domingo, 7 de agosto de 2011
“O PIOR HOLOCAUSTO DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE”
“Em nota divulgada sexta-feira (5), a presidente do ‘Conselho Mundial da Paz’, Socorro Gomes, presta solidariedade ao povo japonês em memória aos 66 anos do ataque nuclear de Hiroshima e Nagasaki. Socorro define o episódio como “o mais fulminante, o pior holocausto de toda a história da humanidade”.
O texto revela, ainda, que, segundo relatos de historiadores de diversas nacionalidades, a enorme carnificina contra os japoneses incluía novos ataques. “Outras bombas seriam lançadas ainda em agosto e nos dois meses seguintes, conforme revela a tenebrosa agenda do governo dos Estados Unidos”.
Ainda segundo a presidente do ‘Conselho Mundial da Paz’, calcula-se que existam, ainda hoje, cerca de 23 mil ogivas nucleares apontadas para todas as partes do planeta. Ela reforça a exigência da entidade internacional para “o imediato desmantelamento das armas nucleares, estejam elas onde estiverem”.
Leia abaixo a íntegra da nota:
“Querido povo japonês,
O ‘Conselho Mundial da Paz’ vem reforçar sua solidariedade a este povo que sofreu o mais fulminante, o pior Holocausto de toda a história da Humanidade. O mundo nunca tinha visto antes um genocídio como aquele cometido há 66 anos em Hiroshima e Nagasaki. E, uma vez mais, juntamos nossas vozes para exigir o imediato fim das armas nucleares.
A ‘Conferência Mundial Contra as Bombas Atômica e de Hidrogênio’, que ora se realiza, tem grande importância para a conscientização de todos os povos da Terra sobre o risco das armas nucleares. Sabemos muito bem que uma terceira guerra global significará o fim da Humanidade. Todas as guerras são perversas e indesejáveis, mas o uso de armas desse tipo é ainda mais perverso e envergonha o ser humano.
Às 8h15 da manhã do dia 6 de agosto de 1945, quando foi lançada a bomba tristemente batizada de “Little Boy” sobre a cidade de Hiroshima, o mundo fixou estarrecido. Ninguém imaginava que o ser humano seria capaz de tamanha maldade. E às 11h01 do dia 9 daquele mesmo mês, o mais incrível ainda ocorreria, pois uma nova bomba era lançada sobre a cidade de Nagasaki, matando de novo milhares e milhares de homens, mulheres, crianças, idosos e destruindo o que houvesse ao redor.
A primeira bomba era de urânio-235, a outra de plutônio-239. Ficou evidente que os Estados Unidos, sob o mando do então presidente Harry Truman e orientação científica de Robert Opppenheimer, queriam testar os dois petardos altamente letais e escolherem populações civis japonesas como cobaias de seus experimentos sanguinários. Mais de 200 mil pessoas morreram. A metade deles nos mesmos instantes em que as bombas explodiram, em dois massacres nunca antes sequer imaginados.
Segundo relatos de historiadores de diversas nacionalidades, a enorme carnificina não pararia ali. Outras bombas seriam lançadas ainda em agosto e nos dois meses seguintes, conforme revela a tenebrosa agenda do governo dos Estados Unidos. A interferência da antiga União Soviética, pela via diplomática, levou o Japão a se render com dignidade e evitou catástrofe que talvez ninguém de nós estivesse vivo para protestar neste momento de dor.
As potências imperialistas, especialmente os Estados Unidos e outros membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), têm aumentado seus investimentos na corrida armamentista. São 850 bases militares espalhadas pelo mundo, muitas das quais escondem armas nucleares e químicas, numa constante ameaça a toda a Humanidade. A permanência de tropas estrangeiras em países como Iraque e Afeganistão e as agressões contra a Líbia, Síria e outros países do Oriente Médio e da África são ações que não podemos mais tolerar.
