domingo, 12 de junho de 2011

PERU À BRASILEIRA

Por José Sarney

“O Peru, como o Brasil, teve em sua história recente comuns atropelos com os militares e divisões pseudoideológicas a pregar reformas de base esotéricas, xenofobias desesperadas e populismo anárquico. Tal fase, para eles, somente acabou em 1985, com o término do mandato de Belaúnde Terry e a eleição de Alan García (em seu primeiro governo).

A política peruana sempre foi comandada pela aristocracia crioula de Lima ou pelos "incas", militares que comandavam, como Velasco Alvarado, ideias autoritárias com base ideológica. Era frágil a estrutura democrática e o interior permanecia com a população indígena mergulhada na miséria absoluta.

Como complicador inesperado, surgiu essa inacreditável cunha chamada Fujimori -a quem recusei receber em meu primeiro mandato como presidente do Senado, em 1996, por ter fechado o Congresso peruano-, que ainda resiste com sua filha Keiko, herdeira do populismo, candidata nas últimas eleições.

A disputa no Peru se processou, como na eleição de Lula em 2002, sob dicotomias: "medo e esperança", "medo e populismo", "medo e moral".

Ollanta Humala, o primeiro "cholo" puro a romper a tradicional divisão do país, outrora radical e partidário da violência, converteu-se à realpolitik. Respeito aos mercados, estabilidade fiscal, promessas de inclusão social e distribuição de renda.

O Peru vive uma fase de crescimento; o problema de Humala será mais fácil, pois não precisa, como no Brasil em 2002, retomá-lo, mas mantê-lo com justiça social.

Pesa sobre a população a herança da guerrilha do Sendero Luminoso e a profunda divisão entre o interior e a capital. Basta ver que Keiko Fujimori teve 57% dos votos na grande Lima e foi o apoio maciço do interior a Humala que decidiu a eleição.

Lá, como cá, os problemas sociais são graves. As disparidades de renda e de qualidade de vida são maiores do que as nossas, e não temos a questão étnica que no Peru é tão forte.

Entre Chávez e Lula, Humala aderiu, na campanha, ao modelo brasileiro. Resta saber se o seu temperamento e suas origens de coronel radical vestirão a camisa do diálogo e da transformação, como nosso líder operário vestiu.

A campanha foi à moda brasileira, com os mesmos temas e os mesmos fantasmas. Medo foi a palavra mais usada durante todo o processo eleitoral e ainda remanesce na ressaca dos resultados. A Bolsa caiu 12%. Aqui, em 2002, o dólar foi a R$ 3,40.

Resta saber se o Peru sairá do seu labirinto histórico e dará continuidade a seu crescimento (5,5% ao ano) ou se Humala será seduzido pelos seus demônios passados. Mas uma coisa já fez: sua primeira visita foi ao Brasil. Começou bem.”

FONTE: escrito por José Sarney, presidente do Senado e ex-presidente da República. Publicado na Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1006201106.htm) [imagem do Google adicionada por este blog].

6 comentários:

Probus disse...

Brasília, 09/06/2011, 11:31, um dia, uma hora, um ano e um local para não serem esquecidos: Chega ao BraSil o presidente eleito Ollanta Humala.

O Peru significa, além de INTEGRAÇÃO, a Rota COMERCIAL para o Pacifico e, CIMENTO para as OBRAS do PAC, ou seja, o começo do fim do monopólio do CARTEL do CIMENTO dentro do BraZil.

Apenas crescer não basta!
Ollanta Humalla e um recado para o Brasil
07/06/2011
por Rodrigo Vianna
Em Portugal, o Partido Socialista sofreu uma derrota histórica nesse fim-de-semana. Segue a trilha do PSOE espanhol – derrotado pelos conservadores nas eleições locais, prenúncio do que deve ocorrer nas eleições nacionais. Portugal e Espanha têm em comum a crise econômica, o desemprego (mais dramático em terras espanholas) e o fato de serem governados há vários anos por agremiações de centro-esquerda (que, no poder, assumiram a receita do FMI pra “recuperar” a economia). Diante da crise, o povo pensou: entre o conservador de verdade e o de mentirinha, fico com o original!

