"Nunca foi tão difícil prever cenários para o país como agora.
Em geral, montam-se cenários identificando duas ou três variáveis-chave e duas possibilidades, no máximo três para cada uma.
Hoje em dia, a quantidade de variáveis indefinidas é inédita.
---Quanto tempo mais perdurará a crise política e quais seus efeitos sobre as tentativas de impeachment?
---A Comissão de Justiça da Câmara dará ou não aval para o julgamento de Eduardo Cunha pela casa? Dando, haverá votação aberta ou fechada? Sendo fechada, ele será condenado ou absolvido?
---Sendo condenado ou absolvido, qual será o encaminhamento que dará aos pedidos de impeachment da Presidente?
---Com a prisão de Delcídio Amaral, qual será a solução de continuidade das articulações do governo?
---No festival de delações em curso, por quanto tempo ainda serão blindadas as lideranças da oposição? Se Aécio Neves e José Serra forem engolfados pelas delações, como ficará a oposição?
---Quais os desdobramentos para a situação – e para Lula - de uma eventual delação de Delcídio Amaral?
---Que outros políticos ou Ministros do STF foram mencionados por Delcídio nos demais grampos que ainda não foram divulgados?
---Saindo o pacote fiscal, em quanto tempo se recompõem as finanças públicas?
---Não saindo, como estará a situação dos estados a partir de abril, quando cessam os efeitos da arrecadação do IPVA?
---O fator Dilma: qual o seu fôlego para recompor a governabilidade em caso de aumento ou redução da crise política?
Desse conjunto vasto de alternativas, têm que emergir duas saídas para a crise:
--Recomposição da base de apoio político permitindo aprovar uma saída fiscal. --Dilma Rousseff começar a governar.
Essa barafunda de alternativas mostra nitidamente o tamanho da crise institucional.
O Congresso converteu-se em um arquipélago de grupos sem rumo e sem liderança. O mesmo ocorre com os diversos partidos políticos, alguns na defensiva, outros na ofensiva, mas todos prisioneiros de interesses imediatos e paroquiais.
A exposição das vísceras do "presidencialismo de coalisão" não poupa ninguém, nem governo nem oposição.
Por outro lado, todo o aparato judicial – Ministério Público, Polícia Federal e tribunais em geral – não parece disposto a nenhum tipo de trégua, alguns claramente aliados com a mídia, outros inibidos pelo chamado "clamor das ruas"
[OBS deste 'democracia&política':
No Brasil, com o monopólio da mídia (que é instrumento dos megabanqueiros e rentistas internacionais), esse tal "clamor das ruas", a "opinião pública", é apenas a opinião que é fabricada nas redações, publicada e insuflada, com viés fortemente partidário pró-direita, pró-interesses do mercado financeiro.
Já faz anos que a mídia trabalha por aumentar o caos econômico, político e social, para, em cima da terra arrasada, ser mais provável a direita conseguir voltar ao pleno poder no Brasil.
Juízes e promotores carentes em busca de espaço na imprensa, de glória e fama, de aplausos de pé nos restaurantes chiques, fazem o jogo da mídia. Joaquim Barbosa, Moro, Carmen Lúcia são alguns dos muitos exemplos de nociva embriaguez midiática.
O problema é que essa estratégia do caos é ruim para todos. É tiro no pé. Somos todos passageiros do mesmo avião. É loucura torcer para o avião cair porque não gostamos do piloto. O pior, isso foge ao controle. Após desencadeado o processo, é círculo vicioso, é bola de neve. O desemprego e os menores rendimentos atingirão todas as famílias. Somente será bom para 0,001% da população.
Um aspecto importante, é que, além dessa ínfima minoria dos 0,001% que nunca perde, essa fase de caos também é muito lucrativa especialmente para os comandantes do mundo, isto é, para os megabanqueiros e rentistas internacionais. Por exemplo, com o alardeamento pela mídia de que a inflação vai disparar, ela realmente sobe. Para frear a subida, o Banco Central sobe a taxa SELIC. Assim, são transferidos mais bilhões para os aplicadores em títulos do Tesouro. Com o país sem grau de investimento, o risco Brasil sobe, e desse modo os emprestadores internacionais, os grandes agiotas, ganham com taxas de juros mais extorsivas. E, assim, essa gente vai ganhando, graças à valiosa colaboração da mídia, do PSDB enlouquecido porque perdeu em 2014 e do Congresso oposicionista que paralisou o país.
Continuemos lendo o texto de Nassif]:
---Que outros políticos ou Ministros do STF foram mencionados por Delcídio nos demais grampos que ainda não foram divulgados?
---Saindo o pacote fiscal, em quanto tempo se recompõem as finanças públicas?
---Não saindo, como estará a situação dos estados a partir de abril, quando cessam os efeitos da arrecadação do IPVA?
---O fator Dilma: qual o seu fôlego para recompor a governabilidade em caso de aumento ou redução da crise política?
Desse conjunto vasto de alternativas, têm que emergir duas saídas para a crise:
--Recomposição da base de apoio político permitindo aprovar uma saída fiscal. --Dilma Rousseff começar a governar.
Essa barafunda de alternativas mostra nitidamente o tamanho da crise institucional.
O Congresso converteu-se em um arquipélago de grupos sem rumo e sem liderança. O mesmo ocorre com os diversos partidos políticos, alguns na defensiva, outros na ofensiva, mas todos prisioneiros de interesses imediatos e paroquiais.
A exposição das vísceras do "presidencialismo de coalisão" não poupa ninguém, nem governo nem oposição.
