domingo, 12 de dezembro de 2010

A DEPENDÊNCIA DAS FORÇAS ARMADAS BRASILEIRAS A ISRAEL


[Continuação da postagem deste blog da última sexta-feira, 10 de dezembro, intitulada “AS COMPRAS DA DEFESA AMARRARAM O BRASIL A ISRAEL”, também oriunda do mesmo autor “junior50” e de postagem no blog do Nassif]

COMPRAS DA DEFESA” OU “ELEFANTE NA SALA”

“Continuando o tema sobre a influência israelense em nossos sistemas de defesa, coloco mais alguns dados referentes [à Aeronáutica] à Marinha e ao Exército:

AERONÁUTICA (continuação):

PROGRAMA DA AVIAÇÃO DE PATRULHA E ASW P-3AM: (...)

Radar, no estado da arte, Elta 2022, produzido pela Elta Industries de Israel, integrado a outros sistemas no Módulo FITS na EADS/CASA – Espanha. Possivelmente os demais sistemas de guerra eletrônica (RWR,ESM) serão disponibilizados pela Rafael de Israel, apenas o sistema eletroóptico será canadense/americano (Starsfire II).

MARINHA:

PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DOS VETORES A-4K/TA-4K SKYHAWK
:

Esses vetores foram adquiridos [usados] do Kuwait já há alguns anos. Necessitavam de atualização e, principalmente, ‘standarização’. Portanto, em 04/2009 foi assinado contrato com a Embraer para a revitalização das células e modernizações. Escolhidos 9 A-4K e 3 TA-4K para elevação ao padrão M, e as demais células ficando disponíveis como ‘spare parts’ (peças de reposição).

Os aviônicos selecionados pela MB e Embraer, são:

- Radar Elta 2032 (Israel)
- RWR/MAWS/ESM - Elisra – Rafael (Israel)
- computadores de missão e back-up + consultoria técnica - Radar Eletronics (Israel)
- glass cockpit, mostradores,displays,estações de
lançamento, integração dos sistemas- Aeroeletronica, empresa de Porto Alegre subsidiaria da Elbit (Israel) para América Latina.

EXÉRCITO:

No Exército, um programa que pouca gente fala, mas está em pleno desenvolvimento, é o da defesa aérea, com três principais concorrentes, sendo um deles o Spider israelense, com boas chances, pois usa o míssil Derby já utilizado pela FAB; o TorM2 russo; e o francês MICA-VL. O chinês proposto LY-60 não será classificado, nem o Stinger americano tem chance. O Sylver da MBDA (europeu) é estudado em conjunto com a MB, dependendo das novas escoltas marítimas que serão adquiridas, pode se tornar um concorrente forte.

Antes que se manifeste [justa preocupação com desconfortável dependência da Defesa Nacional a outro país ou] paranóia "antissionista", é bom verificar que a indústria bélica e de sistemas computacionais israelense é das maiores e mais avançadas do mundo. A IAI (Israel Aircraft Industries) e suas coligadas e parceiras detém a maior ‘expertise’ na atualização, modernização ou reformulação dos A-4. Os únicos que não foram modificados por essas empresas são os da Argentina, que o foram pela Loockheed (dos EUA). Concordaram com o absurdo de [os norte-americanos] degradarem o radar APG-63 a pedido dos ingleses, inviabilizando a utilização de mísseis além do alcance visual. A IAI (Israel) modernizou até os F4 turcos, e fornece aviônicos para os Sukhoy da Índia, sendo também a maior fornecedora de atualizações para caças da extinta URSS, em especial o Mig-21, casos da Romênia e Índia (90 - 100 células), fora que, na década de 90, inicio dos anos 2000, vendeu o projeto do LAVI (concorrente do F-16) para a China, e hoje ele tem o nome de J-10."

[O assunto de dependência excessiva das nossas Forças Armadas a um determinado país será retomado mais adiante]

FONTE: comentário do leitor “junior50” no blog de Luis Nassif (http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/compras-da-defesa-2-ou-elefante-na-sala#more) [imagem e entre colchetes acrescentados por este blog].

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente. israel é 100X mais confiavel que qualquer país do planeta e, melhor, pecisa de aliados. Ninguém no mundo precisa de aliados mais que Israel. portanto, o Brasil pode comprar à vontade de Israel, pois eles não traírão nossa confiança, pois precisam de nós. Já franceses, americanos, russos, chineses, não estão nem aí para nós.