http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/ollanta-e-um-recado-para-o-brasil-crescer-apenas-nao-basta.html

07/06/2011
Com Humala, Brasil reforça aposta na economia peruana

LIMA - O balé diplomático dá um toque de glamour ao jogo de interesses brasileiros na vida política e econômica peruana. Daí o convite feito na segunda-feira pela presidente Dilma Rousseff ao recém-eleito Ollanta Humala para visitar o Brasil antes mesmo da sua posse na Presidência do Peru, no dia 28 de julho. Ele aceitou e decidiu que Brasília será seu primeiro destino.

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/06/07/com-humala-brasil-reforca-aposta-na-economia-peruana-924636734.asp

Leia mais sobre esse assunto em

http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/06/07/com-humala-brasil-reforca-aposta-na-economia-peruana-924636734.asp#ixzz1On4wwLvi

09/04/2011
Parte da Interoceânica Sul já está transitável
Entrevista: Interoceânica vai favorecer comércio entre Brasil e Peru

SÃO PAULO, 9 ABR (ANSA) – A rodovia Interoceânica, que ligará o Brasil ao Peru e deve ser inaugurada ainda neste semestre, favorecerá as trocas comerciais entre os dois países, segundo especialistas consultados pela ANSA.
Para o secretário-geral da embaixada do Brasil no Peru, César Augusto Bonamigo, “a rodovia vai gerar benefícios diretos, como a diminuição de custos com transporte e a economia de tempo para os passageiros, e os indiretos, como o aumento da oferta produtiva potencial”.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2011/04/09/entrevista-interoceanica-vai-favorecer-comercio-entre-brasil-e-peru.jhtm

13 de março, 2008
Frutos da Interoceânica Brasil-Peru ainda são incertos

Considerada um dos projetos mais importantes de integração entre o Brasil e o Peru, a construção da estrada Interoceânica Sul gera uma grande expectativa de negócios entre os dois países, mas os resultados podem levar ainda algum tempo para se concretizar.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/03/080220_ams_peru_interoceanica_mp.shtml

Probus disse...

25 de janeiro de 2011
ANÁLISE – Rodovias abrem novas rotas comerciais na América do Sul
Novas rodovias cruzando a América do Sul do Atlântico ao Pacífico irão consolidar o papel do Brasil como líder continental, dando-lhe novas opções de exportação para a Ásia.

Essas estradas não vão alterar os padrões globais de comércio como fez o Canal do Panamá, mas seu impacto será considerável.
O Peru diz que as rodovias, que no futuro estarão conectadas a cinco de seus portos, ajudarão o país a virar uma rota estratégica no comércio entre dois dos maiores mercados emergentes do mundo: Brasil e China.

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,analise-rodovias-abrem-novas-rotas-comerciais-na-america-do-sul,671009,0.htm

16 de junho de 2010
Brasil-Peru: energia, sardinhas e cimento

O presidente brasileiro também considera inconcebível que os consumidores do Acre usem mais cebolas vindas de São Paulo do que as do Peru – comprando o produto a um preço bem maior. Por isso, Lula defendeu o fim das barreiras comerciais entre os dois países para que produtores peruanos possa vender seus produtos diretamente no Brasil, sem entraves burocráticos.
O problema com o cimento peruano chega a ser prosaico: o Brasil exige documento fitosanitário para o produto ser vendido no País. Alan García reclamou disso e o presidente brasileiro perguntou ao colega quanto custava um saco de cimento no Peru. A resposta: US$ 5. No Brasi, US$ 15.

“É por isso que exigem documento fitosanitário. Se não exigirem o cimento peruano vai entrar no Brasil mais barato e irá quebrar alguns monopólios”, disse Lula, que durante a coletiva de imprensa, chamou de ‘insana’ a pessoa que fez tal exigência.

“Afinal, não conheço ninguém que coma cimento”, disse.

