“O Brasil passou a figurar no mapa mundi do esporte, e a vinda para cá das Olimpíadas e da Copa do Mundo de Futebol refletem mudanças mais profundas no financiamento público das atividades esportivas e dos atletas.
Por Humberto Alencar
Ao encerrar seus oito anos de mandato no dia 31 de dezembro de 2010, Luiz Ignácio Lula da Silva terá a satisfação de ter sido o presidente que colocou o Brasil no mapa mundi do esporte. Criou o Ministério do Esporte, o Estatuto do Torcedor e trouxe as duas maiores competições esportivas do planeta, a Copa do Mundo e as Olimpíadas de Verão.
Além de conquistar o direito de sediar a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro, o governo Lula realizou os Jogos Panamericanos de 2007, além de um campeonato mundial de judô e dos jogos mundiais militares.
Para poder concretizar essas vitórias, Lula criou em janeiro de 2003 o Ministério do Esporte, nomeando para o cargo Agnelo Queiroz, então deputado federal do PCdoB, que deixou o cargo em 31 de março de 2006 para candidatar-se ao Senado. E, depois, afastou-se também do Partido.
Quem assumiu o Ministério interinamente foi o secretário-Executivo, Orlando Silva Junior, o mais jovem ministro do Brasil, com 34 anos. Orlando Silva foi confirmado como ministro do Esporte no ano 2007.
Somente em 2010, os investimentos do Ministério do Esporte cresceram de R$ 8,8 milhões para R$ 485,4 milhões, até o fim de julho, o que representa um aumento de 4.587% se comparados a igual período de 2009.
Para a candidata do governo às eleições de 3 de outubro, Dilma Rousseff, as Olimpíadas de 2016 devem servir para o Brasil ter esporte de alto rendimento e para o desenvolvimento social dos seus jovens.
“Queremos fazer das Olimpíadas um instrumento para tornar o Brasil uma das maiores e melhores potências esportivas do mundo e num país campeão de oportunidades para seus jovens. Queremos ser uma potência esportiva e social”, disse ela.
PROGRAMAS SOCIAIS
Para garantir uma manutenção pessoal aos atletas de alto rendimento que não possuem patrocínio, o governo criou em 2005 o Bolsa-Atleta, que atende a atletas de ponta com uma bolsa mensal para que possam se dedicar exclusivamente aos treinos e às participações em competições.
O Bolsa-Atleta já distribuiu mais de 2 mil bolsas nas categorias Estudantil (R$ 300), Nacional (R$ 750), Internacional (R$ 1,5 mil), Olímpica e Paraolímpica (R$ 2,5 mil). Para o ano que vem, o Ministério estuda diversificar ainda mais as modalidades esportivas incluídas no programa, como também aumentar os valores da bolsa e permiti-la a atletas que tenham patrocínio.
Outro programa de sucesso do Ministério do Esporte é o Segundo Tempo, que dá às crianças e aos jovens a oportunidade de praticar esportes quando saem das aulas.
O programa tem como princípios reverter o quadro atual de injustiça, exclusão e vulnerabilidade social; fazer do esporte e do lazer um direito de cada um e dever do Estado; democratizar a gestão e a participação popular e universalizar a inclusão social.
Outra conquista do esporte brasileiro no governo Lula foi a promulgação do Estatuto do Torcedor, como ficou conhecida a Lei 10.671/03. A lei tem por objetivo proteger os interesses do consumidor de esportes no papel de torcedor, obrigando as instituições responsáveis a estruturarem o esporte no país de maneira organizada, transparente, segura, limpa e justa.
De forma indireta, a legislação levou a uma organização no esporte ainda não vista no Brasil. O futebol foi um dos esportes que mais benefícios conquistou com o Estatuto, organizando o calendário e o regulamento das competições com antecedência. O fato é que, desde 2003, os principais campeonatos brasileiros de futebol têm regulamentos constantes e um calendário divulgado um semestre antes do início das competições.”
FONTE: escrito por Humberto Alencar e publicado no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=138377&id_secao=1).
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