Roberto Civita, dono da “Editora Abril” e da “Veja”
O contraventor Carlinhos Cachoeira
[OBS inicial deste blog 'democracia&política':
A revista “Veja” é notoriamente defensora da direita e dos grandes conglomerados financeiros e econômicos internacionais. É radical alinhada com os interesses pró-EUA (e seus aliados) e pró-Israel. Em consequência, é antiLula, antiDilma, antiPetrobras estatal, árdua batalhadora pela volta da direita (dos demotucanos) ao poder no Brasil, pois o governo FHC/PSDB/DEM/PPS foi alinhado e servil àqueles conglomerados e países que a “Veja” defende.
Roberto Civita é o dono da "Veja". Judeu nascido em Milão-Itália em 1936, fez todos os seus estudos nos EUA. O governo FHC/PSDB/DEM concedeu-lhe, em 2002, a mais elevada honraria, a de “Grande Oficial da Ordem do Rio Branco”, provavelmente pelos imensos serviços prestados à direita brasileira e internacional e ao governo demotucano.
Faço essas observações iniciais para mais bem compreendermos o cenário onde atua a “Veja” e a oposição. A revista usa, para seus objetivos, até políticos e personalidades do crime organizado, meios e artifícios ilegais que agora começam a ser investigados na operação policial “Monte Carlo”].
Por Luis Nassif
“Veja se antecipou aos críticos e divulgou um dos grampos da Policia Federal em que o bicheiro Carlinhos Cachoeira e o araponga Jairo falam sobre Policarpo [diretor-chefe da “Veja” em Brasília]. Pinça uma frase – “o Policarpo nunca vai ser nosso” – para mostrar a suposta isenção do diretor da “Veja’ em relação ao grupo.
É uma obviedade que em nada refresca a situação da “Veja”. Policarpo, realmente, não "era de Carlinhos Cachoeira". Ele respondia ao comando de Roberto Civita. E, nessa condição, estabeleceu o elo de uma associação criminosa entre Cachoeira e a “Veja”.
Não haverá como fugir da imputação de associação criminosa. E nem se tente crucificar Policarpo ou o araponga Jairo ou esse tal de Dadá. O pacto se dá entre chefias – no caso, Roberto Civita, pela “Abril”, e Cachoeira, por seu grupo.
Como diz Cachoeira, “quando eu falo pra você é porque tem que trabalhar em grupo. Tudo o que for, se ele pedir alguma informação, você tem que passar pra mim as informações, uai”.
O dialogo abaixo (*) mostra apenas arrufos entre subordinados – Jairo e Policarpo.
Os seguintes elementos comprovam a associação criminosa:
1. Havia um modus operandi claro. Cachoeira elegeu Demóstenes. “Veja” o alçou à condição de “grande líder político”. E Demóstenes se valeu dessa condição – proporcionada pela revista – para atuar em favor dos dois grupos.
2. Para Cachoeira, fazia trabalho de lobby, conforme amplamente demonstrado pelas gravações até agora divulgadas.
3. Para a “Veja” fazia o trabalho de avalizar as denúncias levantadas por Cachoeira.
Havia um ganho objetivo para todos os lados:
1. Cachoeira conseguia afastar adversários, blindar-se contra denúncias e intimidar o setor público, graças ao poder de que dispunha de escandalizar qualquer fato através da “Veja”.
2. A revista ganhava tiragem, impunha temor e montava jogadas políticas. O ritmo frenético de denúncias – falsas, semifalsas ou verdadeiras – conferiu-lhe a liderança do modelo de cartelização da mídia nos últimos anos. Esse poder traz ganhos diretos e indiretos. Intimida todos, anunciantes, intimida órgãos do governo com os quais trabalha.
3. O maior exemplo do uso criminoso desse poder está na “Operação Satiagraha”, nos ataques e dossiês produzidos pela revista para atacar o Ministro do STJ que votou contra Daniel Dantas e jornalistas que ousaram denunciar suas manobras.
Em “O caso de Veja”, no capítulo “O repórter e o araponga” narro detalhadamente – com base em documentos oficiais – como a cumplicidade entre as duas organizações permitiu a Cachoeira expulsar um esquema rival dos Correios e se apossar da estrutura de corrupção, até ser desmantelado pela Polícia Federal. E mostra como a “Veja” o poupou, quando a PF explodiu com o esquema.
Civita nem poderá alegar desconhecimento desse ganho de Cachoeira porque a série me rende cinco ações judiciais por parte da “Abril” - sinal de que leu a série detalhamente.
Os próprios diálogos divulgados agora pela “Veja” mostram como se dava o acordo:
“Cachoeira: Esse cara aí não vai fazer favor pra você nunca isoladamente, sabe? A gente tem que trabalhar com ele em grupo. Porque ‘os grande’ furos do Policarpo fomos nós que demos, rapaz. Todos eles fomos nós que demos. Então é o seguinte: se não tiver um líder e a gente trabalhar em conjunto... Ele pediu uma coisa? Você pega uma fita dessa aí e, ao invés de entregar pra ele, fala: "Tá aqui, ó, ele tá pedindo, como é que a gente faz?". Entendeu?”
Desde 2008 – quando escrevi o capítulo – sabia-se dessa trama criminosa entre a revista e o bicheiro. Ao defender Policarpo, a revista, no fundo, está transformando-o em boi de piranha: o avalista do acordo não é ele, é Roberto Civita.
Em Londres, a justiça processou o jornal de Rupert Murdoch por associação indevida com fontes policiais para a obtenção de matérias sensacionalistas. Aqui, Civita se associou ao crime organizado.
Se a Justiça e o Ministério Público não tiverem coragem de ir a fundo nessa investigação, sugiro que tranquem o Brasil e entreguem a chave a Civita e a Cachoeira.”
[...]
(*) [OBS deste blog ‘democracia&política’: a postagem do portal de Luis Nassif (ver endereço eletrônico abaixo) tem continuação. Reproduz matéria da revista “Veja” intitulada “CACHOEIRA, EM GRAVAÇÃO: 'O POLICARPO NUNCA VAI SER NOSSO’”. A reportagem contém a degravação de longo diálogo entre Carlinhos Cachoeira e o ex-agente da ABIN Jairo Martins. A matéria da “Veja” tenta passar ao leitor a idéia de que o diretor-chefe da sucursal da “Veja” em Brasília, Policarpo Jr, não era submisso a Cachoeira. Assim, a “Veja” quis se inocentar de pertencer à quadrilha. Parece pouco convincente].
FONTE: escrito por Luis Nassif em seu portal (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/esquecam-policarpo-o-chefe-e-roberto-civita#more) [Imagens do Google e observação final entre colchetes adicionados por este blog ‘democracia&política’].
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