segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

NA ÚLTIMA VISITA, CRIOU-SE A ÁREA YANOMAMI

O Governo Collor criou o imenso território Yanomami, do tamanho da Áustria, na fronteira norte, cedendo à grande pressão internacional, especialmente dos Estados Unidos e Inglaterra, inclusive da sua Casa Real.

Além dos já conhecidos grandes e permanentes interesses estratégicos espúrios sobre a nossa Amazônia, um dos motivos do âmbito econômico-financeiro detectado claramente no caso Yanomami, desde o início da década de 80, para a exigência daquelas potências, era o enorme crescimento da produção e exportação de cassiterita pelo Brasil. Esse crescimento estaria inviabilizando o negócio mundial do estanho, dominado por multinacionais daqueles países. Uma das formas de “consertar essa distorção do mercado” seria inibindo a produção brasileira, criando uma enorme área indígena na região. Isso foi feito.

Na época, o Príncipe Charles esteve no Brasil, para tratar com Collor. A grande imprensa brasileira, que normalmente é instrumento dos interesses das grandes potências, foi forte apoiadora do nascimento da grande “Nação Yanomami”, camuflando muito bem os motivos escusos com belas roupagens sociais e humanitárias que iludiram com maestria a opinião pública, religiosos e políticos brasileiros.

Fiquei preocupada com a notícia abaixo, que hoje li no blog do Noblat (O Globo). Alguma coisa de ruim, de novo, está sendo tramada contra o Brasil:

CHARLES VEM REVISITAR A FLORESTA AMAZÔNICA

“Confirmada a visita em março ao Brasil de Sua Alteza Real o Príncipe Charles, herdeiro do trono da Inglaterra. Ele visitará, no Rio de Janeiro, uma exposição sobre Chico Mendes, seringueiro, ativista ambiental, assassinado em dezembro de 1988.

Irá a São Paulo para encontro com empresários. De lá voará a Brasília, onde poderá encontrar Lula. Em seguida visitará Manaus e Santarém.

No dia 14, viajará de Manaus a Santarém e pegará um barco no Alter do Chão, onde conversará com especialistas sobre os desafios do desenvolvimento sustentável.

Alter do Chão é uma praia localizada na margem esquerda do rio Tapajós, a cerca de 32 km de Santarém. Moram ali cerca de seis mil pessoas.

De Alter do Chão, o príncipe irá para outra reunião com representantes da comunidade de Maguari, que fica na Floresta Nacional do Tapajós, município de Belterra.

A embaixada inglesa começou a expedir convites para autoridades e estudiosos do meio ambiente com quem o príncipe gostaria de se encontrar.

Em outubro de 2007, Charles criou a fundação “Prince's Rainforest Project” para “ajudar na preservação das florestas tropicais”.

A primeira iniciativa da fundação foi convidar para um encontro em Londres o Grupo Soluções da Amazônia, formado por ministros, governadores, parlamentares, banqueiros, empresários e ONGs brasileiras.

Realizado no final de abril do ano passado no Palácio Saint James, residência oficial do príncipe, o encontro durou dois dias. Charles esteve presente. Aí nasceu a idéia dele de revisitar a Amazônia.

O príncipe já esteve uma vez na Amazônia. Foi no início dos anos 90 durante o curto governo do presidente Fernando Collor.”

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