sexta-feira, 24 de outubro de 2008

GREENSPAN ADMITE QUE ERROU. A “FEITICEIRA É QUEM TINHA RAZÃO

O blog “Conversa Afiada” do jornalista Paulo Henrique Amorim postou ontem o seguinte texto:

“Alan Greenspan, o homem mais poderoso do mundo, o “Maestro” que dirigia o Banco Central americano, como se fosse a Catarina de todas as Rússias e era reverenciado pelos teólogos do neoliberalismo, admite que errou.

Ele depôs e foi fritado no Congresso americano.

E foi obrigado a admitir que a decisão de sentar em cima das mãos e não regular o mercado de derivativos foi o erro que está na base dessa que é a maior crise do Capitalismo, desde 1929.

Como ele próprio diz: não foi capaz de prever que haveria esse “tsunami”.

A confissão do “Maestro” contém algumas lições.

Nos Estados Unidos, os homens públicos costumam pagar um preço alto por seus erros.

Um preço político.

É muito raro um homem público cometer um erro de graves proporções e ir para casa sem peso nas costas, como se não tivesse feito nada.

A sociedade americana – o Congresso – vai lá e cobra.

E, como faziam os sábios gregos, manda o infeliz para o ostracismo.

A segunda lição é o desmoronamento da arquitetura teológica do neoliberalismo.

Aquilo que os pajés tratavam como “ciência” econômica não passava de “ideologia” para justificar as operações do cassino.

Sabe, caro leitor, o tamanho desse cassino, o valor total do mercado de derivativos, antes do CRASH? 668 trilhões de dólares!!!

A ideologia do neoliberalismo, como diria Carlos Lacerda, era a estatueta de São Jorge que ficava no alto das escadas dos prostíbulos da Rua da Lage, na Lapa, no Rio.

A revista Newsweek desta semana tem um artigo sobre o papel de Greenspan nessa tragédia e revela que se faziam 4 operações com derivativos POR SEGUNDO!

E sem deixar rastro, impressões digitais.

Era tudo feito por e-mail, SMS.

A internet a serviço da maior indústria de especulação financeira da História. Sem regulação! Sem Estado!

O neoliberalismo, numa paródia à inesquecível Joana Prado, a “Feiticeira”, “era feitiçaria”: não tinha nada de “tecnologia”!”

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