sábado, 18 de fevereiro de 2012
Para 'The Economist', “DILMA, AOS POUCOS, TOMA CAMINHO PRÓPRIO E DEIXA MARCA”
“A presidente Dilma Rousseff se distancia de seu antecessor, imprime estilo próprio ao governo e pode estar preparando agenda ambiciosa", afirma a tradicional revista inglesa "The Economist", em edição que chegou às bancas na noite de quinta-feira (16).
Sob o título "Sendo ela mesma", o texto destaca que, sem gestos bruscos, a presidente vem emergindo da sombra do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "predecessor e patrono", "para remodelar o Estado brasileiro a seu próprio jeito".
Com ilustração que mostra a presidente Dilma Rousseff dirigindo um ônibus que entra em uma rua chamada Dilma’s Way (Caminho de Dilma), com membros de seu gabinete sendo arremessados para fora do veículo e o ex-presidente observando um Lula um tanto intrigado, a "The Economist" destaca os princípios firmes, o perfil mais técnico, a lealdade a aliados e o toque feminino como traços principais do atual governo brasileiro.
A revista destaca que, embora tenha mantido a composição --e muitos ministros-- de Lula, a presidente demitiu sete ministros por suspeita de corrupção, "depois de defendê-los inicialmente".
E, embora tenha escolhido seus sucessores, manteve certo pragmatismo --traço de Lula-- como no caso da substituição de Mario Negromonte no Ministério das Cidades. O novo titular da pasta, Aguinaldo Ribeiro, "já enfrentava acusações ao assumir", lembra a publicação.
AGENDA AMBICIOSA
Por outro lado, a “Economist” afirma que Dilma parece estar preparando terreno para uma agenda mais ambiciosa.
"Muitas de suas escolhas soariam descabidas sob Lula", pondera a publicação, antes de citar as nomeações de Eleonora Menicucci, para a “Secretaria Especial de Políticas para Mulheres”, Marco Antonio Raupp, para a “Ciência e Tecnologia”, e Maria das Graças Foster, para a presidência da Petrobras, como sinais de que está sendo posto em prática "um programa próprio".
"Muitas de suas escolhas soariam descabidas sob Lula"
A revista diz que, em seu primeiro ano de governo, Dilma levou ao Congresso apenas uma grande reforma, a “Desvinculação das Receitas da União”, que permite ao Executivo manejar livremente até 20% de suas receitas anuais.
Mas estariam a caminho, segundo a "Economist", a reforma no sistema previdenciário, a partilha dos recursos do Pré-Sal, o Código Florestal e a adoção de metas para o serviço público.
Diante desse cenário, a publicação cita a aprovação crescente, 59%, a ampla maioria na Câmara dos Deputados, onde a oposição "tem meros 91 representantes entre os 513 parlamentares", e o crescimento econômico como fatores que podem ajudar a presidente a se livrar de aliados problemáticos e ‘lembrar quem manda’.”
[OBS deste blog 'democracia&política': por que a revista "conservadora" (direita) "The Economist" iria fazer reportagem de certa maneira elogiando a Presidente Dilma? Por que o portal UOL/Folha, árduo lutador há nove anos pela volta da direita ao poder com Serra e os demotucanos, daria destaque à reportagem do "Economist'? Simples. É a estratégia de, primeiro, desconstruir Lula e, depois, desconstruir Dilma].
FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e transcrito no portal UOL/Folha (http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2012/02/17/para-economist-dilma-aos-poucos-toma-caminho-proprio-e-deixa-marca.jhtm). [Obs. entre colchetes adicionada por este blog 'democracia&política'].
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