sábado, 4 de maio de 2013

F-X2 E PROGRAMA ESPACIAL NO PAC, pede a Aeronáutica


Pedido da Aeronáutica tenta garantir recursos aos dois projetos, considerados estratégicos para o país

Do jornal “O VALE”

“Uma comissão de parlamentares do Congresso Nacional, integrada por deputados e senadores, visitou São José dos Campos no dia 18 de abril. O grupo esteve no DCTA [da FAB], na sede da Embraer, em São José, e na unidade da empresa em Gavião Peixoto. Também em São José, a comitiva visitou o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço; do DCTA/FAB) onde conheceu projetos desenvolvidos pelo instituto.

A pedido do Comando da Aeronáutica, a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados vai propor ao governo federal a inclusão do Programa Espacial e do Programa F-X2 no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

A intenção é garantir recursos para a continuidade desses projetos, considerados estratégicos para o país.

O presidente da Comissão, deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), disse que um dos principais desafios para 2013 da Comissão é assegurar a inclusão de projetos das Forças Armadas no PAC. “Temos que garantir recursos necessários para que não ocorra a descontinuidade desses programas”, afirmou o parlamentar.

Segundo Pellegrino, a inclusão dos dois projetos da Aeronáutica no PAC foram solicitados pelo Comando da Aeronáutica.

Ele se reuniu na última segunda-feira com o comandante da Força, tenente brigadeiro-do-ar Juniti Saito, em Brasília, para tratar das prioridades da Força Aérea para este ano e as dos projetos estratégicos de longo prazo.
 
PROGRAMAS

O desenvolvimento do VLS (Veículo Lançador de Satélite), considerado um dos pilares do Programa Espacial, é de responsabilidade da Aeronáutica.

O projeto está sob a gestão do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), no IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço). A previsão é que, no próximo ano, seja realizado o primeiro teste real do foguete, sem carga útil.

Já o F-X2 é o programa de modernização da frota de caças da FAB que prevê a compra de 36 caças de última geração.

O projeto permanece engavetado para análise da presidência da República. A seleção do jato é disputada pela norte-americana Boeing, com o F-18 Super Hornet, pelo consórcio francês liderado pela Dassault, com o Rafale, e pela sueca SAAB, com o Gripen-NG.

O deputado revelou ainda que, segundo a Força Aérea, as três empresas finalistas do Programa FX-2 têm atualizado permanentemente suas propostas e que a expectativa é decisão final ainda em 2013.

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional consultou as três Armas para levantar as prioridades das Forças Armadas. “Agora, vamos elaborar um relatório e encaminhar ao governo com as solicitações das Forças Armadas”, afirmou o presidente da Comissão.

KC-390


O presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, deputado Nelson Pellegrino (BA-PT) relatou que os parlamentares visitaram as instalações da Embraer em Gavião Peixoto, onde será produzido o cargueiro militar KC-390, considerado estratégico para a Aeronáutica.

Segundo o parlamentar, o programa do KC-390 já está incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal. “É um programa que pode render US$ 22,5 bilhões de exportações ao Brasil, pois é produto de alto valor agregado, segundo a Aeronáutica”, disse o parlamentar. O primeiro protótipo do KC-390 deve voar em 2014.”

FONTE: jornal “O VALE”. Transcrito no NOTIMP, da Agência Força Aérea, e no site “DefesaNet”  (http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia/10704/Camara-quer-incluir-F-X2-e-programa-espacial-no-PAC).

COMPLEMENTAÇÃO

Governo inclui mais quatro projetos militares no PAC

Por Virgínia Silveira, no jornal “Valor Econômico”

“O governo federal incluiu o programa de desenvolvimento da aeronave militar KC-390, sob a responsabilidade da Embraer, e o dos helicópteros das Forças Armadas EC-725, a cargo da Helibras, no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A portaria foi publicada no dia 16 de abril e prevê o repasse de R$ 444,3 milhões para os helicópteros e de R$ 1,185 bilhão para o KC-390 em 2013.

Também foram incluídos no PAC o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) e o Programa Nuclear da Marinha, os quais este ano receberão R$ 2,5 bilhões. É o segundo ano que o governo inclui projetos da indústria de defesa no PAC. Em junho de 2012, o Ministério da Defesa recebeu R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos, para a compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani, da Iveco, e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020, produzidos pela Avibras.

O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a inclusão desses projetos no PAC é "uma garantia de que os programas estratégicos da Defesa serão executados e não serão afetados por contingenciamentos". Para Walter Bartels, presidente da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), "o PAC garante recursos adequados e contínuos para o desenvolvimento dos programas".

O presidente da Helibras, Eduardo Marson, disse que a decisão de incluir projetos estruturantes do setor de defesa no PAC representa avanço importante no entendimento do governo de que se trata de um segmento prioritário para o desenvolvimento econômico do país. "O KC-390 e o HX-BR, como foi denominado o programa dos helicópteros, são vistos como projetos estruturantes do setor aeronáutico porque envolvem o desenvolvimento de tecnologia estratégica e a participação da indústria nacional."

O programa HX-BR conta hoje com 16 parceiros estratégicos na indústria brasileira e outros 39 fornecedores nacionais. O contrato de desenvolvimento e produção de 50 helicópteros para as três Forças Armadas está avaliado em € 1,89 bilhão.

Procurada pelo “Valor”, a Embraer informou que já havia tomado conhecimento do fato, mas que não comentaria o assunto. Em teleconferência sobre os resultados do balanço do primeiro trimestre deste ano, esta semana, o presidente da empresa, Frederico Fleury Curado, informou que o KC-390 tem receita prevista de US$ 450 milhões este ano. Os recursos estão vinculados ao contrato de desenvolvimento da aeronave para a FAB, avaliado em US$ 2 bilhões.

Segundo o “Valor” apurou, até meados deste ano serão iniciadas as negociações para o contrato de produção dos 28 aviões que a FAB já havia anunciado a intenção de compra no início do programa. Além do Brasil, a Embraer também espera que as primeiras vendas do KC-390 sejam efetivadas pelos países que participam do desenvolvimento da aeronave, como Argentina, Chile, Colômbia, Portugal e a República Tcheca.”

FONTE: reportagem de Virgínia Silveira, no jornal “Valor Econômico”. Transcrita no portal da FAB (http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?page=notimp).

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