quinta-feira, 1 de setembro de 2011

LÍBIA: URGENTE RECADO PARA O BRASIL E A VENEZUELA


DE OLHO NA RIQUEZA ALHEIA

“Kadafi estava no poder há mais de 40 anos, no comando autoritário da Líbia que ele modernizou, distribuindo os lucros do petróleo com sua população.

De repente, por sentir que o controle do petróleo no Iraque está ameaçado, o governo dos Estados Unidos decretou o fim daquele governo líbio, com a finalidade de se apoderar dos 100 milhões de reservas em moedas fortes e de seu ouro negro.

COMO FOI INVENTADO?

Desta vez, não foi necessário o pretexto de que Kadafi "tinha armas de destruição em massa". O que se disse e nunca se provou era que havia "uma grande rebelião popular contra seu governo" que estava sendo controlada, razão pela qual Barack Obama decidiu convocar a OTAN para derrubar o ditador.

SEIS MESES

A revolta da sociedade líbia era “tão intensa” que se supunha que em três, quatro dias, o ditador estaria no sangue. Tudo era mentira. Nunca se viu mesmo nenhuma multidão contra ele, a não ser aquela organizada por militantes rebeldes, regiamente pagos [e armados] pelos Estados Unidos e países da Europa. Há mais de seis meses, esses rebeldes anunciam que controlam o país inteiro.

TUDO MENTIRA

É tão mentirosa a afirmação quanto a do trucidamento dos filhos de Kadafi que, anunciada, foi desmentida no dia seguinte. E na última segunda-feira (29), o fantoche que pretende ser o futuro presidente do país disse ao mundo que, se não houver ajuda militar efetiva da Europa (porque Barack Obama não quis que os Estados Unidos comandassem oficialmente o massacre devido aos fracassos no Iraque e no Afeganistão), não destronarão o ditador. Além do bombardeio aéreo maciço de todas as posições oficiais, eles pedem [para a mídia fingem que não] a presença de soldados [dos EUA e OTAN] no território, para que possam controlar seu dinheiro e seu ouro negro e dividi-lo com as empresas e bancos americanos e dos países europeus que estão aparecendo como candidatos a donos da nova colônia.

RECADO PARA NÓS

O precedente constitui um risco. Da mesma maneira que Barack Obama aproveitou estar no Brasil para chefiar o pelotão do fuzilamento de Kadafi, eufórico com a descoberta do pré-sal, pode fomentar aqui, ou na Venezuela, uma rebelião, magnificá-la através de suas agências de notícias e intervir. Para ficar com a parte do leão. Porque o neocolonialismo de Barack Obama é tão cruel quanto o de George W. Bush, principalmente agora, que a fome da grande potência, ameaçada em seu poderio econômico, se torna mais aguda por moedas fortes e por ouro negro. Aí, neste campo, os americanos não têm contemplação. Preferem matar. Sendo necessário, praticam o genocídio, mesmo contra os que não são japoneses, árabes, nem africanos. O que interessa são os resultados.”

FONTE: escrito por Lustosa da Costa em sua coluna no Diário do Nordeste (http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1034897&coluna=1) [título e trechos entre colchetes adicionados por este blog 'democracia&política'].

4 comentários:

palavrasdeumnovomundo disse...

Excelente post, parabéns! Vou reproduzi-lo assim que possível em meu blog com as devidas referências e fontes.
Abraços
Rosa Zamp

BURGOS disse...

Com certeza haverá um próximo, só não sabemos quem será.
temos que divulgar o máximo possível.
Dia 30/08 coloquei um post sobre este assunto.

http://burgos4patas.blogspot.com/2011/08/guerra-na-libia-qual-sera-o-proximo.html

Abraços

Unknown disse...

Rosa Zamp,
Obrigada, mas o mérito é do Lustosa da Costa, veterano (septuagenário) e lúcido jornalista que muito admiro.
Maria Tereza

Unknown disse...

Burgos,
Pelas evidências, creio que os "prioritários" para os EUA e seus aliados são a Síria, o Irã, a Venezuela e, no médio prazo (quando o pré-sal estiver no auge da produção), o Brasil. Mesmo sendo "no médio prazo", já estamos muito atrasados em preparar nossas Forças Armadas para terem algum poder dissuasório. Poucos brasileiros percebem isso, e repetem ingenuamente: "não temos inimigos, gastar com Forças Armadas para quê?"
Maria Tereza