O presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Aécio não distingue o público do privado
Governo de Minas Gerais construiu aeroporto em terra de tio de Aécio Neves
Governo de Minas Gerais construiu aeroporto em terra de tio de Aécio Neves
Por Rui Falcão
"A notícia de que o governo de Minas Gerais construiu um aeroporto numa fazenda de um tio do Aécio Neves - candidato do PSDB à Presidência -, ao custo de R$ 14 milhões, repercutiu no cenário político. O comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição estuda mover uma ação judicial por improbidade administrativa contra o presidenciável tucano.
"A notícia de que o governo de Minas Gerais construiu um aeroporto numa fazenda de um tio do Aécio Neves - candidato do PSDB à Presidência -, ao custo de R$ 14 milhões, repercutiu no cenário político. O comitê da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição estuda mover uma ação judicial por improbidade administrativa contra o presidenciável tucano.
A questão virou alvo do Ministério Público de Minas Gerais. O promotor Eduardo Nepomuceno anunciou que irá analisar os fundamentos da desapropriação e por que parentes de Aécio controlam, na prática, o aeroporto, que deveria ser público. Ele teria as chaves do espaço.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o senador tucano não distingue o ''público do privado". "Ele usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades", afirmou.
Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou a construção do aeroporto como um "escândalo" e um "absurdo". "Mostra a hipocrisia do PSDB e do Aécio que a qualquer evento gritam CPI e apontam dedo. Agora, fazem um negócio desses."
O deputado estadual Rogério Corrêa (PT) também disse que começará a colher assinaturas nesta semana para abertura de uma CPI no Estado sobre o governo Aécio.
O governo de Minas Gerais construiu, em 2010, um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador e candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), na cidade de Cláudio. A obra, que custou R$ 14 milhões, foi feita no fim do segundo mandato do tucano Aécio Neves como governador do Estado. As informações são do [próprio jornal tucano] "Folha de S.Paulo".
De acordo com a publicação, o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão do local.
Orçado em R$ 13,5 milhões, o aeroporto foi feito pela construtora "Vilasa", responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões, segundo a "Folha de S. Paulo".
O jornal afirma que, para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe, pelo menos, um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade. Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves, que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves.
Segundo a publicação, a pista do aeroporto tem um quilômetro e pode receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. Sem funcionários, o local é considerado irregular pela "Agência Nacional de Aviação Civil" (ANAC), que afirmou que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto.
A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio portes em Minas.
Segundo o jornal, o governo do Estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O Estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor.
De acordo com a "Folha", antes de o aeroporto ser construído, havia no local uma pista de pouso mais simples, de terra, construída em 1983, quando Tancredo Neves era governador de Minas Gerais e Múcio era prefeito de Cláudio, terra natal de Risoleta.
Ao jornal, Aécio afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a construção do aeroporto seguiu critérios técnicos, e que o governo de Minas Gerais não levou em consideração o fato de o proprietário do terreno ter parentesco com ele.
Contudo, segundo a "Folha", Aécio não respondeu quantas vezes usou o aeroporto, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado."
FONTE: publicado no "Jornal do Brasil", com informações do jornal on line "Brasil 247". Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/246145-1).
De acordo com a publicação, o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão do local.
Orçado em R$ 13,5 milhões, o aeroporto foi feito pela construtora "Vilasa", responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões, segundo a "Folha de S. Paulo".
O jornal afirma que, para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe, pelo menos, um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade. Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves, que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves.
Segundo a publicação, a pista do aeroporto tem um quilômetro e pode receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. Sem funcionários, o local é considerado irregular pela "Agência Nacional de Aviação Civil" (ANAC), que afirmou que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto.
A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio portes em Minas.
Segundo o jornal, o governo do Estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O Estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor.
De acordo com a "Folha", antes de o aeroporto ser construído, havia no local uma pista de pouso mais simples, de terra, construída em 1983, quando Tancredo Neves era governador de Minas Gerais e Múcio era prefeito de Cláudio, terra natal de Risoleta.
Ao jornal, Aécio afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a construção do aeroporto seguiu critérios técnicos, e que o governo de Minas Gerais não levou em consideração o fato de o proprietário do terreno ter parentesco com ele.
Contudo, segundo a "Folha", Aécio não respondeu quantas vezes usou o aeroporto, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado."
FONTE: publicado no "Jornal do Brasil", com informações do jornal on line "Brasil 247". Transcrito no portal "Vermelho" (http://www.vermelho.org.br/noticia/246145-1).
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