domingo, 7 de junho de 2015

HIPOCRISIA DA MÍDIA: SUPERTUCANA "FOLHA" FINGE CRITICAR IMPUNIDADE TUCANA...


[A RIDÍCULA E OSTENSIVA PARCIALIDADE DA JUSTIÇA E A IMPUNIDADE TUCANA SÃO MOTIVO DE GALHOFA NA WEB HÁ MUITOS ANOS: 




[caricatura do então PGR Roberto Gurgel em atitude típica] 







Vejamos a seguir um exemplo de "arrependimento" fingido da mídia tucana]:

CINISMO: JORNAL SUPERTUCANO FINGE CRITICAR IMPUNIDADE TUCANA...

"FOLHA": "DEMORA DO MENSALÃO TUCANO ULTRAPASSA TOLERÁVEL"




"Em editorial no sábado, o jornal comandado por Otávio Frias Filho afirma que "depois de anos, o chamado mensalão tucano conhece pequeno avanço processual" ao convocar o ex-senador Clésio Andrade para depor na Justiça mineira. "Só resta esperar que não se interponham novos obstáculos no caminho desse processo --mesmo sem atrasos adicionais, já terá atrasado muito mais do que o tolerável", diz o texto.

247 – A "Folha de S. Paulo" critica, em editorial publicado no sábado 6, a demora no julgamento do chamado mensalão tucano, que finalmente registra um "pequeno avanço processual" ao convocar o ex-senador Clésio Andrade a depor na Justiça mineira.

"Entre o fato e a denúncia passaram-se nove anos; daí até hoje, mais oito [total: 17 anos !!!]. Nesse intervalo, dois personagens do mensalão mineiro -- o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha do PSDB -- se beneficiaram das delongas judiciais", recorda o jornal.

"Só resta esperar que não se interponham novos obstáculos no caminho desse processo -- mesmo sem atrasos adicionais, já terá atrasado muito mais do que o tolerável", conclui o veículo, comandado pelo empresário Otávio Frias Filho.

Leia aqui [ou a seguir] a íntegra:

Passos lentos

"Depois de anos, chamado 'mensalão tucano' conhece pequeno avanço processual; atraso registrado até hoje já ultrapassa o tolerável.

Completa-se praticamente uma década desde que o chamado escândalo do mensalão tucano começou a ser investigado [investigação essa que somente começou 9 anos após os crimes].

O esquema de desvio de recursos [públicos] que, conforme o Ministério Público, alimentou a campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), então governador de Minas Gerais, só foi descoberto em 2005, em meio às revelações do mensalão petista --do qual teria sido espécie de ensaio geral.

Dois anos depois, em 2007, o procurador-geral da República apresentou oficialmente a sua denúncia sobre o caso, que remonta a 1998. 

[Notícia inócua. "Só para inglês ver". Teatro para aparentar Justiça isonômica. O então Presidente Nacional do PSDB não foi julgado. Não deu em nada. Depois de engavetado por muitos anos, e diferentemente do que fez no mensalão do PT para os que não tinham foro especial (como José Dirceu e outros), o STF decidiu mandar o processo de volta para a 1ª instância em MG, onde dormirá provavelmente até o século XXII em centenas de outras gavetas e passará por dezenas de recursos. Nessa estratégia, de vez em quando, nós, nossos filhos e nossos netos veremos muitos outros fingimentos de que o processo "está andando"] 

Foi nessa data que o engenho de Marcos Valério, mais tarde posto à disposição dos interesses de Lula, José Dirceu e outros petistas, teria propiciado recursos ilícitos à candidatura tucana.

Entre o fato e a denúncia, passaram-se nove anos; daí até hoje, mais oito. Nesse intervalo, dois personagens do mensalão mineiro --o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia e Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha do PSDB-- se beneficiaram das delongas judiciais.

Tendo completado 70 anos, ambos têm a seu favor a circunstância de que diminui pela metade o prazo legal para a prescrição dos crimes a eles imputados.

Dentre os suspeitos mais importantes, restam o próprio Eduardo Azeredo e seu vice na época, o atual presidente da Confederação Nacional do Transporte, ex-senador pelo PMDB-MG e ex-sócio de Marcos Valério, Clésio Andrade.

Azeredo festejará seus 70 anos só em setembro de 2018, mas ainda assim são boas as chances de que a prescrição de pelo menos um delito (lavagem de dinheiro) o beneficie antes dessa data. Na hipótese de condenação pela pena mínima, o tempo legalmente previsto desde já se completa em seu favor.

Quanto a Clésio Andrade --que, assim como Azeredo, renunciou a seu mandato de modo a remeter o processo para a primeira instância, escapando de julgamento no Supremo Tribunal Federal--, há a registrar que, finalmente, foi convocado para depor na Justiça mineira.

Marcado para daqui a um mês, e quase um ano depois de sua renúncia ao Senado, o encontro de Clésio Andrade com a magistratura terá passado por muitas protelações. Ao sair do STF, o caso foi encaminhado para a 11ª Vara Criminal de Belo Horizonte; houve recurso contra essa solução, uma vez que o processo, inicialmente, tramitava em outra vara, a nona.

Aceitos os argumentos da defesa, foi preciso esperar mais um bocado, já que a nona vara estava sem juiz titular. Por fim nomeada, Melissa Lage recebeu os autos no último dia 28 e iniciou a análise de seus 52 volumes.

Só resta esperar que não se interponham novos obstáculos no caminho desse processo --mesmo sem atrasos adicionais, já terá atrasado muito mais do que o tolerável."

FONTE: matéria da supertucana "Folha de São Paulo" transcrita e comentada no portal "Brasil 247"   (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/221700-passos-lentos.shtml) e (http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/183840/Folha-demora-do-mensal%C3%A3o-tucano-ultrapassa-toler%C3%A1vel.htm). [Título, imagens obtidas no google e trechos entre colchetes acrescentados por este blog 'democracia&política'].

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