Reuniões bilaterais como essa realizada com representantes peruanos é parte da proposta do governo brasileiro de se aproximar dos países vizinhos sulamericanos. Lula ainda comentou na conversa com Garcia, autoridades brasileiras e peruanas, além de empresários, outra situação gritante: “Fique sabendo que levamos oito anos para fecharmos um acordo para importar couve-flor do Peru”.

http://blog.planalto.gov.br/brasil-peru-energia-sardinhas-e-cimento/

Probus disse...

Será que ninguém leu isso???

06/06/2011: Lula, Soros, Ollanta Humala

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/06/06/lula-soros-ollanta-humala.jhtm

Poxa, Dilma NÃO é boba, Dilma chamou Humalla para RECUPERAR a Queda da Bolsa de LIMA!!!!!!

09/06/2011: Dilma recebe Humalla e confirma presença na posse

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/06/09/dilma-recebe-humalla-e-confirma-presenca-na-posse.jhtm

Unknown disse...

Probus,
Tenho convicção de que a Rodovia Interoceânica acarretará grande benefício para as economias do Brasil e do Peru. Elas são muito complementares e o grande potencial de crescimento ainda não foi devidamente explorado por conta da atual baixa integração.
Maria Tereza

Probus disse...

Se atente no que eu disse: Como atua a MÁFIA, do MAFIOSO Soros, o ETERNO Luis Inácio LULA da Silva e, a delicada situação da Bolsa de Lima do novo integrante do Clube da Libertação Sul Americana, Ollanta Humala. E vivas a Lula. E vivas a Humala!!!

E no que eu disse: Poxa, Dilma NÃO é boba, Dilma chamou Humala para RECUPERAR a Queda da Bolsa de LIMA!!!!!!

06/06/2011: Lula, Soros, Ollanta Humala

http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2011/06/06/lula-soros-ollanta-humala.jhtm

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O problema com o cimento peruano chega a ser prosaico: o Brasil exige documento fitosanitário para o produto ser vendido no País.

Alan García reclamou disso e o presidente brasileiro perguntou ao colega quanto custava um saco de cimento no Peru.

A resposta: US$ 5. No Brasi, US$ 15.

“É por isso que exigem documento fitosanitário. Se não exigirem o cimento peruano vai entrar no Brasil mais barato e irá quebrar alguns monopólios”, disse Lula.

...que durante a coletiva de imprensa, chamou de ‘insana’ a pessoa que fez tal exigência.

“Afinal, não conheço ninguém que coma cimento”, disse.

http://blog.planalto.gov.br/brasil-peru-energia-sardinhas-e-cimento/

É por causa disso acima... que eu INSISTO nisso:

15/09/2010: NANHDP: Nunca Antes Na História Deste País

NANHDP um retirante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, chegou a ser presidente e terminou seu mandato com mais de 80% de aprovação popular.

NANHDP um presidente brasileiro teve tanto prestígio internacional.

NANDHP uma mulher, de trajetória de esquerda, esteve tão perto de se eleger presidente da república.

NANHDP a desigualdade diminuiu no país de maior desigualdade no mundo.

NANHDP a mídia foi tão engajada militantemente, de forma totalitária, a favor de um candidato.

NANHDP a mídia, tão engajada militantemente, de forma totalitária a favor de um candidato, teve tão pouca influência política e viu seu candidato ser derrotado.

NANHDP tanta gente pobre se sentiu feliz e apoiou um governo.

NANHDP a mídia alternativa teve influência muito maior do que a velha mídia.

NANHDP um presidente sem instrução universitária abriu tantas universidades publicas.

NANHDP tanta gente de origem popular teve acesso ao ensino universitário.

NANHDP se criaram tantos empregos com carteira de trabalho.

NANHDP a oposição perdeu tanto o rebolado diante do imenso apoio popular do governo da sua candidata e apelou tanto para ofensas.

NANHDP um governo terminou seu mandato com tanta popularidade e elegeu seu sucessor.

NANHDP um presidente projeta o Brasil no mundo de forma tão prestigiosa.

NANHDP existiu uma perspectiva tão boa de futuro para todos.

http://www.cartamaior.com.br/templates/postMostrar.cfm?blog_id=1&post_id=541

Unknown disse...

Probus,
Cocordo com os seus NANHDP
Maria Tereza