ter sido mais feliz a escolha da Presidenta Dilma.
Não apenas porque não falte nem preparo, nem capacidade e muito menos conhecimento ao embaixador, ex-ministro das Relações Exteriores no Governo Lula. Aliás, é quem, fora da área militar, tem maior conhecimento dos programas de modernização de nossas Forças Armadas.
Mas é feliz, sobretudo, porque dá um tranco nas intrigas que tentam fazer entre Lula e Dilma.
Poucos ministros se tornaram tão próximos a Lula. Poucas pessoas poderiam, neste momento, prestar tão grande serviço ao Governo Dilma, ainda mais neste momento de crise internacional.
Diz o Paulo Henrique Amorim que o diplomata era a escolha de Dilma, mas que “o que fazer com o Jobim” impediu sua nomeação.
Bem, se antes era uma escolha, agora foi uma benção.”
FONTE: escrito por Brizola Neto e publicado no seu blog “Tijolaço” (http://www.tijolaco.com/amorim-na-defesadilma-e-lula-lula-e-dilma/) [observação inicial entre colchetes adicionada por este blog ‘democracia&política’].
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