[O governador José Roberto Arruda, do DEM, flagrado e filmado recebendo propina em seu gabinete]
[OBSERVAÇÃO DESTE BLOG 'democracia&política':
O silêncio e o engavetamento pela mídia e Justiça no caso do mensalão do DEM são ofensivos, de tão evidentes. Semelhantes à debochada varrida do mensalão tucano para debaixo do tapete.
Relembro trecho de texto do cientista político Antônio Lassance aqui já publicado em 17/01/14: (http://democraciapolitica.blogspot.com.br/2014/01/a-suspeita-lerdeza-do-judiciario-para.html)
"O escândalo do DEM é especial não por ser do DEM. É especial por ser um dos casos de corrupção mais bem documentados de toda a história, se não o mais fartamente documentado de todos. Um escândalo que desmente o ditado de que corruptos não passam recibo. Pois esses passaram. O assalto aos cofres do Governo do Distrito Federal teve uma grande quantidade de gravações em áudio, vídeo, bilhetes, livros-caixa, até 'oração da propina'. O roubo foi juramentado, em todos os sentidos. Os depoimentos de testemunhas são até menos importantes, tal o volume de provas materiais objetivas.
José Roberto Arruda, ex-senador pelo PSDB, ex-líder do governo PSDB/FHC no Senado, ex-deputado pelo PFL e governador pelo mesmo PFL (hoje DEM) aparece em vídeo, com imagem perfeita e som estéreo, recebendo R$ 50 mil em dinheiro vivo. É o recibo mais bem declarado da história. Seus comparsas, secretários e deputados, foram flagrados fazendo igual, com a mesma qualidade de som e imagem. Do que mais precisa a Justiça brasileira? O que mais ela quer para condenar Arruda e seus asseclas?
O Judiciário até agora sequer foi capaz de tornar Arruda inelegível. Ele continua com a ficha limpíssima. Está pronto para concorrer às eleições no DF.
O ex-governador foi recentemente inocentado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios de uma das várias acusações que pesam sobre sua gestão.
Livrou-se de ficar, oficialmente, com a ficha que todos já sabem ser suja. Todos, menos a Justiça [e a mídia], que é quem conta para enquadrar pessoas que devem ser banidas das eleições e condenadas a devolver recursos que eventualmente tenham sido desviados.
O egrégio Superior Tribunal de Justiça nos brindou com um péssimo exemplo.
Quase um ano após o processo do mensalão do DEM ter sido a ele encaminhado, o STJ concluiu que o caso era por demais "complexo" e decidiu desmembrá-lo. Arruda será julgado por um juiz de primeira instância, em uma das varas criminais da Justiça do Distrito Federal, sabe-se lá quando. Mesmo que seja rápido e ele venha a ser condenado, estará livre da Lei da Ficha Limpa, que só incide sobre condenados em decisão de órgão judiciário colegiado, o que não é o caso quando a decisão vem de um juiz de primeira instância.
Enquanto nosso Judiciário dorme em serviço ou viaja de férias com despesas pagas pelo erário, como as do ministro Joaquim Barbosa, a Suíça pede encarecidamente que alguém responda o que se deve fazer com o dinheiro suspeitíssimo por lá depositado. "Santa complexidade, Batman!"
O mensalão do DEM é uma evidência indecorosa do quanto um escândalo tão claro e cristalino pode ser acobertado por meandros jurídicos que escondem um tratamento "nebuloso" [político-partidário] por parte das autoridades judiciárias. A morosidade diante de práticas de corrupção com inúmeros recibos revela, talvez, não tanto negligência ou incompetência.
Por trás da insuportável lerdeza do Judiciário, pesa uma suspeita, uma teoria sobre sua seletividade: a de haver conivência com crimes em que os réus podem vir a ser, por debaixo das togas, parceiros, sócios, amigos, parentes, ex-"colaboradores" dos acusados. No caso do mensalão do DEM, foi descoberta uma rede de corrupção que envolvia também membros do Ministério Público do DF e Territórios. E quem garante que eram só esses?"].
José Roberto Arruda, ex-senador pelo PSDB, ex-líder do governo PSDB/FHC no Senado, ex-deputado pelo PFL e governador pelo mesmo PFL (hoje DEM) aparece em vídeo, com imagem perfeita e som estéreo, recebendo R$ 50 mil em dinheiro vivo. É o recibo mais bem declarado da história. Seus comparsas, secretários e deputados, foram flagrados fazendo igual, com a mesma qualidade de som e imagem. Do que mais precisa a Justiça brasileira? O que mais ela quer para condenar Arruda e seus asseclas?
O Judiciário até agora sequer foi capaz de tornar Arruda inelegível. Ele continua com a ficha limpíssima. Está pronto para concorrer às eleições no DF.
O ex-governador foi recentemente inocentado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios de uma das várias acusações que pesam sobre sua gestão.