Por outro lado, todo o aparato judicial – Ministério Público, Polícia Federal e tribunais em geral – não parece disposto a nenhum tipo de trégua, alguns claramente aliados com a mídia, outros inibidos pelo chamado "clamor das ruas"
[OBS deste 'democracia&política':
No Brasil, com o monopólio da mídia (que é instrumento dos megabanqueiros e rentistas internacionais), esse tal "clamor das ruas", a "opinião pública", é apenas a opinião que é fabricada nas redações, publicada e insuflada, com viés fortemente partidário pró-direita, pró-interesses do mercado financeiro.
Já faz anos que a mídia trabalha por aumentar o caos econômico, político e social, para, em cima da terra arrasada, ser mais provável a direita conseguir voltar ao pleno poder no Brasil.
Juízes e promotores carentes em busca de espaço na imprensa, de glória e fama, de aplausos de pé nos restaurantes chiques, fazem o jogo da mídia. Joaquim Barbosa, Moro, Carmen Lúcia são alguns dos muitos exemplos de nociva embriaguez midiática.
O problema é que essa estratégia do caos é ruim para todos. É tiro no pé. Somos todos passageiros do mesmo avião. É loucura torcer para o avião cair porque não gostamos do piloto. O pior, isso foge ao controle. Após desencadeado o processo, é círculo vicioso, é bola de neve. O desemprego e os menores rendimentos atingirão todas as famílias. Somente será bom para 0,001% da população.
Um aspecto importante, é que, além dessa ínfima minoria dos 0,001% que nunca perde, essa fase de caos também é muito lucrativa especialmente para os comandantes do mundo, isto é, para os megabanqueiros e rentistas internacionais. Por exemplo, com o alardeamento pela mídia de que a inflação vai disparar, ela realmente sobe. Para frear a subida, o Banco Central sobe a taxa SELIC. Assim, são transferidos mais bilhões para os aplicadores em títulos do Tesouro. Com o país sem grau de investimento, o risco Brasil sobe, e desse modo os emprestadores internacionais, os grandes agiotas, ganham com taxas de juros mais extorsivas. E, assim, essa gente vai ganhando, graças à valiosa colaboração da mídia, do PSDB enlouquecido porque perdeu em 2014 e do Congresso oposicionista que paralisou o país.
Continuemos lendo o texto de Nassif]:
O destempero da Ministra Carmen Lucia, do STF, é uma demonstração clamorosa de que o show midiático penetrou em todos os poros do poder.
Daqui para a frente, há que se aguardar e iniciar a contagem regressiva para dois eventos.
O primeiro, é a calmaria de fim de ano, com o recesso parlamentar. O segundo são os efeitos do vácuo fiscal em 2016.
Os estados conseguem garantir o primeiro trimestre com a arrecadação do IPVA. A partir de abril, a crise fiscal pode bater pesado nos estados e municípios. Muitos deles serão incapazes de pagar a própria folha.
Se não se conseguir virar o ano com perspectivas otimistas mínimas, as comportas do desemprego serão abertas.
Não se sabe o que poderá interromper essa marcha da insensatez. Uma hora cairá a ficha geral para interromper essa marcha da insensatez. A incógnita é quanto mais a crise terá que se aprofundar para se chegar ao bom senso."
FONTE: escrito por Luiz Nassif no "Jornal GGN" (http://jornalggn.com.br/noticia/a-longa-marcha-nacional-da-insensatez). [Trecho entre colchetes em azul acrescentado por este blog 'democracia&política'].
COMPLEMENTAÇÃO
OPOSIÇÃO TENTA PARAR O PAÍS COM OBSTRUÇÃO FISCAL
"A votação da meta fiscal foi adiada para esta quarta-feira por falta de quórum. O ministro Nelson Barbosa avisou que o País vai parar se ela não for aprovada nas próximas horas. Ontem, depois da divulgação de uma das recessões mais severas da história, a Fazenda, de Joaquim Levy, apontou fatores “não econômicos” como responsáveis pela crise, numa alusão ao impasse político e à Lava Jato. A oposição, no entanto, aposta no caos para tentar um impeachment. Sem a meta aprovada, Dilma violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal em 2015.
Do "Brasil 247"
A votação da meta fiscal foi adiada para esta quarta-feira por falta de quórum. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, avisou que o País vai parar se ela não for aprovada nas próximas horas.
Ontem, depois da divulgação de uma das recessões mais severas da história, a Fazenda, de Joaquim Levy, apontou fatores “não econômicos” como responsáveis pela crise, numa alusão ao impasse político e à Lava Jato.
A oposição, no entanto, aposta no caos para tentar um impeachment. O líder da minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), afirmou que a oposição vai continuar obstruindo a votação. Sem a meta aprovada, Dilma violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal em 2015."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/207639/Oposi%C3%A7%C3%A3o-tenta-parar-o-Pa%C3%ADs-com-obstru%C3%A7%C3%A3o-fiscal.htm).
Ontem, depois da divulgação de uma das recessões mais severas da história, a Fazenda, de Joaquim Levy, apontou fatores “não econômicos” como responsáveis pela crise, numa alusão ao impasse político e à Lava Jato.
A oposição, no entanto, aposta no caos para tentar um impeachment. O líder da minoria na Câmara, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), afirmou que a oposição vai continuar obstruindo a votação. Sem a meta aprovada, Dilma violaria a Lei de Responsabilidade Fiscal em 2015."
FONTE da complementação: do portal "Brasil 247" (http://www.brasil247.com/pt/247/economia/207639/Oposi%C3%A7%C3%A3o-tenta-parar-o-Pa%C3%ADs-com-obstru%C3%A7%C3%A3o-fiscal.htm).
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