segunda-feira, 30 de novembro de 2009

POLÍCIA FEDERAL REVELA O MODO DEMOTUCANO DE GOVERNAR

A POLÍCIA FEDERAL DEMONSTRA CADA VEZ MAIS O SEU VALOR

NOS ANOS 90 (FHC/PSDB/PFL-DEM) FATOS COMO ESSES NÃO ERAM INVESTIGADOS, OU ERAM ABAFADOS COM O APOIO DA 'GRANDE' MÍDIA

ONTEM, ESTE BLOG TRANSCREVEU REPORTAGEM SOBRE O ESQUEMA DO GOVERNO TUCANO PAULISTA, DE RECEBER DINHEIRO ILEGAL DA EMPREITEIRA CAMARGO CORREA NOS ANOS 90 ( "Operação Castelo de Areia").

SOMENTE AGORA O MODO DEMOTUCANO DE GOVERNAR COMEÇA A SER CONHECIDO. GRAÇAS À POLÍCIA FEDERAL.

"Faroeste caboclo

"Diante do vídeo que exibe José Roberto Arruda [DEM-DF] recebendo de um auxiliar maços gorduchos de notas, o secretário de Ordem Pública (?) do Distrito Federal explicou que a dinheirama se destinava à compra de panetones e cestas básicas. Esqueceu de acrescentar que o próprio governador as distribuiria, fantasiado de Papai Noel, sobrevoando Brasília de trenó.

O repertório de Arruda como canastrão se esgotou. O único governador do Democratas no país acabou politicamente. Os próprios Demos na prática já o rifaram ontem, em nota lacônica, diante das evidências devastadoras reunidas até agora pela PF. As revelações parecem suficientes para se deduzir que o governo do DF funcionava como fachada e QG de uma quadrilha que tinha (tem) o governador à testa.

Achaques a empresas, distribuição regular de propinas a parlamentares e aliados, divisão de dinheiro sujo entre membros do primeiro escalão da administração, milhões de reais envolvidos nos esquemas de rapinagem.

As investigações dão conta de que o esquema operava desde a gestão anterior, com o aval do governador Joaquim Roriz, o que precisa ser melhor apurado. Mas as relações entre os dois são antigas. Arruda foi secretário de Obras e chefe do Gabinete Civil de Roriz no início dos anos 90. Na era FHC, já no PSDB, ganhou uma importância que não tinha. Era líder do governo no Senado quando, em 2001, foi flagrado violando o painel de votação e renunciou para não ser cassado.

Arruda transformou seu recuo tático numa pantomima de arrependimento e autoflagelo. Sua volta à política -da qual nunca saiu- está marcada por esse ritual farsesco de conversão e vitória moral sobre si mesmo. Trata-se de um político pedestre, tipo espertalhão e vulgar, que soube inventar para si um enredo eficaz de sobrevivência.
"Reconhece a queda e não desanima, levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima". O grande samba de Paulo Vanzolini já não serve a Arruda. Se sacudir muito, ainda cai algum do seu bolso."

FONTE: reportagem de Fernando de Barros e Silva publicada hoje (30/11) na Folha de São Paulo [exceto o título e primeiros parágrafos em maiúsculas, colocados por este blog].

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