Livrou-se de ficar, oficialmente, com a ficha que todos já sabem ser suja. Todos, menos a Justiça [e a mídia], que é quem conta para enquadrar pessoas que devem ser banidas das eleições e condenadas a devolver recursos que eventualmente tenham sido desviados.
O egrégio Superior Tribunal de Justiça nos brindou com um péssimo exemplo.
Quase um ano após o processo do mensalão do DEM ter sido a ele encaminhado, o STJ concluiu que o caso era por demais "complexo" e decidiu desmembrá-lo. Arruda será julgado por um juiz de primeira instância, em uma das varas criminais da Justiça do Distrito Federal, sabe-se lá quando. Mesmo que seja rápido e ele venha a ser condenado, estará livre da Lei da Ficha Limpa, que só incide sobre condenados em decisão de órgão judiciário colegiado, o que não é o caso quando a decisão vem de um juiz de primeira instância.
Enquanto nosso Judiciário dorme em serviço ou viaja de férias com despesas pagas pelo erário, como as do ministro Joaquim Barbosa, a Suíça pede encarecidamente que alguém responda o que se deve fazer com o dinheiro suspeitíssimo por lá depositado. "Santa complexidade, Batman!"
O mensalão do DEM é uma evidência indecorosa do quanto um escândalo tão claro e cristalino pode ser acobertado por meandros jurídicos que escondem um tratamento "nebuloso" [político-partidário] por parte das autoridades judiciárias. A morosidade diante de práticas de corrupção com inúmeros recibos revela, talvez, não tanto negligência ou incompetência.
Por trás da insuportável lerdeza do Judiciário, pesa uma suspeita, uma teoria sobre sua seletividade: a de haver conivência com crimes em que os réus podem vir a ser, por debaixo das togas, parceiros, sócios, amigos, parentes, ex-"colaboradores" dos acusados. No caso do mensalão do DEM, foi descoberta uma rede de corrupção que envolvia também membros do Ministério Público do DF e Territórios. E quem garante que eram só esses?"].
RUI FALCÃO: 'NÃO VEJO NADA SOBRE O MENSALÃO DO DEM'
"Na abertura do 5º Congresso do PT em Salvador, o presidente do partido, Rui Falcão, criticou "as constantes tentativas" de envolver a legenda em atos criminosos. "Há um processo de criminalização do nosso partido. Não vejo cobertura do 'Zelotes', do 'mensalão do DEM". Ele ainda criticou "a tentativa de apresentar as doações feitas ao PT como ilícitas", após divulgação de doação de R$ 3 milhões da 'Camargo Corrêa' ao Instituto Lula. "Não há ninguém do PT envolvido nos escândalos da Petrobras. O PT não está envolvido em corrupção"
Do "Bahia 247"
"Na abertura do 5º Congresso do PT em Salvador, o presidente do partido, Rui Falcão, criticou "as constantes tentativas" de envolver a legenda em atos criminosos. "Há um processo de criminalização do nosso partido. Não vejo cobertura do 'Zelotes', do 'mensalão do DEM". Ele ainda criticou "a tentativa de apresentar as doações feitas ao PT como ilícitas", após divulgação de doação de R$ 3 milhões da 'Camargo Corrêa' ao Instituto Lula. "Não há ninguém do PT envolvido nos escândalos da Petrobras. O PT não está envolvido em corrupção"
Do "Bahia 247"
Em conversa com jornalistas na abertura do 5º Congresso do PT, quinta-feira (11), em Salvador, o presidente do partido, Rui Falcão, criticou "as constantes tentativas" de envolver a legenda em atos criminosos. "Há um processo de criminalização do nosso partido. Não vejo cobertura do Zelotes, do mensalão do DEM", disse Rui.
Ele ainda criticou "a tentativa de apresentar as doações feitas ao PT como ilícitas", após divulgação de doação de R$ 3 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, envolvida na Operação Lava Jato, ao Instituto Lula. "Não há ninguém do PT envolvido nos escândalos da Petrobras. O PT não está envolvido em corrupção".
Rui Falcão assegurou que se algum filiado estiver envolvido em atos corruptos, ele será desfiliado."
Ele ainda criticou "a tentativa de apresentar as doações feitas ao PT como ilícitas", após divulgação de doação de R$ 3 milhões da empreiteira Camargo Corrêa, envolvida na Operação Lava Jato, ao Instituto Lula. "Não há ninguém do PT envolvido nos escândalos da Petrobras. O PT não está envolvido em corrupção".
Rui Falcão assegurou que se algum filiado estiver envolvido em atos corruptos, ele será desfiliado."
FONTE: do portal "Bahia 247". Transcrito no "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/bahia247/184624/Rui-Falc%C3%A3o-'n%C3%A3o-vejo-nada-sobre-o-mensal%C3%A3o-do-DEM'.htm).
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