O site “Vi o Mundo”, do jornalista Luiz Carlos Azenha, publicou (li hoje no site “vermelho”):
“Procurem nos jornais e nos grandes portais. Onde é que estão as palavras "crise", "caos" e "apagão" como intertítulos dos problemas que São Paulo enfrenta na saúde, na educação, na segurança pública, no trânsito e nas enchentes? Quantas vezes o nome "José Serra" aparece associado a esses problemas? Quantas vezes o "PSDB" acompanha?
Relembro algumas crises federais. Houve o "apagão aéreo", em que até aquela pipa que o menino não conseguiu empinar foi debitada na conta do governo federal. Da greve dos controladores de vôo à reforma de Congonhas, da queda do avião da TAM ao acidente com o jatinho Legacy — foi tudo atribuído à incompetência do governo federal, quando não especificamente ao presidente da República.
Lembram-se daquele texto publicado na capa da Folha de S. Paulo acusando o governo pelo homicídio de mais de 200 pessoas? Tivemos, também, a grave "crise da febre amarela", a terrível epidemia em que mais gente morreu de overdose da vacina do que propriamente por causa da doença. Relembro um trecho de "O alerta amarelo", que convocou a população a se vacinar indiscriminadamente:
O fantasma da febre amarela, portanto, paira sobre o país como um alerta num momento crucial, para que a saúde e a educação sejam preservadas antes de tudo o mais. Senão, Lula, o aedes aegypti vem, pica e mata sabe-se lá quantos neste ano — e nos seguintes.
Nos dois casos acima citados a mensagem subliminar era: Lula mata!
Para não falar no inesquecível "apagão elétrico", alardeado em colunas de jornal e previsto com gosto no Bom Dia Brasil. Era para ter acontecido no final de 2008, não era? Infelizmente, deste episódio não guardei arquivo.
Com a aproximação das eleições de 2010, fiquem atentos: as crises, apagões e caos são federais. Não há crise, apagão ou caos associado ao PSDB, especialmente a José Serra.
Em São Paulo, os problemas são episódicos, isolados, eventuais. No Brasil, os problemas são sistêmicos, têm origem no PT ou em Lula — um "trabalhador" que não trabalha, que fala errado — e demonstram, por contraste, que "competência gerencial" é coisa dos professores do PSDB.
É o que permite ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso dizer, de cara limpa, que o partido dele vai "reconstruir" o Brasil. À imagem e semelhança do que vemos nas ruas de São Paulo?”
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