quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Dilma fala sobre: REMÉDIOS GRATUITOS E MÉDICO NO INTERIOR DO PAÍS

“VAMOS GARANTIR ATENDIMENTO HUMANO E DE QUALIDADE, E ISSO É UM COMPROMISSO A SER BUSCADO TODOS OS DIAS”

“Em sete meses, cerca de 5,5 milhões de pessoas receberam, gratuitamente, remédios para tratamento de hipertensão e de diabetes. O dado faz parte do balanço do programa “Saúde Não Tem Preço”, apresentado pela presidenta Dilma Rousseff na última segunda-feira (5/9) no programa de rádio Café com a Presidenta.

Luciano Seixas: Olá, bom dia. Eu sou Luciano Seixas e começa agora mais um “Café com a Presidenta”, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta.

Presidenta: Bom dia, Luciano. Bom dia aos nossos ouvintes.

Luciano Seixas: Presidenta, hoje vamos falar de saúde. Como está a distribuição gratuita de remédios para o tratamento de hipertensão e diabetes? Esse foi o tema do nosso primeiro “Café com a Presidenta”, lembra?

Presidenta: Lembro, sim, Luciano. Eu lancei o programa “Saúde Não Tem Preço” em fevereiro. Nesses sete meses, 5,4 milhões de pessoas receberam, de graça, remédios para tratamento de hipertensão e de diabetes. Veja o que aconteceu: em janeiro, 850 mil pessoas compraram remédios para diabetes e para pressão alta nas farmácias do governo e na rede “Aqui tem Farmácia Popular”. Naquela época, Luciano, o governo dava um bom desconto e o paciente pagava uma parte do preço do remédio. Em fevereiro, nós começamos a distribuir os remédios de graça e, a partir daí, um número muito maior de pessoas passou a ter acesso a esses medicamentos. Agora, em agosto, 2,68 milhões de pessoas receberam, de graça, remédios para hipertensão e diabetes. São pessoas que não precisam mais gastar o seu dinheiro para tratar dessas duas doenças. Isso significa, Luciano, que estamos alcançando o nosso objetivo: levar saúde a todos os brasileiros.

Luciano Seixas: E o número de farmácias credenciadas também aumentou, não é, Presidenta?

Presidenta: Aumentou, sim, Luciano. Nós já chegamos a 20 mil farmácias credenciadas em 3 mil municípios brasileiros. No início do ano, eram 15 mil farmácias credenciadas. Uma coisa importante: o custo dos remédios pesa mais no bolso das famílias mais pobres. Por isso, eu solicitei ao Ministério da Saúde que ampliasse o número de farmácias nas cidades mais pobres, e nós estamos chegando lá. A rede “Aqui tem Farmácia Popular” já está em 70% desses municípios.

Luciano Seixas: É, agora, ninguém precisa gastar seu dinheiro para tratar de hipertensão e de diabetes, que são doenças que não apresentam sintomas, mas são perigosas, não é, Presidenta?

Presidenta: É isso mesmo, Luciano. Veja você: hoje, o Brasil tem 40 milhões de pessoas com diabetes ou hipertensão. O programa “Saúde Não Tem Preço” está assegurando o tratamento de todas essas pessoas. Todos, agora, podem fazer o tratamento direito, sem interrupção, sem se preocupar com o dinheiro para comprar o remédio. O governo garante o remédio de graça.

Luciano Seixas: Ainda na questão da saúde, Presidenta, parece que o número de médicos que vêm se formando para trabalhar no sistema público de saúde no Brasil está abaixo das necessidades de atendimento. Como resolver isso?

Presidenta: Olha, Luciano, o meu governo vai enfrentar esse grave problema da saúde pública no Brasil: a falta de médicos e sua má distribuição pelo território nacional. Então, uma das coisas que estamos fazendo é incentivar os médicos recém-formados a prestarem serviços em postos e centros de saúde públicos. A partir de agora, o recém-formado que trabalhar em unidades do Sistema Único de Saúde, o SUS, vai ter sua dívida do Financiamento Estudantil reduzida. Esses jovens vão prestar serviços em 2 mil municípios, onde a carência de médicos é maior. Quem aceitar o desafio pode ter bom desconto no financiamento, ou mesmo acabar fazendo todo o curso de graça. Hoje, já temos 5 mil, desses 24 mil alunos de Medicina que acessaram o FIES, formados ou se formando, e em condições de ir trabalhar na rede pública.

Luciano Seixas: Isso também vai ajudar na formação dos médicos, não é, Presidenta?

Presidenta: Ah vai, sim, Luciano. Os jovens médicos precisam conhecer as reais necessidades da nossa população. A qualidade do atendimento é muito importante; por isso, eu pedi aos ministros da Educação e da Saúde que elaborem um plano de qualidade da educação médica. Vamos abrir vagas para formar mais 4,5 mil médicos por ano e vamos continuar levando os cursos de Medicina para as cidades do interior. Na semana passada, eu estive em Garanhuns, para a aula inaugural do curso de Medicina do campus da Universidade de Pernambuco. Foi uma grande alegria encontrar ali jovens alunos que não vão precisar se deslocar para a capital ou até para outro estado em busca de formação. Eles vão estudar ali mesmo e logo, logo, vão poder contribuir para melhorar as condições da saúde daquela comunidade, daquela região.

Luciano Seixas: Então, qualidade é a palavra-chave na saúde?

Presidenta: Isso aí, Luciano. Um dos maiores objetivos do meu governo é fazer com que a qualidade de atendimento do Sistema Único de Saúde seja igual àquela praticada, por exemplo, nos grandes hospitais privados do nosso país. Vamos garantir atendimento humano e de qualidade, e isso é compromisso a ser buscado todos os dias.

Luciano Seixas: Presidenta, estamos chegando ao fim do nosso bate-papo. Obrigado e até a semana que vem.

Presidenta: Obrigada, Luciano. E uma boa semana a todos vocês que nos acompanharam até agora.

Luciano Seixas: Você pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos na segunda-feira, até lá.”

FONTE: Blog do Planalto  (http://www2.planalto.gov.br/imprensa/cafe-com-a-presidenta/programa-de-radio-201ccafe-com-a-presidenta201d-com-a-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-2/view).

2 comentários:

Fluxo disse...

Algo que poderia ser organizado pelo Estado Brasileiro é o Serviço Civil Obrigatório, destinado a todos que estudassem e se formassem em Universidades Públicas. Ao entrar em qualquer Universidade Pública (Federal, Estadual ou Municipal), o estudante assinaria um contrato que, após a conclusão do curso, estaria disponível a servir o País, em qualquer região onde fosse necessária a presença de profissionais de qualquer área (Biociências, Direito, Engenharia, etc..., sendo esta uma forma de resgatar o custo que a sociedade teve em sua formação. Em continuidade a este projeto, deveria atender gratuitamente, durante a sua vida profissional, pacientes oriundos das camadas menos privilegiadas. É claro que a situação não é tão simples como aqui exponho, merecendo, por óbvio, maior atenção e organização.

Unknown disse...

Fluxo,
Acho perfeita a sua sugestão.
É conceitualmente simples e eficaz. Não é tão complexa a sua execução. Os obstáculos são a vontade e a coragem de implantá-la. Haveria forte reação das camadas privilegiadas até agora acostumadas a receber o ensino público gratuito sem qualquer compromisso de retribuição.
Maria Tereza