sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MAS A PETROBRAS NÃO ERA UM “MAU NEGÓCIO”?

Por Fernando Brito

“Quem tivesse um dinheirinho para aplicar (e não são muitos), fosse leitor deste blog (muito menos ainda) e acreditasse no que aqui se diz (aí, então, nem se fala) talvez tivesse comprado ações da Petrobras. E ganharia muito.

E muitos dos leitores dos colunistas econômicos, se tivessem algum aplicado em ações de nossa petroleira, diante da queda de valor e das previsões sombrias veiculadas quase todo dia por eles, talvez as tenham vendido. E, neste caso, perderam um bom dinheiro.

Bem, de 25 de outubro para cá, as ações da Petrobras subiram cerca de 35%.

E, agora, o pessoal dos fundos de investimento já eleva seu preço-alvo (valor esperado) para uma nova alta nos próximos meses.

A alta da Petrobras não foi por alta nos preços do petróleo, que oscilaram menos de 10%.

Nem por novas grandes descobertas, que não aconteceram, de lá para cá.

Muito menos ainda para acompanhar o dólar, porque ele se desvalorizou, de lá para cá.

No momento de mudança de comando da petroleira, os sabidos do mercado, que desdenham para comprar e lucrar, vão encher os jornais de “conselhos” sobre aquilo que deve ser feito com a empresa.

Claro que não têm a menor fé em que possam “fazer a cabeça” de Graça Foster, a nova presidente, que tem 30 anos de Petrobras, tempo mais do que suficiente para saber que, pelos “conselhos” do mercado, a empresa nem existiria mais.

Mas vão aproveitar a oportunidade para “lamentar” as decisões de investimento em refino, a política de conteúdo nacional e as ações de estabilização de preço dos combustíveis, como se essas não fossem diretrizes necessárias a um empresa com tantas responsabilidades com seu grande acionista: o povo brasileiro.

O objetivo foi, é e será enfraquecer politicamente nossa maior e mais importante empresa.

Se a raposa elogia muito o canto do pássaro, é que quer que ele deixe cair o queijo do bico.”

FONTE: escrito por Fernando Brito no blog “Projeto Nacional”  (http://blogprojetonacional.com.br/mas-a-petrobras-nao-era-um-mau-negocio/).

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