Senador Roberto Requião (PMDB-PR)
Para Requião, o impeachment não passa
"Não tem cabimento um impeachment por causa de frustração de metas fiscais, diz Requião. FHC e Itamar Franco enfrentaram o mesmo problema.
Do "Jornal GGN"
Do "Jornal GGN"
Não se deve julgar o estado de espírito da Câmara pela votação que derrubou a liderança do PMDB e a composição da comissão que analisará o pedido de impeachment. A opinião é do senador Roberto Requião (PMDB-PR).
A bancada de Eduardo Cunha é de 80 a 100 deputados que foram financeiramente amparados por ele nas últimas eleições. Esse grupo foi engrossado por parlamentares descontentes com a maneira como as articulações foram conduzidas pelo Ministro Jacques Wagner, da Casa Civil. Junto com as lideranças da base, pegaram a lista de parlamentares contemplados com cargos para definir as indicações sem consultar a base parlamentar. Foi o que deflagrou a rebelião.
Não significa, porém, que todos esses parlamentares votariam a favor do impeachment. A reação foi contra a forma de seleção.
Além disso, mesmo que passe na Câmara, o impeachment não passa no Senado. Assim, o que a oposição busca é a sangria contínua, visando desgastar o governo e pressioná-lo via ampliação da crise econômica.
Não tem cabimento um impeachment por causa de frustração de metas fiscais, diz Requião. Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco enfrentaram o mesmo problema com frustração de receitas. Itamar chegou a pagar despesas sem dispor do decreto legislativo. A meta não é punitiva. O que a Constituição faz é a chamada obrigatoriedade negativa: não pode votar leis que comprometam a meta.
Na opinião de Requião, o PMDB “não é essa coisa terrível que falam”. A base não é ruim, diz ele. Quando a cúpula tentou emplacar a tal "Agenda Brasil", de cunho neoliberal, Requião insurgiu-se, discursou contra, seu filho foi indicado para a comissão que estudava o projeto, e as ideias acabaram não passando."
FONTE: do "Jornal GGN". Transcrito no site "Carta Maior" (http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Para-Requiao-o-impeachment-nao-passa/4/35154).
Não significa, porém, que todos esses parlamentares votariam a favor do impeachment. A reação foi contra a forma de seleção.
Além disso, mesmo que passe na Câmara, o impeachment não passa no Senado. Assim, o que a oposição busca é a sangria contínua, visando desgastar o governo e pressioná-lo via ampliação da crise econômica.
Não tem cabimento um impeachment por causa de frustração de metas fiscais, diz Requião. Fernando Henrique Cardoso e Itamar Franco enfrentaram o mesmo problema com frustração de receitas. Itamar chegou a pagar despesas sem dispor do decreto legislativo. A meta não é punitiva. O que a Constituição faz é a chamada obrigatoriedade negativa: não pode votar leis que comprometam a meta.
Na opinião de Requião, o PMDB “não é essa coisa terrível que falam”. A base não é ruim, diz ele. Quando a cúpula tentou emplacar a tal "Agenda Brasil", de cunho neoliberal, Requião insurgiu-se, discursou contra, seu filho foi indicado para a comissão que estudava o projeto, e as ideias acabaram não passando."
FONTE: do "Jornal GGN". Transcrito no site "Carta Maior" (http://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/Para-Requiao-o-impeachment-nao-passa/4/35154).
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