sábado, 3 de setembro de 2011

PETROBRAS: INÍCIO DA PRODUÇÃO DE GÁS NO PRÉ-SAL PREVISTO PARA A PRÓXIMA SEMANA


“O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, revelou, na manhã de quinta-feira (01/09), que a produção de gás no pré-sal deve começar já na próxima semana. “É fato histórico”, avaliou, durante palestra que abriu seminário sobre o desenvolvimento da cadeia de fornecedores de petróleo e gás, realizado na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Acabo de receber a notícia de que o gasoduto que liga o campo de Lula à plataforma de Mexilhão já está sendo pressurizado e, na próxima semana, devemos ter o primeiro gás do pré-sal no mercado brasileiro”, adiantou o diretor. “Conseguimos, apenas cinco anos após a descoberta do pré-sal, colocar esse campo em produção de óleo e gás. E ele está a 300 km da costa”, comemorou.

[OBS: O campo de Lula está em fase de teste de longa duração, já produzindo 36 mil barris/dia de petróleo].

Estrella ressaltou o crescimento da produção previsto para os próximos anos. Hoje, a Petrobras produz 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia (óleo e gás) no Brasil e no exterior. “Nossa previsão é chegar a 3,7 milhões em 2015 e 6 milhões de bpd em 2020. Esse crescimento é produto da descoberta do pré-sal”.

O diretor observou, ainda, a importância de toda a Bacia de Santos. “Mais importante que o pré-sal foi a Bacia de Santos. Começamos por Mexilhão, em 2003, depois a descoberta de Uruguá-Tambaú e, então, passamos a perfurar o pré-sal”, relembrou. Na sua avaliação, “a Bacia de Santos, pelo seu tamanho, suplantará a Bacia de Campos com muita rapidez na exploração e produção de petróleo e gás”.

DIRETOR DESTACA IMPORTÂNCIA DO CONTEÚDO NACIONAL

O diretor destacou a importância estratégica de desenvolver a cadeia de fornecedores no Brasil, ressaltando que as empresas brasileiras sempre estiveram junto à Petrobras ao longo da história da companhia.

“Contabilizamos que precisaríamos de 40 navios-sonda (para perfuração). Esses equipamentos têm forte demanda por motivos geológicos, pois grande parte das descobertas, hoje, se dá em águas profundas e ultraprofundas.

Contratamos, então, as 12 primeiras sondas no exterior, que estão chegando. As outras 28 sondas serão construídas, pela primeira vez, no Brasil. Sete já foram licitadas e 21 estão em licitação” contabilizou o geólogo, acrescentando que elas terão entre 55% e 65% de conteúdo nacional. “É índice alto, pois essas sondas, que são altamente complexas, nunca foram feitas no País”.

O diretor enumerou os setores mais críticos, que ainda contam com poucos fornecedores nacionais. Entre eles, estão os segmentos de turbomáquinas, instrumentação e automação, estrutura de sistemas navais, tubulação e válvulas, além de telecomunicações. Ele destacou que a Petrobras tem desenvolvido estratégias específicas para esses setores. ”Já foi firmado acordo com a Rolls Royce para a produção de turbinas e, no contrato, há uma série de cláusulas que obrigam fornecedores a se instalarem no Brasil. Isso vai desde a manutenção das turbinas, que hoje também é feita fora, até a criação de departamentos de engenharia no Brasil”, exemplificou.

PROMINP COMEMORA EXPANSÃO DE CRÉDITO NA CADEIA DE FORNECEDORES

Durante o seminário, o coordenador executivo do “Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural” (PROMINP), José Renato Ferreira de Almeida, divulgou um balanço do “Progredir”. A iniciativa tem como objetivo viabilizar, de forma ágil e padronizada, a oferta de crédito a custo reduzido para todas as empresas que integram a cadeia de fornecedores da Companhia. De acordo com Almeida, as operações de financiamento estão em ritmo de crescimento e já totalizam recursos da ordem de R$ 340 milhões, pactuados em 62 contratos de crédito. A redução de custo dos financiamentos concedidos pelo programa tem superado os 20% esperados, chegando a 40% em alguns casos.

O acesso ao crédito foi um dos gargalos apontados pelos palestrantes como inibidor da capacidade de produção da indústria nacional de petróleo e gás. Ao comentar o assunto, o coordenador do PROMINP citou as linhas de crédito abertas pelo BNDES para o segmento e o “Programa Progredir”, como via complementar no financiamento de capital de giro. Essas novas ferramentas visam a ampliar o acesso ao crédito, inclusive com custos reduzidos para o tomador.

O “Progredir”, que faz parte das ações estratégicas previstas pelo “Plano de Negócios da Petrobras 2011-2015”, busca o fortalecimento e a ampliação da cadeia produtiva, explicou Almeida. O programa foi desenvolvido em parceria com os seis maiores bancos de varejo do país –Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, HSBC e Santander– e com o PROMINP. Como alcança até o 4º elo da cadeia de fornecedores da Petrobras, o universo estimado de tomadores potenciais de recursos é de aproximadamente 250 mil empresas.”

FONTE: blog “Fatos e Dados”, da Petrobras  (http://fatosedados.blogspetrobras.com.br/2011/09/01/inicio-da-producao-de-gas-no-pre-sal-previsto-para-a-proxima-semana/#more-43841) [imagem do Google e trecho entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].

Um comentário:

Fluxo disse...

Viva a engenhosidade brasileira! Viva todos aqueles, mesmo o de gerações passadas e não mais estão entre nós, que possibilitaram que chegássemos a esse patamar de desenvolvimento na exploração do petróleo! Viva a gente brasileira! Viva o Brasil!