sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A PETROBRAS E O NOVO BRASIL

Por Luiz Alberto


“Em que pese o fato de vozes comprometidas com o passado tentarem confundir a opinião pública, é fato que a Petrobras hoje é um gigante do setor de energia no contexto mundial. Com valor de mercado de US$ 140 bilhões, ocupa o 4º lugar no ranking das empresas mais poderosas do ramo, ficando atrás apenas da Exxon, Shell e Chevron.

E não poderíamos deixar de pontuar que foi durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que a Petrobras atingiu o grau de excelência que a distingue atualmente como uma das empresas mais respeitadas na área de exploração de petróleo, confirmando o comprometimento da administração do economista José Sergio Gabrielli com o crescimento da empresa e sua responsabilidade social.

Segundo dados divulgados pela agência americana de pesquisa de marketing “Millward Brown”, a Petrobras é a empresa da América Latina melhor colocada no ranking das 100 marcas mais valiosas do mundo. O valor da marca alcançou, em 2011, o montante de US$ 13,4 bilhões, contra 285 milhões de dólares em 2003, segundo a metodologia da “Interbrand” e “Bran Analytics”. Ou seja, um aumento de 47 vezes no valor da marca, demonstrando a valorização da empresa ocorrida durante o período em que esteve sob a administração do governo do PT.

AUTOSSUFICIÊNCIA

Os números mostram os avanços da Petrobras no governo democrático popular do PT e aliados. Com a entrada em operação, em 2006, das plataformas P-34 e P-50, com capacidades de processamento de 60 e 180 mil barris por dia, respectivamente, o Brasil atingiu a autossuficiência de petróleo, e caminha para, em 2020, ser autossuficiente também em derivados. Para isso, está a caminho a construção de quatro refinarias que elevarão a capacidade de refino, que hoje é de 2 milhões de barris dia, para 3,6 milhões de barris dia em 2020, para uma demanda que será de 3,4 milhões de barris dia. A refinaria “Abreu e Lima”, em Pernambuco, será entregue em 2014; a refinaria “Premium I”, no Maranhão, em 2017 a 1ª etapa, e em 2020 a 2ª etapa; a “Premium II”, no Ceará, em 2017; e a “Comperj”, no Rio de Janeiro, em 2018.

É com visão de longo prazo que a Petrobras aponta, até 2020, para um mercado mundial com maior disponibilidade de gasolina (oferta maior do que a demanda devido ao aumento da frota que utiliza o diesel), e acirrada competição com o etanol, tornando os preços mais competitivos. O diesel, por sua vez, continuará altamente demandado no Brasil e no mercado mundial. Por isso, a opção da empresa por alto rendimento em diesel nas novas refinarias em construção. Na refinaria “Abreu e Lima”, por exemplo, a produção será de 70% de óleo diesel.

Em relação à exploração de petróleo no pré-sal, descoberto em 2006, o avanço da Petrobras tem superado as expectativas. Cinco anos depois da sua descoberta, o petróleo extraído na área já responde por 5% da produção da companhia, enquanto que os prazos usuais de implantação de projetos similares chegam a 10 anos na indústria mundial. Desde 2005, a Petrobras já notificou à ANP um total de 63 declarações de descobertas na área do pré-sal, sendo 1 em 2005, 1 em 2006, 6 em 2007, 13 em 2008, 8 em 2009, 12 em 2010, 13 em 2011 e 9 até agosto de 2012.

SUCESSO

Com índice de sucesso exploratório de 94%, o pré-sal ajudou a empresa a atingir índice de reposição de reservas acima de 100%. Reservas que são estimadas em 15,8 bilhões de barris de óleo equivalente, dobrando o valor das atuais reservas provadas que são de 15,71 bilhões. Apesar do inerente risco da atividade de exploração de petróleo, a eficiência da empresa foi responsável por índice de sucesso exploratório médio de 59% em 2011 (terra e mar), contra 30% de média mundial.

Os dados demonstram que; a despeito do esforço empreendido na exploração do pré-sal, a Petrobras continua enfrentando os desafios da exploração de áreas no pós-sal com elevado volume de investimentos. A empresa, em seu “Plano de Negócios e Gestão 2012-2016”, prevê US$ 25,4 bilhões para atividades de exploração. Sendo US$ 17,5 bilhões, ou 69%, para as áreas de pós-sal, com investimentos focados em novas fronteiras exploratórias, tais como litoral norte e nordeste do país.

Pensando, também, no aprimoramento da eficiência de áreas já consolidadas, a Petrobras anunciou, em julho deste ano, investimento de US$ 5,6 bilhões até 2016 no “Programa de aumento da eficiência operacional da Bacia de Campos” (PROEF). O objetivo do programa é elevar a eficiência operacional de 71% para 90% até 2016, aumentando a produção da área de 1,8 milhão de barris dias para 2,5 milhões.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

Além dos dados que demonstram a incontestável consolidação econômica da Petrobrás no cenário mundial de energia nos últimos anos, devemos ressaltar que a empresa também tem cumprido o seu compromisso de responsabilidade social com o Brasil. Utilizando uma política de preços de venda de derivados no país que evita transferir ao consumidor a inconstância do mercado mundial, a companhia absorve as oscilações internacionais de preço, buscando paridade que se reflita a médio e longo prazo. Isso explica porque em determinados momentos a companhia aplica preços de venda da gasolina menores do que a média mundial, com o objetivo de poupar a população brasileira de variações circunstanciais.

A política de conteúdo local da Petrobras é outra forma de reafirmar esse pacto social. Com ela, a empresa compromete-se a comprar determinada porcentagem de bens e serviços de empresas locais, estimulando, assim, o desenvolvimento da economia nacional. A empresa defende que o conteúdo local viabiliza uma série de ganhos operacionais quando a indústria desenvolve-se e instala-se no Brasil, como assistência técnica mais próxima e eficiente, maior suporte pós-venda e, em consequência, maior disponibilidade operacional dos ativos, redução de estoques, redução do tempo de transporte e de prazo de entrega. A Petrobras procura aproveitar ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional de bens e serviços para atender às demandas com prazos e custos adequados às melhores práticas do mercado internacional. Por essa política, a companhia contratou mais 33 novas sondas de perfuração para lâmina d’água acima de 2.000 metros, que serão construídas no Brasil e recebidas até 2016.

A Petrobras do governo Dilma Rousseff está caminhando para a sua duplicação. Com um plano de negócios e gestão para o período 2012-2016 de US$ 236,5 bilhões, possui metas de crescimento expressivas que possibilitarão, entre outras conquistas, a produção, em 2020, de 5,7 milhões boe/dia de óleo, LGN (líquido de gás natural) e gás natural no Brasil e no exterior, contra 2,3 milhões boe/dia produzidos em 2011; capacidade instalada de geração de energia elétrica a gás natural no Brasil de 11,6 GW, em 2020, contra 6,1 GW da capacidade atual; e capacidade de processamento (refino) no Brasil de 3,6 milhões de barris dia, em 2020, contra 2 milhões de barris dia atualmente.”

FONTE: escrito por Luiz Alberto. deputado federal (PT-BA) e membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados  (http://www.pt.org.br/noticias/view/artigo_a_petrobras_e_o_novo_brasil_por_luiz_alberto) [Imagem obtida no Google e adicionada por este blog ‘democracia&política’].

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