sábado, 15 de agosto de 2009

EUA FARÃO TESTE COM MÍSSIL CAPAZ DE LEVAR POTENTES OGIVAS ATÔMICAS

O TESTE SERÁ DOMINGO PRÓXIMO, 23

CERTAMENTE, A ONU E A GRANDE MÍDIA INTERNACIONAL E BRASILEIRA FARÃO INTENSA E VEEMENTE CAMPANHA CONTRA O TESTE, ASSIM COMO FIZERAM CONTRA TESTES DE OUTROS PAÍSES RECENTEMENTE. PROVARÃO QUE NÃO SÃO MANIPULADOS PELOS EUA.
Você acredita? Eu não.

Vejamos o seguinte artigo de Alberto L. Fonseca publicado no Terra Magazine:

AGOSTO

"Que estranho mês, é agosto. Não é mesmo?

No Brasil, há superstições: seria o mês do azar, noivas não casam em agosto. Na França, há lista de espera para se casar em agosto! As igrejas, prefeituras e salões de festa do país estão super-lotados. Claro, pois, agosto é o mês do verão, auge das férias. Na França e na maioria dos países da Europa.

Agosto é mês de acontecimentos paradoxais.

Entre os dias 15 e 18 de agosto de 1969, portanto há 40 anos, em Bethel, no estado norte-americano de Nova Iorque, aconteceu o Festival de Woodstock. Nome formal do evento: "Woodstock Music and Art Fair - An Aquarian Exposition".

Tratava-se portanto de uma feira de arte e música, com o corolário de comemorar a 'Era de Aquário'. Tocaram "The Who" (25 músicas, começando às 4 e meia da manhã do sábado, dia 16), Janis Joplin, Jimi Hendrix, Creedence, Grateful Dead, mas também Santana, o mais 'aquariano' Ravi Shankar, Joan Baez e outros.

Led Zeppelin, The Doors, Bob Dylan e Jethro Tull foram convidados, mas, por um motivo ou por outro, não foram.

Os músicos para lá foram pensando que aquele seria mais um festival de verão. De lá saíram tendo participado daquele que é hoje considerado um dos maiores momentos da música popular mundial. E de um dos mais significativos momentos de fé na paz e no amor que o planeta já teve.

Agosto é também o mês de eventos que envergonham a humanidade, que põe em questão o conceito de civilização aplicado ao ser humano. As primeiras bombas nucleares desenvolvidas pelos Estados Unidos da América explodem em Hiroshima, em 6 de agosto, e em Nagasaki, em 9 de agosto de 1945, dizimando toda sua população civil e causando danos irreparáveis às gerações seguintes.

E o que é nós pensamos e falamos, hoje, à respeito da bomba atômica (ou bomba nuclear), um artefato que atinge civis, indiscriminadamente, e cujos efeitos nocivos à saúde humana se fazem sentir por dezenas, ou centenas de anos após sua explosão na população atingida?

Não pensamos muito nisso... Ôps, claro, pensamos, sim! Condenamos, junto com a BBC e a CNN certos países que tentam desenvolvê-las. Está certo. A comunidade internacional e a ONU têm razão em condenar países que tentam desenvolver essas armas, realizando testes nucleares (em bom português, explosões nucleares) e lançando mísseis pelo mundo afora.

Mas, espera aí. E aqueles países que já têm a bomba aos milhares... Ninguém está nem ligando?

Segundo estimativa da "Federation of American Scientists", de 2009, os Estados Unidos teriam hoje 9.400 bombas nucleares prontas para uso.

Nas primeiras horas do próximo dia 23 de agosto, os norte-americanos vão lançar mais uma vez (este ano, já houve outro teste, em junho), da base aérea de Vandenberg, na Califórnia, seu míssil balístico intercontinental o "Minuteman III", em direção a um atol localizado perto das Ilhas Marshal, no Oceano Pacífico.

Esses mísseis são capazes de carregar suas potentes ogivas nucleares até um alvo localizado a mais de 5 mil quilômetros de sua base de lançamento. São o armamento mais destrutivo de longa distância de todo o arsenal norte-americano.

A Guerra Fria acabou... Acabou? Na forma que a conhecemos, sim. Em verdade, porém, pensemos. Não é difícil pensar como a Rússia, a China e talvez outras potências nucleares (que não sejam tradicionais aliados dos norte-americanos) veem esses testes.

Não seria, meu caro leitor, cara leitora, a hora de sermos realmente uma humanidade civilizada e acabar REALMENTE, e de vez, com as armas nucleares todas?

Agosto é um mês interessante".

FONTE: artigo de Alberto Luiz Fonseca, mineiro e diplomata, serve atualmente na Embaixada do Brasil em Sidney, Austrália. Filho de pais músicos, foi fundador do "Café com Letras", conhecido café e livraria de Belo Horizonte. Publicado no site Terra Magazine, do jornalista Bob Fernandes, em 15/08/2009.

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