Com grande pesar, neste momento de solidariedade global, o ‘Conselho Mundial da Paz’ exige o imediato desmantelamento das armas nucleares, estejam elas onde estiverem. Calcula-se que, hoje, existam cerca de 23 mil ogivas nucleares apontadas para todas as partes do mundo, uma ameaça inaceitável. Estaremos, assim, cumprindo o que expressa a resolução da Organização das Nações Unidas, de janeiro de 1946, que determina o fim das armas nucleares, mas que não é cumprida."
"São Paulo, Brasil, agosto de 2011, Socorro Gomes, Presidente do Conselho Mundial da Paz”.
FONTE: portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=160634&id_secao=9) [imagem do Google adicionada por este blog].
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8 comentários:
"Nunca poderemos esquecer o Holocausto que matou milhões de judeus! Mas também não podemos esquecer Hiroshima e Nagasaki que foram varridas do mapa vítimas de duas bombas atômicas concebidas pelo engenho destruidor do Homem.
O Holocausto judeu horroriza pelo dia-a-dia, a lembrança do crime, pelo seu quotidiano "normal", com burocratas contabilizando pacientemente quantos óculos sobraram nas câmaras de gás, quantos dentes de ouro e ninguém lembra de ao menos um Hibakusha.
Ainda hoje é fascinante ler a racionalização dos americanos para justificar a morte dos japoneses, como se apenas se tivesse tratado duma desinfecção de qualquer centro comercial dos nossos dias.
A bomba de Hiroshima explodiu diante da humanidade já anestesiada pela banalização de 20 milhões de mortes na II Guerra e pelo massacre dos judeus.
A destruição de Hiroshima e Nagasaki não era necessária. O mundo já não estava em perigo pois o Japão estava de joelhos, rendendo-se, querendo só preservar o imperador Hiroito e a monarquia instituída.
A "razão" de tal loucura foi o "presidente" e os "generais" quererem testar um "brinquedo" novo. Truman escreveu no seu diário, depois do primeiro teste da bomba atômica em Los Allamos:
- É incrível! É o mais destruidor aparelho já construído pelo homem! No teste, fez uma torre de aço de 60 metros transformar-se num sorvete quente!
Assim como os nazis elaboraram uma "normalidade" burocrática para a "solução final", os americanos criaram uma lógica "científica" para o seu crime. Por isso, Hiroshima não sujou o nome da América tanto como o Holocausto manchou para sempre o nome da Alemanha. Até hoje, quando se fala em alemão, pensa-se em Hitler, enquanto Hiroshima quase nos soa como uma catástrofe "natural", inevitável, um brutal remédio no calor da guerra... O crime dos alemães "justificou" e, "absolveu" o "crime" americano. Como é que os americanos saíram limpos deste crime?
Em agosto o mundo relembra com muito pesar o maior "Crime de Guerra" já desferido contra a humanidade. O holocausto nuclear contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki. Crime ao qual jamais seus "culpados" foram sequer "acusados", muito pelo contrário, foram recebidos e tratados como heróis em todo o mundo."
J Gomes
“A voz rouca e arrastada parecia vir de outro mundo. Eram pontualmente nove horas da manhã dodia 1º de janeiro de 1946 quando ela soou nos alto-falantes dos rádios de todo o Japão.
A pronúncia das primeiras sílabas foi suficiente para que 100 milhões de pessoas identificassem quem falava. Era a mesma voz que quatro meses antes se dirigira aos japoneses, pela primeira vez em cinco mil anos de história do país, para anunciar que havia chegado o momento de “suportar o insuportável”: a rendição do Japão às forças aliadas na Segunda Guerra Mundial.
Mas agora o dono da voz, Sua Majestade o imperador Hiroíto, tinha revelações ainda mais espantosas a fazer a seus súditos. Embora ele falasse em keigo - uma forma arcaica do idioma, reservada aos Filhos dos Céus e repleta de expressões chinesas que nem todos compreendiam bem -, todos entenderam o que Hiroíto dizia: ao contrário do que os japoneses acreditavam desde tempos imemoriais, ele não era uma divindade.
(...) Petrificados, milhões de japoneses tomaram consciência da verdade que ninguém jamais imaginara ouvir: diferentemente do que lhes fora ensinado nas escolas e nos templos xintoístas, Hiroíto reconhecia que era filho de dois seres humanos.
