DILMA AFIADA USA ESTILO ‘BATEU, LEVOU’ EM CAMPANHA
"A Presidente não deixa provocação sem resposta; em entrevistas longas, como a concedida segunda-feira, falas ligeiras ou discursos, Dilma Rousseff mostra que deixou no passado o figurino paz e amor que prevaleceu na campanha de 2010. Para se desvencilhar dos ataques da oposição, agora ela aposta na sinceridade sem meias palavras; "O pessimismo pré-Copa está agora na economia", definiu sobre projeções catastrofistas do mercado financeiro; "Bancos interferirem na política é inadmissível", estabeleceu na direção do mercado financeiro após o imbróglio da recomendação partidária e oposicionista do Santander. "O que acontece em Israel é um massacre", crava em política internacional. O programa de televisão vai usar e abusar de comparações entre gestões petista e tucana. Agora é 'bateu, levou'.
Do "Brasil 247"
A presidente Dilma Rousseff deixou no cabide o figurino de candidata vestido em 2010, quando venceu a disputa usando um modelito do melhor estilo 'paz e amor'. Protegida pelo então presidente Lula, ela não precisou entrar em bolas divididas com o adversário José Serra e flanou sobre o eleitorado enquanto seu padrinho político se encarregava de comprar suas brigas.
Agora é diferente, já se viu na longa entrevista à mídia tradicional concedida segunda-feira pela presidente. Diante de certa pressão nas perguntas, o que se viu foi uma Dilma segura, objetiva e nada disposta a aceitar calada as críticas feitas ao seu governo. Ela igualmente não se incomodou em deixar, com frases curtas e palavras fortes, suas posições sobre temas do momento.
Essa Dilma que parece à vontade no chamado estilo 'bateu, levou' surge nitidamente em suas posições a respeito dos ataques desferidos, diariamente, à gestão da política econômica:
- "O pessimismo da fase pré-Copa passou para a política econômica", afirma a presidente, ganhando com a frase a manchete de terça-feira 29 do jornal "Folha de S. Paulo". A se considerar o tom das últimas notícias destacadas no mesmo espaço pela publicação da família Frias, Dilma conseguiu o melhor momento para o seu governo, ali, em semanas.
A presidente também não ficou nem por um minuto quieta diante da gafe cometida pelo banco espanhol Santander no Brasil, com o relatório para clientes de alta renda com a associação nominal da presidente ao fracasso econômico futuro.
- "Bancos interferirem na política é inadmissível", rebateu uma Dilma, como se diz, curta e grossa.
A ênfase de Dilma vai sendo apurada, no tocante a efeitos eleitorais, em pesquisas feitas por sua equipe de campanha. O que se sabe, inicialmente, é que pouca gente vai estranhar uma candidata que avança pela linha do 'fala o que pensa', uma vez que Dilma nunca foi dada, no governo, a floreios sobre suas posições. Em outras palavras, a Dilma 'bate, levou' combina mais com o momento atual da presidente, cercada por ataques nas frentes econômica e política, do que a Dilma 'paz e amor'.
No governo, o momento da presidente tem levado, também, à tomada de posições claras e objetivas. Depois de se fortalecer com a reunião dos BRICS, realizada no Brasil, e a aproximação com a UNASUL, Dilma posicionou o Brasil na linha de frente à oposição à Israel, na faixa de Gaza:
- "O que há da parte de Israel não é um genocídio, e sim um massacre", atalhou a presidente diante de uma das perguntas que lhe foram dirigidas. Dilma não se intimidou com a postura crítica à decisão brasileira de censurar o governo de Benjamin Netanyahu pelo "uso desproporcional" da força na faixa de Gaza.
A Dilma afiada, com respostas na ponta da língua, sem medo de devolver perguntas difíceis com respostas desconcertantes pela clareza, é que está entrando em campo para a disputa pela reeleição. Osso duro."
FONTE: do jornal on line "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/148302/Dilma-afiada-usa-estilo-%E2%80%98bateu-levou%E2%80%99-em-campanha.htm).
Agora é diferente, já se viu na longa entrevista à mídia tradicional concedida segunda-feira pela presidente. Diante de certa pressão nas perguntas, o que se viu foi uma Dilma segura, objetiva e nada disposta a aceitar calada as críticas feitas ao seu governo. Ela igualmente não se incomodou em deixar, com frases curtas e palavras fortes, suas posições sobre temas do momento.
Essa Dilma que parece à vontade no chamado estilo 'bateu, levou' surge nitidamente em suas posições a respeito dos ataques desferidos, diariamente, à gestão da política econômica:
- "O pessimismo da fase pré-Copa passou para a política econômica", afirma a presidente, ganhando com a frase a manchete de terça-feira 29 do jornal "Folha de S. Paulo". A se considerar o tom das últimas notícias destacadas no mesmo espaço pela publicação da família Frias, Dilma conseguiu o melhor momento para o seu governo, ali, em semanas.
A presidente também não ficou nem por um minuto quieta diante da gafe cometida pelo banco espanhol Santander no Brasil, com o relatório para clientes de alta renda com a associação nominal da presidente ao fracasso econômico futuro.
- "Bancos interferirem na política é inadmissível", rebateu uma Dilma, como se diz, curta e grossa.
A ênfase de Dilma vai sendo apurada, no tocante a efeitos eleitorais, em pesquisas feitas por sua equipe de campanha. O que se sabe, inicialmente, é que pouca gente vai estranhar uma candidata que avança pela linha do 'fala o que pensa', uma vez que Dilma nunca foi dada, no governo, a floreios sobre suas posições. Em outras palavras, a Dilma 'bate, levou' combina mais com o momento atual da presidente, cercada por ataques nas frentes econômica e política, do que a Dilma 'paz e amor'.
No governo, o momento da presidente tem levado, também, à tomada de posições claras e objetivas. Depois de se fortalecer com a reunião dos BRICS, realizada no Brasil, e a aproximação com a UNASUL, Dilma posicionou o Brasil na linha de frente à oposição à Israel, na faixa de Gaza:
- "O que há da parte de Israel não é um genocídio, e sim um massacre", atalhou a presidente diante de uma das perguntas que lhe foram dirigidas. Dilma não se intimidou com a postura crítica à decisão brasileira de censurar o governo de Benjamin Netanyahu pelo "uso desproporcional" da força na faixa de Gaza.
A Dilma afiada, com respostas na ponta da língua, sem medo de devolver perguntas difíceis com respostas desconcertantes pela clareza, é que está entrando em campo para a disputa pela reeleição. Osso duro."
FONTE: do jornal on line "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/poder/148302/Dilma-afiada-usa-estilo-%E2%80%98bateu-levou%E2%80%99-em-campanha.htm).
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