sexta-feira, 10 de julho de 2015

ORDENS DOS EUA PARA A MÍDIA E O PSDB OBEDECEREM


Em curto espaço de duas semanas a presidente Dilma Rousseff encontra-se com os líderes Americano e Russo. Fotos White House, Kremlim

[OBS dete blog 'democracia&política': o artigo desta postagem foi extraído do site "DefesaNet", que atua em prol dos interesses dos EUA e Israel, especialmente nos setores militar e aeroespacial. No texto abaixo, de tão explícitas, são até agressivas a arrogância e a prepotência dos EUA sobre o que o Brasil deve ou não pode fazer, bem como sobre o que eles querem do nosso patrimônio. Mesmo sabendo que a grande mídia brasileira e os partidos da direita (PSDB, DEM, PPS, o atual PSB e outros menores) sempre foram auxiliares e subservientes aos interesses norte-americanos, não compreendo como um jornalista brasileiro submissamente escreve (ou somente assina?) um artigo assim].     

BR-US - Condicionantes para a ajuda ao Brasil

A agenda que não tem sido publicada na aproximação com os Estados Unidos.

Por Júlio Ottoboni, exclusivo para "DefesaNet" [trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política']


"O acordo militar entre Brasil e Estados Unidos deve frear o entusiasmo de alguns países que vinham em franca aproximação com o mercado brasileiro. O desenvolvimento de produtos militares e no setor aeroespacial selou o destino de potenciais parceiros, como a Rússia e até mesmo as ambições da própria China em alguns segmentos tidos como vitais para o progresso dos entendimentos com os norte-americanos.

Uma das premissas básicas dos Estados Unidos, segundo especialistas ouvidos pelo "DefesaNet", é o afastamento da Rússia do programa espacial brasileiro. Os EUA não querem os russos produzindo veículos de lançamento de satélites (VLS) e muito menos empregando tecnologia dos mísseis balísticos intercontinentais no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, também é alvo prioritário dos norte-americanos.

O acerto do Brasil com a Ucrânia, na formação da empresa binacional "Alcantara Cyclone Space" (ACS), para construção de foguetes em parceria [ou melhor, para lançamento em Alcântara de foguetes construídos na Ucrânia] , já soterrada pela crise, ganhou a pá de cal definitiva. Os mais de R$ 1 bilhão gastos [por Brasil e Ucrânia] durante os governos Lula e Dilma na inócua parceria estão, oficialmente, perdidos.

As possibilidade de se criar um consórcio no BRICS para uma estação espacial e desenvolvimento de satélites e lançadores espaciais contam com antipatia dos Estados Unidos. Apenas a Índia e a África do Sul poderiam [estariam autorizadas pelos EUA para] desenvolver novas atividades com o Brasil na área espacial e bélica, porém [mesmo assim], acompanhadas de perto pelos EUA, que seria uma espécie de tutor dos programas.

Quanto à Rússia, as possíveis intenções em se associar à empresas como a MECTRON e a AVIBRAS na produção de mísseis e de blindados estão totalmente vetadas [pelos EUA]. Segundo os especialistas, alguns deles consultores da área de defesa, acreditam que a Rússia tentará ainda alguma investida no Brasil devido aos entendimentos tratados ao longo dos últimos anos com o governo de Dilma Rousseff. Um dos trunfos está na abertura de mercado para a carne brasileira entre outras commodities.

Uma parceria com a EMBRAER - cada vez mais improvável - também está completamente vetada [pelos EUA]. Esses indícios já foram expostos no ano passado, durante a visita do Vice-Premiê russo Rogozin, em dezembro último, quando não foi recebido pela direção da ex-estatal brasileira [da qual um fundo norte-americano possui a maior parcela de suas ações ordinárias]. Os russos chegaram a sondar o mercado de helicópteros na expectativa de ter uma fábrica em solo brasileiro e recuaram ao avaliar o mercado sul-americano e terem a notícia da chegada dos chineses. (Ver matéria Russos querem criar fábrica de avião no Brasil independentemente da Embraer Link )

Com isso, a possibilidade de o Brasil ter um cosmonauta, como foi o caso de oficial da FAB Marcos Pontes, treinado na NASA [pago pelo Brasil], mas não indo ao espaço por ter participado de uma missão russa, chegou ao fim. Se o Brasil voltar a ter alguém em uma missão espacial deverá ser um cientista e formado nos quadros da agência espacial norte-americana.

A retomada da ‘guerra fria’ [pelos EUA, para recuperar a hegemonia mundial] forçou o governo de Barack Obama a pedir uma posição clara do governo brasileiro quanto ao lado que se posicionaria. Apesar das simpatias ao antigo regime da URSS, Dilma Rousseff viu que poderia perder muito mais que a instabilidade política diante de seu [ex-]maior parceiro comercial [posto hoje assumido pela China].

Uma das condicionantes dos Estados Unidos para traçar um "plano de auxílio" [?] na recuperação econômica brasileira está na suspensão imediata de apoio brasileiro na manutenção de governos de esquerda como da Bolívia e da Venezuela, inclusive tanto no suporte político como econômico, com remessas de divisas para esses países a títulos de empréstimos, colaboração e mesmo investimentos em parcerias econômicas que levantem suspeitas sobre as verdadeiras finalidades.

A situação para a China é mais confortável, como a instalação da fábrica de helicópteros, a continuidade do programa de satélites com o INPE e a vinda da indústria automobilística, de tratores, polo vidreiro e de mecânica pesada para o país. A China tem os EUA como um grande parceiro comercial, mas deve manter-se distante de interesses maiores dos norte-americanos na região, o que inclui [o interesse dos EUA na] floresta amazônica e nas reservas hídricas potáveis brasileiras."


FONTE: escrito por Júlio Ottoboni, exclusivo para "DefesaNet"   (http://www.defesanet.com.br/br_ru/noticia/19682/BR-US---Condicionantes-para-a-ajuda-ao-Brasil/). [Título e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política']

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