"O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria considerando a possibilidade de suceder Ban Ki-moon no cargo de secretário-geral da ONU, segundo afirma reportagem publicada neste sábado pelo diário britânico "The Times".
Segundo o diário, "diplomatas dizem que Lula da Silva, que deixa o cargo em janeiro, pode buscar o posto mais alto da diplomacia mundial quando o primeiro mandato de Ban Ki-moon expirar, no fim de 2011".
Palestinos querem Lula como secretário-geral da ONU
O porta-voz da Presidência palestina, Mohamed Edwan, afirmou na quarta-feira, durante visita do presidente Lula ao Oriente Médio, que espera que o brasileiro seja o próximo secretário-geral da Organização das Nações Unidas, cargo que atualmente é ocupado pelo sul-coreano Ban Ki-moon.
"A ideia teria sido aventada pela primeira vez pelo presidente da França, Nicolas Sarkozy, durante a reunião de cúpula do G20, em Pittsburgh, em setembro", comenta o diário.
A reportagem observa que a possibilidade já vem sendo discutido pela imprensa brasileira, com sugestões de que Lula teria sido consultado por mais de uma pessoa sobre a questão.
"Paixão pela África"
Em entrevista ao diário, o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, não negou a possibilidade.
"Ele (Lula) tem um grande interesse em questões internacionais, no processo de integração da América do Sul", disse Garcia ao Times.
"Ele tem uma grande paixão pela África. Ele realmente quer fazer algo para ajudar a África", afirmou.
Para o diário, o estilo pessoal do presidente brasileiro e sua capacidade para manter relações amigáveis com todos os lados - com a China e com os Estados Unidos, com o Irã e com Israel - elevou seu reconhecimento internacional.
O jornal comenta as ofertas feitas na última semana por Lula, durante sua viagem ao Oriente Médio, de servir de mediador para o conflito na região como um exemplo dessa proeminência cada vez maior do presidente no cenário internacional.
Veto a Lula
O "Times" observa, porém, que Lula tomou recentemente posições que desagradaram os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, ambos países que teriam o poder de veto sobre sua indicação ao cargo de secretário-geral da ONU [desagradam posições de lula contrárias à sanguinária e injustificável invasão do Iraque, a novas invasões e massacres israelenses na Palestina, a sanções e ataques ao Irã para a tomada de suas reservas petrolíferas, à manutenção pelos ingleses das Ilhas Malvinas invadidas e a outras semelhantes ações anglo-judaico-americanas].
FONTE: divulgado pela agência britânica de notícias BBC e publicado hoje (20/03) no portal UOL [título e entre colchetes colocados por este blog]
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