"The Economist": Justiça brasileira é antiquada e estranha, bem como Moro
Da revista "Exame":
"Em reportagem sobre a corrupção no Brasil, a revista britânica "The Economist" diz que o sistema de justiça criminal brasileiro é antiquado e estranho, assim como a atuação do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela "Operação Lava Jato".
A revista diz que, apesar de os brasileiros enxergarem Moro como um herói, devido ao modo como ele tem conduzido as ações da Operação Lava Jato, o método de aprisionar suspeitos antes de irem a julgamento aponta para uma falha na cultura legislativa do país.
“A prisão preventiva não deve ser usada para amedrontar os suspeitos a colaborarem com as investigações”, afirma o texto. “A maioria dos países só utilizam a detenção pré-julgamento como último recurso”.
A publicação ainda contesta o encarceramento em massa no Brasil, já que, segundo a revista, dois quintos dos mais de 600 mil presidiários ainda aguardam parecer judicial. “O código penal brasileiro fica para trás em muitos aspectos se comparado às normas internacionais”.
Como exemplo, a "Economist" destaca que uma série de suspeitos, presos por ordem de Moro na Operação Lava Jato, foram colocados em liberdade pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pois o parecer de prisão apontava motivos genéricos e abstratos."
FONTE: da revista "Exame". Transcrito no blog "Diário do Centro do Mundo" (http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/economist-justica-brasileira-e-antiquada-e-estranha-bem-como-moro/#comments).
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