(...) Foi como se tivessem jogado sal na ferida que a rendição, ocorrida em agosto do ano anterior, havia aberto na alma dos japoneses. O temido Exército Imperial do Japão, que em inacreditáveis 2.600 anos de guerras jamais sofrera uma única derrota, tinha sido aniquilado pelos aliados.
O novo xogum, o chefe supremo de todos os japoneses, agora era um gaijin, um estrangeiro, o general americano Douglas MacArthur, a quem eram obrigados a se referir, respeitosamente, como Maca-san, o ‘senhor Mac’.
Como se não bastasse tamanho padecimento, o Japão descobria que o imperador Hiroíto era apenas um mortal, como qualquer um dos demais 100 milhões de habitantes.
Mesmo carregada de microfonia e ainda menos compreensível pelas ondas do rádio, a voz arrastada deu a volta no planeta.
(...) No Brasil eram nove horas da noite quando a voz foi captada em um pequeno rádio Vestingal - como eram chamados os aparelhos da marca Westinghouse – na casa de um anônimo chacareiro brasileiro do bairro Coim, nos arredores da cidade de Tupã, a 550 quilômetros de São Paulo.”
*Trecho do livro de Fernando Morais, "Corações Sujos", que relata como foi o dia em que o imperador Michinomiya Hirohito, póstumo nome de Showa, anunciou aos súditos que não era uma divindade.
P.S. É lamentável que poucos possam, ou podem, ou conseguem, ou querem, decifrar o que se esconde por trás desse pronunciamento de Hirohito. Mas a história é sempre contada pelos vencedores e, como bem diz Fidel Castro: "A história me absolverá". E a história já absolveu Fidel Castro, se a história não absolveu Hirohito, deveria, ao menos, punir os responsáveis pelo Holocausto Nuclear de Hiroshima e Nagazaki onde vitimou civis inocentes. Quem sabe isso não venha a acontecer em um belo dia de sol, ou em uma noite escura e sem estrelas, ou em uma tarde nebulosa, ou em um frio e chuvoso domingo.
O ódio gera o ódio, daí a Humanidade agir como age. Foram atos condenáveis e crimes contra a Humanidade os ataques nucleares contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Contudo, não deveríamos esquecer os atos cruéis cometidos pelos japoneses contra chineses e coreanos no período pré e durante a guerra, semelhantes, em tudo, aos cometidos pelos nazistas contra os judeus. Quando se falar de um devemos, automaticamente, lembrarmos do outro para que uns não sejam vistos só como vítimas e os outros, olvidados.
Não Fluxo, não, esse seu discurso eu conheço muito bem. Um certo alemão de Teorias Arianas também o usava, chama-se Discurso Reverso, outro mestre nisso é o Bibi e a Hillary.
O que gera o ódio é a falta de PUNIDADE. Portanto, sua concepção é vã e nula. Sua concepção é que gera o ódio, pois é ignorante, é grosseira, é estúpida.
O que houve no Japão foi um Holocausto Nuclear, é bem diferente e, contra civis inocentes numa guerra que não mas existia. Os americanos são racistas, vingativos, xenófobos, arrogantes e irresponsáveis, eles são imunes às punições, você não nota?? Tá aí a Crise Financeira Global, só para citar um exemplo.
Quando o ódio gera o ódio. Os americanos deveriam ter esperado por Nuremberg para que os japoneses fossem punidos. Não, fizeram a seu modo, se usaram da covardia e da justiça com as próprias mãos num gesto INCONCEBÍVEL e INEXPLICÁVEL.
Procure se inteirar mais da vida antes de descrever suas concepções e falácias. Não podemos admitir jamais as guerras quanto mais o uso de Agente Laranja, Napalm, U-235 ou U-238, como é o caso da OTAN na Iuguslávia, Afeganistão, Iraque e, agora, na LÍBIA.
Você já ouviu falar de FALUJA??
