quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ÍNDIA LANÇA PRIMEIRA MISSÃO À LUA

A agência inglesa de notícias BBC publicou ontem a seguinte reportagem que li no UOL:

“A Índia lançou com sucesso, nesta quarta-feira, sua primeira missão não-tripulada à Lua. A espaçonave, construída na Índia, leva uma satélite de uma tonelada e meia que irá orbitar a Lua por dois anos para examinar a distribuição mineral e química do satélite natural da Terra e criar um atlas dimensional da superfície lunar.

O lançamento, realizado no Centro Espacial Satish Dhawan, na costa sul do país, é considerado um passo importante para a Índia na corrida espacial entre os países asiáticos, da qual também fazem parte a China e o Japão.

O custo estimado da missão, batizada de Chandrayaan-1, é de US$ 78 milhões (R$175 mi).

A espaçonave foi projetada pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial (Isro). O satélite será alimentado por um painel solar que gera cerca de 700 Watts. Entre os 11 instrumentos a bordo da Chandrayaan-1, cinco foram produzidos na Índia e seis em outros países. Entre os instrumentos indianos está uma sonda de 30 quilos, que será lançada pelo satélite para examinar a superfície e a atmosfera lunar.

"Chandrayaan-1 tem uma combinação competitiva de instrumentos e trará benefícios à ciência", disse Barry Kellet, cientista do Laboratório Rutherford-Appleton, na Inglaterra. Entre os principais objetivos da missão será detectar hélio-3, um isótopo do elemento químico hélio bastante raro na Terra, mas com grande potencial para se tornar uma importante fonte de energia no futuro. Além disso, a missão deve ainda mapear a abundância de elementos na crosta lunar para ajudar a responder questões importantes sobre a origem e evolução do único satélite natural da Terra.

Segundo os cientistas, ao analisar a distribuição de magnésio e ferro nas rochas lunares, por exemplo, seria possível confirmar se a Lua já foi coberta por um oceano de magma. "O ferro teria afundado no magma, enquanto o magnésio teria boiado", disse Kellet à BBC.

Ásia Além da Índia, os países China, Coréia do Sul e Japão estão de olho no mercado dos lançamentos comerciais de satélites e consideram seus programas espaciais como um símbolo importante da estatura internacional do país e de seu desenvolvimento econômico.

Mas os esforços do governo indiano na corrida espacial foram bastante criticados. Muitos consideram o programa como um desperdício de recursos em um país onde milhões de pessoas não tem acesso a serviços básicos.

PS: Relembro aqui parte de texto já postado neste blog:

“O Brasil, nas décadas de 60, 70 e 80, estava mais avançado que a Índia e a China na área espacial.

Na década de 90, medidas governamentais (PSDB/PFL/FHC) asfixiaram até zerar o desenvolvimento espacial brasileiro no tocante a foguetes lançadores de satélites e a centros de lançamento.

Tudo indicava que o Brasil, ao se autocondenar a ser submisso e dependente, atendia interesses das grandes potências, especialmente dos EUA, que formal e explicitamente comunicaram que não queriam o desenvolvimento brasileiro naqueles setores.

Assim, até hoje, o Brasil ficou condenado a subordinar-se à vontade e às condições draconianas dos EUA e das demais potências para colocar em órbita satélites necessários desenvolvimento do país.

A China e a Índia, ao contrário, foram altivos e soberanos. Continuaram investindo e estão na iminência de realizar expedições lunares.”

2 comentários:

iurikorolev disse...

Devemos isso tudo a FHC e sua turma de canalhas.

Como dizia Nelson Rodrigues :

Invejo a burrice pois ela é eterna

Unknown disse...

Prezado Iurikorolev,
É... Faltou uma política mais brasileira, mais estratégica, menos dependente da vontade de atender aos interesses das grandes potências, EUA especialmente.
Obrigado pela visita
Maria Tereza