sábado, 18 de dezembro de 2010

O HEZBOLLAH DIFICULTA A MANUTENÇÃO POR ISRAEL DE TERRITÓRIOS INVADIDOS


ISRAEL NÃO TEM COMO DERROTAR HEZBOLLAH, DIZ EXPERT ISRAELENSE

Israel não tem condições de derrotar o Hezbollah em confronto direto, e, se explodisse uma guerra, o grupo guerrilheiro libanês infligiria danos pesados no front israelense, disse quinta-feira um ex-assessor de segurança nacional de Israel.

A despeito de sua inferioridade em combatentes e armas, o Hezbollah bloqueou o avanço das forças armadas de Israel na guerra de 2006 e disparou mais de 4 mil foguetes contra território israelense. O grupo possui uma base de poder no Líbano e, depois disso, reforçou seu arsenal, descrito por Israel como ameaça estratégica.

As tensões de Israel com o Irã e a Síria [que também tem seu território invadido por Israel, nas Colinas de Golã], que dão respaldo ao [grupo resistente] Hezbollah, vêm alimentando a previsão de retomada da violência no Líbano.

"Israel não sabe como derrotar o Hezbollah", disse Giora Eiland, ex-general do Exército que foi assessor de segurança nacional dos ex-primeiros-ministros Ariel Sharon e Ehud Olmert.

"Por isso, uma guerra travada unicamente entre Israel e o Hezbollah poderia infligir danos ao Hezbollah, mas o Hezbollah infligiria danos muitíssimos maiores no front doméstico de Israel do que fez quatro anos e meio atrás", disse Eiland à Rádio Israel.

Ecoando as palavras das atuais autoridades israelenses, Eiland disse ainda:

"Nossa única maneira de evitar uma próxima guerra, e de vencê-la se mesmo assim ela acontecer, será deixar claro a todos que uma outra guerra entre nós e o Hezbollah será uma guerra entre Israel e o Estado do Líbano e será altamente destrutiva para o Estado do Líbano."

"Como ninguém - incluindo o Hezbollah, os sírios ou os iranianos - está interessado nisso, essa é a melhor maneira de criar uma dissuasão eficaz."

Com a exceção de uma escaramuça letal ocorrida em agosto entre forças israelenses e o exército libanês regular, a [“nova”] fronteira entre Líbano e Israel tem estado tranquila, de maneira geral.

Mas os israelenses estão atentos para possíveis sinais de que o Hezbollah, se [Israel] for citado em indiciamento da ONU pelo assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafiq Hariri em 2005, reaja consolidando seu poder em Beirute.

O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, argumenta que, se o Hezbollah assumir papel governante no Líbano, isso fará do país um “alvo justo” [sic] em qualquer guerra futura envolvendo a milícia xiita.

Eiland disse que tal cenário faria "o mundo inteiro começar a clamar por um cessar-fogo depois de dois dias", algo que seria mais do interesse de Israel "do que ter de lidar diretamente com cada um dos 40 mil [mini]foguetes (que se estima que o Hezbollah possua)[e com as cerca de 200 bombas atômicas de Israel]".

FONTE: divulgado pela agência norte-americana de notícias Reuters e transcrito no site “DefesaNet” (http://www.defesanet.com.br/10_12/101217_11_rts_om_israel.html) [título, imagem e trechos entre colchetes colocados por este blog].

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