Por
Saul Leblon
“O
custo de vida em São Paulo, medido pelo DIEESE, subiu 0,31% em abril,
menos da metade da alta de 0,78% de março. O IGP-DI, índice de preços da
FGV, com forte influencia dos preços no atacado (60% de
sua composição) registrou deflação de 0,06% em abril. É
a primeira deflação desse indicador desde outubro de 2012. A queda
foi puxada principalmente pelo subgrupo alimentos in natura, que desacelerou de
8,32%, em março, para 1,73%, em abril, no atacado.Variações no atacado
antecipam o comportamento do varejo no período seguinte.
O
índice da FIPE, que também mede a inflação ao consumidor em São Paulo, já
captou essa dinâmica: nele, a variação
dos alimentos recuou, de 0,20% para 0,15% (1ª quadrissemana de maio).
Mas a guerra de nervos do noticiário prefere esticar o alarmismo tomateiro
em relação ao preço da comida, repita-se, já em queda acelerada no atacado.
Apega-se para isso à variação mensal do IPCA, o termômetro do IBGE para
preços ao consumidor. Sua alta de 0,55% em abril, de
fato, é maior que a de março. Mas é inferior a abril de 2012 e, em 12
meses, ficou abaixo do teto da meta do BC, cuja superação no mês passado
mereceu destaque retumbante não observado agora na sua reacomodação. O mercado
financeiro incorporou a tendência declinante embutida em vários índices e
reduziu os juros futuros. Mas a realidade paralela da guerra midiática continua
a acossar as expectativas do país. Não se trata mais de noticiário mas de
alvoroço político diante de sucessivos revezes, sendo o último a consagração da
política externa independente adotada pelo país desde 2003. Acusada de
isolacionista pelo conservadorismo americanófilo, acaba de conquistar a
direção da OMC, após vencer a disputa pela FAO.”
FONTE:
escrito por Saul Leblon no cabeçalho do site “Carta Maior” (http://www.cartamaior.com.br/templates/index.cfm).
[Imagem do Google adicionada por este
blog ‘democracia&política’].
Nenhum comentário:
Postar um comentário