"...Algumas das deformidades que apresentam os bebês são tão grotescas que tanto Al-Jazeera como a BBC, que produziram um documentário sobre o mesmo tema, se negaram a mostrar as fotos a seus telespectadores. Os exemplos de deformidades dos que Ahmad Mansour tem fotografias são:
Bebês nascidos sem olhos.
Bebês nascidos com dois e três cabeças.
Bebês nascidos sem orifícios.
Bebês nascidos com tumores malignos no cérebro e nos olhos.
Bebês nascidos sem determinados órgãos vitais.
Bebês aos que lhes faltam extremidades ou têm mais das normais.
Bebês nascidos sem genitais.
Bebês nascidos com malformações cardíacas.
E mais casos ainda…
http://www.kaosenlared.net/noticia/faluja-pior-que-hiroshima
Você já ouviu falar da OTAN??? caso não, é um grupo de Piratas, é o braço armado do Group Bilderberg.
Não, ninguém esquece os males e as atrocidades cometidas pelo Japão, mas uma vez você entra em contradição, pois é a falta de punidade que gera o ódio. Se o Japão fosse JULGADO e PUNIDO, se pagasse seus crimes contra os chineses, aprenderia a lição. Você não nota o ódio chinês até hoje. Já pensou se Kafadi for se vingar do que contra ele estão fazendo???
Kadafi tem que invocar a JUSTIÇA e a PUNIÇÃO, e não, se vingar ou se remoer em um ódio eterno contra os piratas da OTAN.
Observe o Caso de Fukushima, o Incidente Nuclear de Fukushima era EVITÁVEL, onde estão os réus???
O que precisamos é de mais tribunais, de mais culpados, de mais punidos e de menos ignorância.
Você é jovem ainda, tem muito a aprender, faça-o.
"Somente aqueles que nunca deram um tiro, nem ouviram os gritos e os gemidos dos feridos, é que clamam por sangue, vingança e mais desolação. A guerra é o inferno."
(Gen. William T. Sherman)
Viva a PAZ e a JUSTIÇA.
Caro Probus, independemente, de ser ou não ignorante, de ser ou não falacioso ou mesmo estúpido o meu discurso,e apesar de não estar sendo afetado diretamente pelo que tenha ocorrido e de não defender este tipo de acontecimento, é assim que caminha a Humanidade. Aquilo que realmente desejamos está longe de ser aceito ou acatado por quem detém o poder real neste mundo. São decisões e ações que estão longe de serem submetidas à decisão dos pobres mortais como eu ou como você. Quem estava lá para punir quem? O Imperador japonês foi punido? Os homens que decidiram lançar o ataque atômico foram punidos? Todos os nazistas foram julgados? Não! Prestaram até serviços às potências vitoriosas. Você estava lá para ser a reserva moral de quem cometeu tais atrocidades, tanto de um lado como de outro? Não tenho nada a ver nem com Bibis, nem com Hilarys, contudo, o que os impedirá de fazer o que querem? Não tenho nada a ver com Teorias Arianas de um certo alemão, pois sou bem miscigenado. E quem irá puni-los se fizerem pior do que já fizeram? Você?! Concordo com todos os "SE" que você coloca na sua argumentação, mas e daí? Quem está em contradição é você, pois houve punição generalizada? Não! O pior, como você mesmo registra, é que a China odeia o Japão e aquela tem contas a ajustar com a este sob a perspectiva do ódio. Dará a China a outra face? Deixará o Japão de possuir os seus próprios artefatos nucleares ou armas tão destrutivas quanto? Creio que não.
Kadafi, se puder, se vinga? Sim!
Infelizmente, a Humanidade só aprenderá com o sofrimento e, aí, olhando o Ideal, TALVEZ tomemos um outro caminho. Enfim, para você ver a ironia, Fukushima ocorreu onde jamais poderia ter ocorrido. Decisões foram tomadas à revelia do conhecimento público para o benefício de uns poucos,então, é assim, poucos tomam decisões que poderão prejudicar a muitos: é assim na guerra, é assim na paz e outros que aguentem as consequências. Mas,penso,as coisas poderão mudar.
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